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Mensagem: Rio Verde José Aluízio Ferreira Pinto Ahh! O Rio Verde. Conhecemos o Rio Verde de longa data. O nosso aprendizado foi seguindo a trilha de quase todos os pescadores daqui destes montes claros. Inicialmente onde era mais perto, aí pelos lados da lagoa da barra. Quando adolescentes, eu, Fernando, Fabio., às vezes Henrique, íamos no caminhão de “veio” Cícero. Enquanto o caminhão era carregado com lenha, pescávamos na lagoa, próximo aos golfos, com coração de boi, vara de bambu. Era só jogar e nem bem a isca afundava a linha esticava. Pirambebas brancas de bom tamanho eram fisgadas. As vermelhas eram mais velhacas e ao anoitecer, na boca da noite, se desinibiam. Das vezes que fui com Joanir vi muitas serem apanhadas por ele, na linha larga. Lembro bem da casinha de madeira fincada bem no meio da lagoa. Coisa do velho João Mauricio e Alberto Vale. Como o pequeno barco de madeira não comportava todos os meninos, dois ficavam por ali, pescando. Uma vez pernoitamos lá mesmo. Nas altas horas da noite e na fumaça das águas as grandes piranhas vermelhas apareciam para valer. E o Rio Verde ali pertinho... Já ouvi muitas historias de pescarias feitas na ponte de madeira, estrada para Francisco Sá . O velho João Mauricio contava. Dourados enorme eram ali fisgados. Tinha uma do dourado que comeu um soim, pegou o bicho no ar! Testemunhas para o fato não faltavam!... Nas Caraíbas , fazenda do Dr. Geraldo Athaide, fomos algumas vezes Nestor sempre atencioso. Zé de Abreu, pescador antigo, nos contava de suas pescarias no Canaci. Dourados de 16 Kg eram apanhados na vara de bambu, com isca viva e não era de espera não. Na mão mesmo! No puro tranco! Nônô Guerra, Olimpinho, Rodolfo, Carlucio Athaide, Zezinho Celeiro, João doido, V8, João de Paula, Chamone, Campolina, Belo de Assis, Cabinho, João Lima, Novaizinho, João Simões, Geraldotataca, Antônio Paulino, Antônio Parrela , Joaquim Barbosa, Carrim torneiro, Raimundo Neto e tantos outros pescadores que eram viciados no Rio Verde e com tantas histórias para contar. Pedrinho já nos contou de pescarias de sua mãe, onde de certa feita, lá pelos lados de Burarama, na fazenda do sr. Elpidio Rocha, pode ver o maior dourado de sua vida, apanhado por ela : 18 Kg!!! Abaixo do Canaci, na pontes das araras, em Uratinga, fazenda do sr. Levindo Dias, os pescadores iam no trem de ferro da Central do Brasil. Na volta, após a pescaria, ali mesmo na estação, faziam um concurso do maior dourado pescado. E não eram poucos os concorrentes! E por ali, anos mais tarde, pelos idos de 1971, após cursarmos a faculdade, em uma pescaria proveitosa, formamos uma turma que até hoje, acrescida de outros bons companheiros, se mantem unida e pronta para beirar barrancos e rios, margear lagoas e navegar por aí. Pedrinho, Ênio e Murilo que o digam. De 71 para cá são outras histórias...., e muitas. Dourados, surubins, matrichãs, pacus, piranhas , bagres, mandis, trairas e piaus de dentes cariados, foram por nós fisgados. Cada vez mais distantes... longe do progresso e da poluição insensata dos homens. MOC/1999.
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