Morte de dissidente cubano em greve de fome pode causar à presidente Dilma constrangimento igual ao de Lula, relatam analistas
Sábado 21/01/12 - 10h20Espanha e Estados Unidos acusaram o governo cubano pela morte do dissidente político Wilmar Villar Mendoza, ocorrida quinta-feira, após 56 dias de protesto. Wilmar, de 31 anos, estava em greve de fome contra sua condenação por desacato e atentado. Às vésperas da visita da presidente Dilma Rousseff a Cuba, o governo brasileiro não se manifestou sobre o assunto. Analistas dizem que isso pode causar à presidente Dilma constrangimento igual ao de Lula em 2010, que foi a Cuba após a morte de Orlando Zapata. Dilma irá a ilha no dia 31 de janeiro. Ontem, o governo cubano afirmou que o prisioneiro Wilmar Villar não era dissidente nem estava em greve de fome, segundo nota divulgada no site oficial Cubadebate. Sobre as causas da morte de Villar, o governo indica que, em 13 de janeiro, o preso foi levado com urgência da penitenciária a um hospital, "depois de apresentar sintomas de uma pneumonia severa no pulmão esquerdo".