Câmara fecha acordo para tirar corregedoria de deputado mineiro dono de castelo de 25 milhões de reais

Na próxima terça-feira, o deputado mineiro Edmar Moreira, do Democratas, deverá perder o cargo de corregedor da Câmara. Foi fechado acordo para retirar dele a função, por meio da votação de um projeto. Na escalada de denúncias e constrangimentos políticos, Edmar, dono de um milionário castelo no interior de Minas que vale 25 milhões de reais, está ainda sob ameaça de expulsão sumária do Democratas, que pediu sua renúncia em nota, e corre o risco de enfrentar processo no Conselho de Ética, que pode levar à cassação de seu mandato. Mesmo tão pressionado, o deputado não aceita renunciar ao cargo. O presidente da Câmara, Michel Temer, disse que o plenário votará um projeto de resolução que vai alterar o Regimento Interno para criar uma corregedoria independente da Mesa Diretora. Segundo Temer, Edmar permanecerá como membro da Mesa, no posto de 2º vice-presidente e com toda a infraestrutura do cargo. Além das denúncias de dívidas trabalhistas de suas empresas, de omissão de bens em sua declaração eleitoral e calote de dívida no Banco do Brasil, o deputado mineiro está sob suspeita de canalizar recursos públicos da Câmara em benefício próprio.