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Mensagem: Esses mineiros por aí Manoel Hygino- Jornal ´Hoje em Dia´ No dia 27, Yvonne Silveira comentava, com propriedade, sobre Ataliba Machado, que fundou, dirigiu e manteve a “Montes Claros em Foco”, com carinho, desprendimento e sacrifício. De Yvone e Olintho, marido e mulher, encontrou apoio, até que a publicação deixasse de circular, em 1967, com o falecimento de Ataliba. Desaparecido o “pater familias”, Maria, a esposa, não permitiu que o ideal de formar todos os filhos fenecesse, embora dura a missão. Esgotava-se fisicamente, mas não o ânimo. Assistiu à diplomação dos seis filhos. De Mary, tive belas notícias; Fernando tornou-se médico; Luiz Carlos, jornalista; Mirtes, surda-muda, formou-se em Belas Artes. Um exemplo de superioridade que Yvonne focalizou em crônicas, ressaltando a superação do problema da cor, que a tantos faz desistir. Terminada a leitura do seu texto no monteclaros.com, Yvonne teve de pôr luto por Olyntho, figura também emblemática norte-mineira. Yvonne Silveira, de 96 anos, presidente da Academia Montesclarense de Letras, teve gentileza de vir à minha posse na Academia Mineira de Letras. Durante décadas, foi professora de português na antiga escola Normal Oficial. Escritora, tem vários livros publicados e pertence a sodalícios, em que tem presença marcante. Nascida em Francisco Sá, é um dos nomes nas letras da região. Às 6 horas, quando o sol ainda não brilhava com intensidade, Olyntho cerrou os olhos, aos 99 anos. De Francisco Sá, foi de lá vice-prefeito. Membro da Academia de que a esposa era presidente, juntos escreveram como “Velho Brejo das Almas”, sendo autor de livros como “Cantos e Desencantos”. Cavalheiro, lhano no trato, conciliador, seu corpo foi velado na Santa Casa, sob a inspiração de Irmã Beata. Olyntho e outros bravos sertanejos mineiros fizeram aquilo que eu disse deve ser feito em termos mais amplos: construir a história de uma região, tão esquecida dos poderes públicos, mas permanentemente produzindo por Minas e pelo Brasil. Olyntho fez jornalismo, colaborando para as folhas da região, como sói acontecer com Dona Yvonne; como aconteceu com o saudoso Ataliba Machado, de quem guardo também as mais amáveis lembranças. Lutava-se por uma imprensa sadia, independente, um tanto visionária talvez, o que não é defeito. Olyntho e Yvonne não envelheceram. Permaneceram em nossa memória, constituíram um legado esplêndido, de que não se esquecerá. Quando Mário Casassanta, da Academia Mineira de Letras, viu na terra do norte a sua “opulência florestal, com o seu solo fecundo, seus rebanhos e laticínios, com a sua linda serra, com homens de ideal, teve a impressão perfeita e encantadora de como é rica de aspectos, de como é cheia de imprevistos a civilização de Minas Gerais”. Que esses Silveiras ajudaram a dirigir.
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