Empresas e administração de prédio se contradizem sobre responsabilidade em desabamento no Rio
Sábado 28/01/12 - 7hRepresentantes da administração do Edifício Liberdade – um dos três que desabaram no Rio -, da empresa TO Tecnologia Organizacional – dona das salas onde eram realizadas obras irregulares suspeitas de comprometerem a estrutura do prédio – e o dono de uma empresa chamada para dar um parecer técnico apresentaram versões diferentes sobre suas responsabilidades. O único ponto em comum entre elas é o fato de que as obras no 9º pavimento começaram há oito dias sem projeto, sem registro e sem engenheiro responsável. O advogado Beire Simões, que representa o administrador do prédio, acusou a TO de não apresentar os documentos exigidos. O dono da TO, Sérgio Alves, garantiu que as obras começaram com o consentimento do síndico e revelou que, ao remover banheiros do nono andar, mandou cortar 15 cm do piso. Já o engenheiro Paulo Brasil, dono da Estruturar Projetos e Engenharia, disse que fez apenas um laudo sobre o peso de três sacos de cimento no terceiro andar do prédio. A tragédia já tem 17 mortos, sete desaparecidos e seis feridos. A "Folha de São Paulo" diz hoje que “a falta de controle sobre os escombros retirados do local do desabamento fez com que a zona portuária virasse ponto de garimpo”. O jornal informa que flagrou operários revirando bolsas, álbuns de fotos, peças de metal, cabos elétricos e telefônicos.