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Mensagem: Sudene - Nova promessa de investimentos Reativada há um ano, autarquia reúne governadores para definir zonas livres de exportação e projeto ferroviário Luiz Ribeiro - Montes Claros – Uma estrutura mais enxuta, com maior controle dos incentivos fiscais destinados a investimentos do setor produtivo. Essa é a cara da “nova” Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), que reúne, hoje, o seu Conselho Deliberativo em Montes Claros, no Norte de Minas. O encontro, cercado por grande aparato devido às aguardadas presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos 11 governadores da área incentivada (os nove do Nordeste, mais o anfitrião, Aécio Neves, e Paulo Artung, do Espírito Santo), é o primeiro em território mineiro desde que a autarquia foi recriada, há um ano. Devem sair decisões importantes: o decreto que regulamenta as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) e a apresentação do projeto da ferrovia Transnordestina. Minas Gerais tem 168 municípios na área do chamado Polígono das Secas. Para essa região, historicamente castigada pelas secas, a volta da Sudene é esperança de geração de empregos. Nas décadas de 1960 e 1970, a Sudene incentivou uma onda de desenvolvimento em Montes Claros, cidade-polo que, graças aos incentivos concedidos pela autarquia, recebeu indústrias como a Vallée, fabricante de produtos veterinários; a Biobrás, incorporada pela Novo Nordisk (produtora de insulina), e a Coteminas, maior empresa têxtil do país, que será visitada por Lula, numa homenagem ao vice-presidente José Alencar, fundador do grupo. Mas a Sudene do passado também foi marcada por equívocos. Vários empreendimentos que receberam a injeção de dinheiro público foram desativados. Em 2001, depois da descoberta de desvios, o então presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu pela extinção da autarquia. Ela foi substituída pela Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), que, na prática, não chegou a funcionar. A última reunião do Conselho Deliberativo da Sudene realizada em Minas aconteceu há 20 anos. Na reunião de hoje, não existe nenhum projeto do estado para ser discutido. “Ainda falta aos empresários mineiros maior conhecimento sobre os incentivos oferecidos pela Sudene em sua nova fase. Cabe a eles encaminharem projetos para serem analisados”, justifica o superintende da autarquia, Paulo Fontana. Ele lembra que desde a reativação, incentivos foram retomados, incluindo liberação de crédito, por intermédio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), e uso de isenção de 75% do Imposto de Renda por 10 anos como investimento. Entre outras vantagens, as empresas instaladas no Nordeste poderão reaplicar de 30% do Imposto de Renda a ser recolhido na compra de equipamentos e insumos. No primeiro semestre do ano passado, Fontana esteve em Montes Claros e divulgou a nova política de incentivos. Depois disso, foram encaminhadas à autarquia três cartas-consultas de Minas. No entanto, as propostas não tiveram andamento porque apresentavam falhas. A expectativa do presidente da Associação Comercial e Industrial de Montes Claros, Geraldo Drumond, é que as empresas despertem para os benefícios. “A volta da Sudene será um reforço e um estímulo à região, que vive uma nova fase de industrialização”, afirma Drumond. Um dos projetos importantes é o da usina de biodiesel da Petrobras, que será inaugurada hoje no Distrito Industrial da cidade. PERFIL • R$ 1,48 bilhão é o orçamento anual da Sudene • 150 servidores • Abrange 9 estados nordestinos 168 municípios mineiros 28 cidades capixabas
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