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Mensagem: Atualidade de Marx Oswaldo AntunesDois aspectos da crise no mundo: a especulação virtual de valores que a fez surgir, e os meios eminentemente financeiros empregados para dar-lhe cobro. São desumanidades que obrigam a pensar no que pareceu ter-se acabado com o bloco soviético: a atualidade de Marx. Ainda hoje é preciso dar-lhe razão quando afirmou que o feudalismo influencia as instituições e as idéias. E que o regime econômico sempre constituiu a base da estrutura política, motivo por que se dedicou ao estudo do Capital. O dinheiro, usado como mercadoria, não apenas oprime o trabalho; é um opressor injusto, porque ele próprio é criação do valor-trabalho. Não é justo o dinheiro explorar como mercadoria a força do trabalho. Para entender esse argumento, é prudente esquecer a idéia do materialismo ateu que serviu como razão de combate do marxismo. E que suscitou no mundo civilizado a grande hostilidade contra Marx. Não porque faltasse verdade à afirmação de ser religião uma espécie de ópio do povo. Pode-se ver-se, hoje mais do que antes, a religião usada em proveito da renda de pessoas e instituições ou como lenimento para os desacertos sociais. Profundamente lamentável é ver o misticismo, tão necessário à elevação da vida espiritual, posto de lado por um tipo de “promessas morais, religiosas, políticas e sociais que escondem interesses de diversas classes”(Lênin). Inovou-se em matéria de luta de classes. Em entrevista a Mirian Leitão, o presidente da Febraban, de modo quase zombeteiro, procurou justificar o ultimo aumento do spread bancário brasileiro, que já era o maior do mundo. Alegou que o aumento foi reação necessária à majoração do risco que a crise, marola no Brasil, está trazendo aos bancos. Mesmo o spread para empréstimos externos que são financiados pelo Banco Central. O quadro de quase zombaria demonstrou bem o quanto as instituições protegem os cifrões que nada produziriam, não fosse a presença do valor-trabalho. Esse valor que o noticiário demonstra, mais uma vez, estar sendo sacrificado: operários são obrigados a concordar em diminuir a jornada e o próprio salário, a fim de assegurar, em solidariedade, a manutenção do emprego dos seus companheiros.Temos no Brasil, hoje, um Ministério especificamente de assuntos estratégicos. Talvez fosse momento de repensar Marx sem a radicalização de antes. Cuidar do caráter social da produção, a fim de diminuir a sua dependência dos juros. Para isso é preciso encontrar justa medida para a produção desenvolver-se com seus próprios recursos e resultados. Infelizmente o mundo não venceu a resistência das classes que se apegam à filosófica do feudalismo. Um governo como o nosso, que tem a pretensão de ser popular, deve pensar em reorganizar os meios de produção e evitar a escravidão espiritual a que estão submetidos os beneficiados por bolsas e promessas.
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