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Mensagem: Biodiesel usará coco do Norte - Montes Claros – Com previsão de injetar, neste ano, R$ 10 milhões na economia de cinco municípios do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha, a Petrobras Biocombustíveis começou a comprar, no final do mês passado, 30 mil toneladas de coco macaúba, que serão utilizadas como matéria-prima na fabricação de biodiesel na usina instalada em Montes Claros. O projeto é pioneiro no Estado e envolve a participação de aproximadamente mil famílias de pequenos agricultores dos municípios de Carbonita, Coração de Jesus, Montes Claros, Brasília de Minas e Grão Mogol. Segundo o gerente de suprimentos da Petrobras Biocombustíveis, Onésimo Azeredo, por se tratar de uma atividade até então não implementada pela empresa, a previsão é de que, a partir do próximo ano, o projeto seja estendido para outras regiões do país, onde a Petrobras investe na fabricação de biodiesel. A proposta é que possam ser beneficiadas outras atividades extrativistas envolvendo oleaginosas, como dendê, buritizeiro e babaçu. Onésimo Azeredo acredita que a iniciativa poderá se constituir em mais um importante instrumento de geração de emprego e renda, beneficiando a agricultura familiar. O beneficiamento da produção ficará sob a responsabilidade da Petróleo Verde do Vale do São Francisco (Petrovasf), empresa privada que firmou parceria com a Petrobras para fornecimento de matéria-prima para a fabricação de biodiesel e que desenvolveu tecnologia apropriada para o beneficiamento do coco macaúba. A Petrobras está pagando R$ 0,25 pelo quilo do coco macaúba seco que for coletado pelas famílias dos produtores rurais. Onésimo Azeredo afirmou que o preço normalmente praticado pelo mercado é de R$ 0,15 o quilo do produto. Porém, o valor pago a mais visa incentivar o incremento da participação das famílias dos pequenos agricultores no aproveitamento de uma matéria-prima abundante na região. Além disso, para o próximo ano, a Petrobras afirma que já está aberta a possibilidade de rever o preço da matéria-prima que for colhida pelos produtores. O coordenador técnico de Culturas da Emater, Reinaldo Nunes Oliveira, considera a iniciativa importante para a economia regional, já que o coco macaúba é facilmente encontrado nas cidades de Brasília de Minas, Coração de Jesus, Claro dos Poções, Jequitaí, São João do Pacuí e Botumirim. Pelo fato de ser uma fruta típica do Cerrado, a planta nasce naturalmente e, segundo dados da Emater, se adapta bem em regiões de clima quente e altitude variável de 150 a 1.000 metros. A Petrovasf tem sede no município norte-mineiro de Itacarambi, que, nos últimos sete meses, investiu R$ 500 mil no desenvolvimento de tecnologia apropriada para o beneficiamento da fruta. Para facilitar o escoamento da matéria-prima para a usina de biodiesel da Petrobras, a Petrovasf alugou uma área de 50 mil metros quadrados às margens da MGT-122, em Montes Claros. A previsão é de que nesta primeira etapa do contrato sejam extraídos 900 mil litros de óleo. A usina de biodiesel da Petrobras em Montes Claros tem capacidade para produzir anualmente 57 milhões de litros do produto, mas devido à falta de matéria-prima, a empresa ainda está utilizando óleo de soja de Goiás.
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