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Mensagem: Rima ameaça demitir 3,2 mil -Luiz Ribeiro - Duramente atingido pela crise mundial, o Grupo Rima desligou os fornos de suas unidades produtoras de ferro-silício, instaladas nos municípios de Capitão Enéas e Várzea da Palma, e suspendeu as atividades de mineração em Olhos D’Água e de carvoejamento em Buritizeiro e Riacho dos Machados, no Norte de Minas. Ao todo, são cerca de 3,2 mil pessoas que ficam sem trabalho. Ao fazer o anúncio dos cortes, porém, o presidente da Rima, Ricardo Vicintin, disse que a empresa está em negociação com os sindicatos dos trabalhadores, a fim de que, pelo menos por enquanto, possa manter seus contratos. Vicintin afirmou que a empresa tentou todas as alternativas para manter os seus fornos funcionando e preservar os empregos. “Resistimos até o momento. Tanto é que fomos os últimos do setor metalúrgico a desligar os fornos. Mas não teve jeito”, disse o empresário. “Em 40 anos de vida profissional, nunca vi uma crise como a atual. Ela está sendo pior que a de 1929”, lamentou o presidente do Grupo Rima. O ferro-silício tem como destino o mercado internacional (Estados Unidos, principalmente), sendo usado na fabricação de componentes eletrônicos. Por isso, a Rima foi altamente atingida pela crise mundial, que fez despencar as exportações de matérias-primas de bens duráveis. O grupo também conta com uma unidade em Bocaiúva, onde emprega cerca de 1,2 mil pessoas, envolvidas na produção de magnésio e peças para a indústria automobilística. Vicintin garantiu que a fábrica de Bocaiuva continua funcionando normalmente, sendo garantida a manutenção dos postos de trabalho oferecidos ali, tendo em vista que ela fornece matéria-prima para o mercado interno, “que não foi tão abalado pela crise como as exportações”. A empresa negocia com os sindicatos a proposta de que, mesmo com as atividades interrompidas, os contratos dos trabalhadores que recebem até R$ 870 – a maioria dos empregados – sejam mantidos durante cinco meses.
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