Desembargador proíbe jornal de falar sobre o "Boi Barrica", da família Sarney

Ontem, o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Dácio Vieira, proibiu, em decisão liminar, o jornal "O Estado de São Paulo" de publicar qualquer informação relativa à Operação Boi Barrica, ação da Polícia Federal que investiga, entre outros, Fernando Sarney, filho de José Sarney. O desembargador atendeu pedido de Fernando Sarney. A decisão do desembargador, tida como censura prévia aos meios de comunicação, vem obtendo intensa repercussão.
TERRAS
O jornal “Folha de São Paulo” diz hoje que “o presidente do Senado, José Sarney, vendeu em 2002 terras compradas um ano antes de um comerciante morto em 1996”. Segundo a Folha, “o negócio pode configurar a prática de crimes como falsidade ideológica e estelionato”. “Afirmando ser legítimo possuidor e proprietário, Sarney negociou o terreno registrado no nome de seu ajudante de ordem, Wanderley Ferreira de Azevedo. A área, de 33,88 hectares (equivalente a 33 campos de futebol), é parte do sítio São José do Pericumã, na divisa de Goiás com o Distrito Federal” – diz a reportagem. Segundo registros em cartório de Luziânia (Goiás) e São Paulo, localizados pelo jornal, “Wanderley comprou a fazenda em junho de 2001 de Antônio Joaquim de Araújo Mello”.
PROIBIÇÃO