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Mensagem: Cofres vazios, população sem assistência e cidades paradas - Amália Goulart - Problemas políticos e a crise econômica aliados à corrupção são um prato cheio para cidades mineiras que parecem esquecidas no passado. É o caso de Januária, no Norte do Estado. O município, de cerca de 60 mil habitantes, enfrenta todo tipo de problema: na prefeitura, havia funcionários fantasmas, faltam medicamentos, os salários do ano passado foram pagos só neste ano e servidores de alguns setores ainda reclamam que ainda não receberam.Para piorar a situação, a prefeitura tem débitos com a Cemig e com a Copasa. O fornecimento de energia chegou a ser cortado no local de armazenamento de medicamentos. Além disso, quem precisa de uma cirurgia tem que recorrer a Montes Claros, cidade polo do Norte de Minas. O hospital de Januária só realiza procedimentos de urgência e emergência. Em um lugar em que a prefeitura deve até à empresa responsável pelo transporte escolar, as crianças que moram na zona rural têm que ir a pé estudar. Reclamações não faltam e o prefeito, Maurílio Arruda (PTC), não esconde as dificuldades. Mas tudo, segundo ele, tem explicação: herdou uma administração quebrada e ainda enfrenta o agravante da crise mundial. A população clama por melhores condições. O vereador da oposição, Zezé da Copasa (PT), disse que os moradores estão recorrendo aos parlamentares, pois não acreditam mais no Poder Executivo. ´Os ônibus escolares estão parados porque a prefeitura deve cerca de R$ 300 mil para a empresa de ônibus que venceu a licitação e prestava o serviço. O hospital continua com falta de médicos, de medicamentos. Os funcionários do Programa Saúde da Família (PSF) estão com os pagamentos atrasados. São problemas básicos que deveriam ser resolvidos.´ O promotor da cidade, Felipe Gomes Araújo, disse que vai pedir explicações à prefeitura sobre o atraso no pagamento do pessoal do PSF e quanto à falta de medicamentos. Ele conta que o município informou que está em andamento um pregão para aquisição de remédios. ´Estamos acompanhando a questão da saúde. O hospital tem um histórico muito grande de falta de medicamentos. O bloco cirúrgico encontra-se interditado há mais de um ano´, confirmou o promotor.Resposta. O prefeito contou que, quando assumiu o cargo, em janeiro, existiam 197 servidores fantasmas na prefeitura. Ele alega que, para resolver o problema, precisou atrasar os salários dos servidores. ´A folha sofreu um pequeno atraso porque colocamos um novo sistema que detectou 197 servidores fantasmas´, disse. Porém, segundo Maurílio Arruda, todos os vencimentos já estão em dia. Quanto à falta de remédios, ele disse que os básicos estão todos nas prateleiras.FlageladosRecorde. A situação caótica em que vive Januária tem explicação. Maurílio Arruda, eleito no ano passado, é o oitavo prefeito da cidade desde 2004. Os sete anteriores foram afastados pela Justiça por corrupção.Diagnóstico1. Regiões nas quais as prefeituras enfrentam mais dificuldades em prestar serviços básicos: Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. O Vale do Mucuri também sofre com os problemas.2. Principais problemas enfrentados pelos municípios: Falta de recursos para arcar com a merenda escolar. Ônibus para o transporte escolar parados, frotas velhas e estradas em mau estado de conservação. Falta dinheiro ainda para arcar com as folhas de pagamento das prefeituras. Alguns municípios tiveram que demitir funcionários.
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