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Mensagem: Curimataí/CurumataíHAROLDO LIVIOTrafegando, um dia desses, pela BR 135, nas proximidades de Augusto Lima, meu colega de ginásio Reynaldo Velloso Souto teve sua atenção despertada por uma curiosidade. Uma turma de operários, em serviço de manutenção da rodovia, havia retificado a grafia da placa colocada junto à ponte sobre o Rio Curumataí. Simplesmente mudaram o nome do curso d’água para Curimataí. Rey, que conhece a estrada como a palma de sua mão, achou o procedimento muito estranho, e anotou para futuro esclarecimento. Também já fui tomado pela mesma dúvida, em passado recente, por ocasião de uma excursão a Santa Bárbara, conhecida pela fábrica de tecidos centenária e pela fonte de águas termais, onde construíram um luxuoso resort.Lembro-me de que, em visita ao interior da tecelagem, perguntei ao industrial Ferreirinha Paculdino qual o nome correto da localidade, se Curimataí ou Curumataí. Ato contínuo, ele esclareceu que se tratava de dois nomes diferentes de dois lugares diferentes, distantes entre si cerca de vinte quilômetros. Ilustrando a informação segura, situou Curimataí como povoado que já foi distrito de Diamantina e hoje pertence ao município de Buenópolis, dotado de clima saudável, no sopé da Serra Geral, e desfrutando do privilégio de possuir também águas termais de mais alta temperatura do Norte de Minas. Trata-se de um recanto paradisíaco, ainda conhecido por poucos, que aguarda a iniciativa de um empreendedor para instalar ali um balneário de primeira linha. Curumataí, completou o informante, é apenas a denominação de um rio da bacia do Rio das Velhas e de uma estação da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, situada à sua margem, entre as estações de Buenópolis e Augusto de Lima.Era nessa estação que a fábrica recebia os fardos de algodão beneficiado e despachava os volumes de tecidos manufaturados.Agora, vem o DNIT mudando a grafia do rio com o nome de um outro rio, que nem existe no mapa. O sinalizado Rio Curimataí não passa de um engano, de um equívoco que pode ser facilmente corrigido, a bem da verdade. Basta o pintor ir lá e colocar o U no lugar do I. Antes de levar este fato ao conhecimento do publico que se interessa por cousas aparentemente sem importância, ou seja, cousas que não dão dinheiro, tive a cautela de ouvir quem entende do riscado e pode falar do assunto com a autoridade de catedrático. Um amigo de longa data, aposentado como alto funcionário da Rede Ferroviária Federal, Rosendo Martins Rabelo, nascido e criado por aquelas bandas de Curimataí e do Rio Curumataí, corroborou as informações que havíamos conseguido com outras pessoas conhecedoras da região. Para que não paire nenhuma dúvida, ele consultou a nominata de estações da RFF e descobriu uma falha em publicação oficial do IBGE que chama o Rio Curumataí de Curimataí. Certamente que o engano decorre de ser o povoado de Curimataí muito mais conhecido do que o Rio Curumataí, de caudal razoável escurecido pelas águas do Rio Preto..
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