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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Universidade Federal de Montes Claros

Adriano Souto - Hoje em Dia

O presidente Lula pode transformar em realidade um sonho de muitos anos quando participar da reunião da Sudene em Montes Claros, no dia 6 de abril. Poderá atender aos apelos do vice José Alencar, do governador Aécio Neves, dos ministros Hélio Costa e de Patrus Ananias, dos três senadores mineiros, de 53 deputados federais, dos 77 deputados estaduais, de 92 prefeitos da Área Mineira do Polígono das Secas e das lideranças representativas da sociedade civil organizada da região, e autorizar a criação da Universidade Federal do Norte de Minas. Os estudos técnicos que justificam a nova universidade foram iniciados pelo deputado estadual Gil Pereira, em 2007, na Assembleia Legislativa. Tanto o presidente Lula quanto o ministro da Educação, Fernando Haddad, têm conhecimento desta postulação. Em 5 de junho de 2008, o vice José Alencar enviou o ofício 0443/2008/GVPR ao presidente Lula, informando-o do sonho norte-mineiro e dos respectivos estudos que o sustentam, compilados pelo deputado Gil Pereira. A ideia não é nova. O próprio Lula criou a Universidade Federal de Campina Grande. Naquela cidade paraibana, existia um campus da Universidade Federal da Paraíba, que foi desmembrado. É o que se propõe para a Universidade Federal do Norte de Minas. Em Montes Claros, desde 1968 a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) incorporou um colégio agrícola, que funcionava em uma fazenda próxima ao antigo Frigonorte. Hoje, a fazenda está dentro do perímetro do anel rodoviário e o antigo colégio se transformou no campus regional da UFMG em Montes Claros. O primeiro curso superior, de Agronomia, foi criado em 1999. Em seguida, surgiu o de Zootecnia, em 2005. E neste ano, a UFMG criou mais quatro cursos: Administração, Engenharia Florestal, Ciência de Alimentos e Engenharia Agrícola e Ambiental. São oferecidas 240 vagas por ano, 40 em cada um dos seis cursos. Foi criado ainda um curso de especialização em Recursos Hídricos e Ambientais e um de mestrado em Ciências Agrárias e Agroecologia. O deputado Gil Pereira entende que já é hora de desmembrar o campus da UFMG, como Lula fez em Campina Grande. E criar a Universidade Federal do Norte de Minas, o que iria consolidar Montes Claros como cidade universitária. Hoje, a cidade tem 13 estabelecimentos de ensino superior - dois deles públicos, a Unimontes e a UFMG - e cerca de 40 mil estudantes universitários. Mas na área do Polígono das Secas, da qual Montes Claros é a capital, a demanda reprimida é estimada em 270 mil jovens, de 18 a 24 anos, doidos por um lugar ao sol, ou melhor, nos bancos universitários. A parte superior de Minas, que engloba as regiões Norte, Noroeste, Jequitinhonha e Mucuri, abrange 174 municípios (43,2% da área total do Estado), com uma população de quase 3 milhões de habitantes. Sem contar com a do Sul e do Sudoeste da Bahia.
Em princípio, a criação da Universidade Federal do Norte de Minas não traria maiores gastos ao Ministério da Educação. Já existem em funcionamento seis cursos no chamado Instituto de Ciências Agrárias da UFMG. Além de espaço, muito espaço. Aliás, uma fazenda, praticamente dentro da cidade. Já estão lá os mestres e os doutores, os funcionários e os alunos. No começo, seria apenas uma separação entre os dois campus - o de Montes Claros e o de Belo Horizonte. Depois, naturalmente, a Universidade Federal do Norte de Minas cresceria com as próprias pernas, como, aliás, aconteceu com a Unimontes depois que o então governador Newton Cardoso assinou um decreto e transformou uma fundação em universidade estadual. Hoje, a UFMG de Montes Claros atende uma demanda da região, do projeto de irrigação da Jaíba, da produção de biodiesel na usina construída ali pela Petrobras, que será inaugurada no mesmo dia 6 de abril, quando Lula, Aécio e os governadores nordestinos resgatarão o tempo em que Montes Claros sediava reuniões da Sudene. Nas duas últimas, em 1984 e 1988, Tancredo Neves e Fernando Collor foram lançados como candidatos a presidente da República.

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