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Mensagem: CANÁRIO CHAPINHA E OUTRAS CURRALEIRAGENSNa sede de sua fazenda principal, às margens do Rio Pacuí e, pela janela do quarto de dormir, Pedrim de Araújo podia ver o branco leitoso da garrotada nelore! Puro êxtase para a vista e para o bolso! No terreiro, cocás e passarinhos ciscando. Nas paredes do casarão colonial construído ao bom estilo art decó, havia fissuras e trincas de todos os tamanhos.Curioso, Pedrim constatou que todas as paredes apresentavam os mesmos rachões e passou a investigar a origem disso. Mais dia menos dia, o morador que cuidava da porcada e que apresentava problemas de surdez, lhe informou que o motivo das trincas era o mesmo que provocara o seu mal: dois casais bem grandes de canário chapinha, que fizeram os seus ninhos em um pé de aroeira em frente à janela do quarto de Pedrim, e, de tão alto e diferenciado era o seu trinado que, juntos, produziam o efeito conhecido no mundo do som como “SOROUND SOUND”!Esse fortíssimo efeito se propagava pela estrutura da aroeira ficando, assim, potencializado e o resultado eram as fissuras, os rachões gigantes e a surdez do encarregado, tudo pelo extraordinário efeito destruidor, similar a “bomba de parede”!Douta feita, Pedrim de Araujo adquiriu em uma feira de galináceos gigantes no Recife, seis casais dos maiores que havia. Eles só se alimentavam de milho mexicano do tipo “Titam gigante”, o que lhes conferia uma extraordinária força sobre-galinácea!Como Pedrim era sistemático e não usava burros ou cavalo para puxar a sua carroça adestrou os seis machos da espécie gigante e os mesmos passaram a fazer o trabalho de tração da carroça. Puxavam qualquer peso tal quais os burros! O único animal quadrúpede que Paulim usava era o seu cavalo Fenomenal, um alazão de grande porte e marchador.Fenomenal era tão treinado que adivinhava os desejos do dono, parando, sem comando, na venda para seu dono tomar umas branquinhas, conduzindo-o, após, até em casa são e salvo! O Fenomenal, entretanto, era temido em toda a região e principalmente em Coração de Jesus, onde o seu lendário coice era conhecido. Certa feita, o cidadão conhecido com o nome de “Xéu” tomou umas cachaças e resolveu encher o saco do Paulim que bebia uma sossegado, em um canto da venda.Fenomenal tomou as dores do dono e deu um tremendo coice no “Xéu”. Consta que a vítima foi lançada a uma distância de vinte metros do local do fato!A bagaceira foi de tal ordem que o paciente teve de ser operado no famoso Pavilhão 10 da Santa Casa do Rio de Janeiro, pelo famoso cirurgião plástico Ivo Pitangui, que praticamente reconstituiu a carcaça do “Xéu”. Em seguida, foi novamente operado, agora por uma equipe de ortopedistas que, para fixar as costelas quebradas, lhe implantaram para mais de quarenta e duas peças de platina!
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