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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Patética a história do pai ajoelhado - e fotografado - diante do corpo do filho, assassinado no outrora pacato Alto de São João, um dos primeiros bairros de Montes Claros. Samuel, de 23 anos, estava sentado, de bermuda, ou calção, na frente da casa dos pais, de classe média baixa, quando recebeu dois tiros, um no olho. (A primeira versão, obtida no local imediatamente aos fatos, era de um único tiro). Os assassinos seriam ex-amigos, inconformados com a intervenção de Samuel numa briga de fundo passional - isto é, disputa envolvendo relacionamento amoroso, entre homem e mulher. Esta última execução entre nós tem ainda outros lances dramáticos, cruéis, duríssimos, insuportáveis. Pai e mãe da vítima voltavam da igreja, da oração portanto, quando toparam com a notícia do filho morto estendido na porta de casa. O pai - cena dolorosa - ajoelhou-se, abriu os braços para o alto, e fez o que ainda podia fazer: pedir a Deus que recolhesse a alma do filho assim barbaramente morto, na noite calorenta, na porta de casa, na circunscrição doméstica, na ambientação do ideal amor familiar.
Esta é a real e dura situação em que vivemos: por nada, absolutamente nada, se mata um rapaz de boa história, de bom procedimento, com toda a vida pela frente. Chega-se de moto, tiros. Em minutos a tragédia esta posta, consumada, irreversível. E o próprio exercício da compaixão, da dor repartida, sentida por todos, no liame indestrutível de uma única humanidade possível, é devorado e consumido em poucas horas pela sucessão de crimes da mesma contundência que se espalham por nossa cidade, e por cidades vizinhas, como Pirapora - noticiam os jornais. Os que têm mais de 30 anos sabem que esta rotina de horror definitivamente não existia no Brasil, era inadimissível, impensável, e tornou-se fato banal e rotineiro. Em toda parte.
É absurdo que prossiga; em nome de Deus, isto precisa parar.

(Nas fotos, Samuel e seus pais)

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