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Mensagem: DUAS FEIJOADAS O “bon vivant” Zezão Relojoeiro, ex-goleiro do Ipanema Futebol Clube e emérito praticante de halterocopismo, é conhecido no trecho onde mora como “cemitério de feijoada”. Certa ocasião passava um feriado prolongado na fazenda do pecuarista Roberto Durante, onde batia uma pelada com amigos diletantes de copo e de cruz. Antes de entrar em campo, botou uma pequena panela de ferro no fogo de lenha, cozinhando uma feijoada nada “light” para saboreá-la, com tira-gostos, após a partida, sozinho, só no mocó. Todos fervendo sob a tenda da amplidão de Deus, a galera chutava o couro com disposição, quando o competente juiz deu o apito final. Zezão levou a feijoada já pronta, um punhado de torresmos, uma boa garrafa de Insinuante e um isopor com uma dúzia de cervejas nas latinhas, geladinhas, tudo para a sombra de uma mangueira. Afinal, ninguém é de ferro! Ao mexer o petisco tropical com uma colher de pau, notou um grande pedaço de pele embolado no fundo da panela. Chamou o garfo, espetou, e trouxe a “carne” para um prato já cheio de farinha Morro Alto. Correu a faca serrilhada buscando separar o primeiro naco e só aí é que notou tratar-se de um grande morcego que ali caíra acidentalmente! Pendurou o dito vampiro em uma cerca, fez o nome do Padre e passou a feijoada para dentro do bucho, como manda o figurino! Já o “restauranteur” Enio do Quintal, chamado também de Tiênio, reuniu a galera de notívagos que pululava no lusco fusco do seu bar e restaurante e os levou para comer uma lauta feijoada em sua fazenda. Todos debaixo de um pé de goiaba, lá estavam os muito etílicos Zé Priquitim, Dácio, Waltin e companhia. Hoje, infelizmente, quase todos “de cujus”. Ou seja, já bateram a caçoleta e agora comem feijoada nos Hades de Dante, junto com o barqueiro Caronte! Logo irrompeu uma disputa entre os participantes com cabeludos xingamentos à mesa, por um grande pedaço de, supostamente, uma pele de porco encontrada no fundo do indefectível caldeirão. Enio controlou a situação botando ordem nos bebuns tupiniquins e ato seguinte espetou o petisco com um grande garfo, colocando-o em uma bandeja para ser destrinchado e distribuído equitativamente. Mas, era um prosaico pano de prato que havia sido esquecido no fundo do caldeirão! Doutra feita, um freguês sentado à mesa do Restaurante Quintal reclamou do garçom que o copo que bebia estava com cheiro de dejetos humanos! Após trocar e lavar o copo pela sexta vez, Enio foi ver do que ser tratava. Lavou pessoalmente, mais uma vez, o copo reclamado e o devolveu ao cliente queixoso. Só então se descobriu que o cliente, entre um gole e outro, descansava a mão que segurava o bendito copo de cerveja na calça de Zé Priquitim, sentado ao seu lado. O Zé, como estava de fogo, não havia notado que a sua calça estava lambuzada! (Aviso aos notívagos e navegantes! O Quintal abriu novamente às portas)
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