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Mensagem: VIOLÊNCIA! ONDE ESTÁ A SOLUÇÃO?José Prates Numa noticia publicada no “moc.com”, ficamos sabendo que o assassinato do Agente penitenciário Wedson causou uma grande comoção em Montes Claros, como deve ser natural pelo bom relacionamento que devia ter o morto na sociedade montesclarense. Em outra notícia tomamos conhecimento da morte de um moto taxista que reagiu a um assalto, sendo pelo que diz a notícia, o terceiro assassinato no ano, média de 1,5 ao mês, um pouco alta para uma cidade daquele porte. O que chama mais a atenção aos que estão residindo em lugares distantes de Montes Claros e as noticias que lhes chegam de lá, vêm pelos jornais, principalmente o “moc.com” que presta ao montesclarense distante, um relevante serviço de informações, é o crescimento da violência urbana, com o que não estávamos acostumados, nem podíamos imaginar que um dia, tal viesse acontecer. O que entristece a nós que vivemos longe de Montes Claros é constatar que a que a cidade não é mais a romântica sertaneja com ruas cheias de poesias, como a Dr. Santos cantada na crônica poema (43114) de Wanderlino Arruda. Hoje é um centro industrial, uma metrópole com quase quatrocentas mil almas, com foros de capital, aonde a violência chegou com o desenvolvimento econômico que gerou o crescimento demográfico. Que diferença da pacata Montes Claros dos idos anos 50 quando a ocorrência de um assassinato era alarme geral, com a noticia correndo a cidade de boca em boca, por ser um fato extraordinário. Polícia existia, não como hoje com guardas postados nas ruas; viaturas e helicópteros nas diligências; policia civil no trabalho de inteligência. Alguns comentaristas afirmam que a segurança ao cidadão não acompanhou o processo evolutivo dos grandes centros. Não é esse o fato. A questão é que nos grandes centros, pessoas que chegam à marginalidade da lei, integrando-se à violência são distribuídas de maneira a dificultar a ação policial. O que acontece hoje em dia em Montes Claros e que o moc.com nos informa em nada é diferente dos demais grandes centros e não pode ser comparado com a Montes Claros tranqüila do tempo saudoso do Cel. Coelho, do “tira” Altininho e do soldado Zé Idálio. Naquele tempo violência não era conhecida, nem por ouvir dizer. Não estamos aqui querendo afirmar que a violência desfigurou Montes Claros e que não seja a cidade bela e romântica, apesar da modernidade que lhe atingiu. Queremos mostrar como o cidadão montesclarense que vive distante, tendo como contato, apenas, as notícias que lhes chegam pela imprensa, imaginam o Montes Claros atual. O jornal de hoje, por exemplo, nos diz que “nessa madrugada de 07/02 mais um assassinato, no violento maracanã”, sem fazer qualquer referência ao motivo do crime, como se fosse coisa rotineira. Temos, porém, de levar em conta que essas mortes que se avolumam nos grandes centros e Montes Claros não é exceção, é o efeito da violência que se estabeleceu por ai, sem controle e quase sem combate ao processo que lhe trouxe, abrangendo toda e qualquer ação que atinge as leis, a ordem pública e as pessoas nos grandes centros, com ou sem policiamento. Muitas são as causas da violência, como: adolescentes desregrados e ilimitados pelos pais, crise familiar, reprovação escolar, desemprego, tráfico em geral, confronto entre gangs rivais, falta de influência política, machismo, discriminação em geral e tantos outros. O grande problema que se arrasta desde longo tempo passado até os nossos dias e que pode gerar violência é o sócio-economico. A má distribuição de renda resulta na privação da educação e melhores condições de moradia. Todo esse círculo vicioso se origina a partir da falta de condições de uma vida digna o que faz com que as pessoas percorram caminhos ilegais e criminosos. Está claro hoje, que não é simplesmente distribuindo uma bolsa família que vá resolver o grave problema social e econômico que aflige o país, gerando violência. Entre as muitas causas, a maior é a má formação do homem nascido e criado à margem da sociedade, no submundo das favelas, vitimas de preconceitos sociais. Sem qualquer assistência, despreparado para integrar o mercado de mão de obra, dominado pelo complexo de perseguição social, joga-se na criminalidade como meio de sobrevivência. A solução do problema deve-se buscar ao nascer a criança, porque depois a solução é quase impossível. (José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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