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Mensagem: A ESPINGARDABaiano nasceu em Taiobeiras e é motorista de meu tio Air. Ótimo churrasqueiro, cantor e tocador de viola, conta “causos” como ninguém, com aquela verve e arte de que só os sertanejos da gema são dotados. Passei dois dias numa das fazendas de meu tio, a Vaca Brava, com meu filho Combat e meus netos, filhos dele, Cayo César e Anna Laura. Os meninos gostaram tanto que não queriam ir embora daquele local tão lindo e aconchegante, onde vivi felizes momentos de minha infância, em companhia dos primos Jairo e Mércio. Combat comeu mais de quarenta pequis, daqueles carnudos, de Serra Azul. Tirou o atraso. Os meninos deram a maior canseira nos cavalos, guiados pelo primo Lucas, inteligentíssimo bisneto de meu tio, filho de Wagner e Adriana, e que já sabe tudo de fazenda de tanto andar com o avô. Baiano, enquanto preparava um churrasco pra nós, ia me contando estórias que quase me faziam estourar de tanto rir. Uma delas não mais me saiu da cabeça.— “O cumpade e a cumade, na ausência do cumpade, resolvero transá. Amor antigo ricuído. Só que a coisa foi boa dimais e eles, esgotado, isqueceram que o cumpade vortaria cidin de uma viage. Apagaro e, quas o dia amanheceno, acordaro cum barui da chegança. O cumpade levantô, vistiu as roupa ligirin, calçô as butina e saiu do quarto, pisano duro. Cruzô cum cumpade na sala, passô direto, de cara fechada, sem dizê nada. O cumpade entrô no quarto e priguntou:— Sô amigo do cumpade há mais de quarenta ano e, pela premera vez, ele passô pru mim, de cara fechada e nem me cumprimentô. O qui acunteceu aqui?— Curpa sua!— Curpa minha? Pru quê?— Ele vêi aqui pidi a espingarda imprestado, mas ancê tinha dito qui ela era de istimação e não imprestava pra ninguém?!?!”
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