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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 27 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A magia do futebol! O futebol possui essa contagiante magia, que confraterniza, sem rancor e sem violência, todos os povos do mundo, principalmente durante as copas, que se realizam a cada quatro anos. As mágicas integração e confraternização dos povos, durante a Copa do Mundo, representam a negação absoluta das relações desenvolvidas pelos governantes, no cotidiano, que contém muito de interesses econômicos e pouco de sinceras cooperação e integração como as demontradas pelo império russo frente a fragilizada Ucrânia. Há pequenos gestos, ao longo de uma Copa do Mundo, que encerram, em si, o universo da tão sonhada paz mundial, assim como o DNA em relação à vida humana. Esses pequenos gestos, por sua grandeza e alcance, são, indiscutivelmente, transcendentes e eternos, pelo seu simbolismo. Vão, aqui, alguns deles. O primeiro ocorreu na copa de 1970, no México, a primeira transmitida para o Brasil, ainda em preto e branco. Os povos presentes no Estádio Asteca no jogo final entre Brasil e Itália desfraldaram uma enorme bandeira, com a seguinte mensagem: “Mexico campeon mundial del amistad” (“México, campeão mundial de amizade). O segundo teve lugar na copa de 1974, na Alemanha – a primeira transmitida em cores para o Brasil –, ao final do jogo entre Brasil e Holanda, que fizeram uma das semifinais e que terminou com a vitória da Holanda, por dois a zero. O capitão do time holandês, Rud Krol, atravessou o todo o gramado e, após abraçar o lateral esquerdo Marinho Chagas – recém-falecido –, levantou-lhe o braço e pediu a todas as torcidas que o aplaudissem, como reconhecimento pelo seu belíssimo futebol e como belo gesto de amizade. O terceiro deu-se em 1998, na fatídica final entre Brasil e França, quando o placar já era de três a zero para esta. O meia Rivaldo preferiu jogar a bola para a lateral para permitir o socorro médico a um jogador francês a tentar fazer o gol, em lance com real potencial para isso. Isso lhe valeu a inaceitável crítica de alguns de seus companheiros e de parte da imprensa esportiva. O quarto na Copa de 2014, e foi produzido pelo vibrante, dedicado e não raras vezes estabanado zagueiro brasileiro David Luiz, que, logo após o encerramento do jogo entre Brasil e Colômbia, não só abraçou e consolou o jogador colombiano James Rodriguez, que chorava copiosamente, como, repetindo a citada iniciativa de Rud Krol, levantou-lhe o braço e pediu a todas as torcidas que o aplaudissem. O quinto também é da Copa de 2014 e produzido pela Seleção da Alemanha, que, à semelhança dos antigos samurais – os quais repudiavam a humilhação do adversário que enfrentavam em mortal combate –, recusou-se, terminantemente, a menosprezar e a humilhar a “Seleção Brasileira”, tratando-a com respeito, que ela mesma não se deu, durante os mais de 90 minutos de jogo de um time só – o da Alemanha, é claro. O sexto, igualmente, é também de 2014 e foi protagonizado pela Seleção da Holanda ao final do jogo em que ela abateu a pálida “Seleção do Brasil”. Enquanto os jogadores desta preferiram correr para os vestiários, como se fugissem de si mesmos, os jogadores holandeses, numa incontestável demonstração de respeito, de esportividade e de magnanimidade, percorreram todo o campo, aplaudindo a torcida brasileira, e, para coroá-la, o grande jogador Van Persie retirou a sua braçadeira de capitão do time e deu-a a um torcedor, como a dizer ao Brasil que, apesar da indignidade de sua “Seleção”, o seu povo é inigualável e é campeão mundial de simpatia, de acolhimento e de sincera e despretensiosa amizade. Na copa de 2018 da Rússia registramos o exemplo do nosso técnico Tite. Veja o que disse em uma entrevista da época : “ Acredito que o esporte pode melhorar muito mais o mundo, como elemento educador. Eu fico sempre dando o exemplo de um lance que aconteceu na Copa do Mundo, que eu gostaria que fosse explorado. Mas ele nunca é tanto quanto eu gostaria. Contra o México estávamos vencendo por 1 a 0 tivemos um lateral. Eu tinha visto que havia sido para o México porque tinha batido na perna do nosso jogador. Eu então comecei a gritar “É para o México, é para o México”. Um jogador nosso, que foi cobrar o lateral e sabia que a bola tinha batido no nosso time, veio falar comigo, “mas professor, como você fica falando isso, o jogo está uma fumaça do caramba”. Eu respondi “Eu quero ganhar jogando futebol”. Tudo isso faz do futebol o maior dos esportes e, mais uma vez, repita-se, o símbolo universal da confraternização e mola propulsora da efetiva construção da tão sonhada paz. Muitos símbolos e sinais surgirão desta nova Copa do Mundo do Catar; copa da polêmica e das zebras. Ah! Como seria bom e promissor se os governantes e os detentores do poder econômico tivessem a sensibilidade de escutar a universal linguagem do futebol. O mundo seria bem diferente. Talvez sem guerras... Gustavo Mameluque. Jornalista do Novo Jornal de Notícias. Colunista do montesclaros.com

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