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Mensagem: Maníaco confessa cinco assassinatos - Depois de localizar menina estrangulada em Januária, polícia acha às margens de riacho ossada de outra criança esganada - Luiz Ribeiro - A polícia localizou, ontem à tarde, à beira de um córrego, em Januária, no Norte de Minas, os ossos que seriam da menina Thais Mota Xavier, de 12 anos, desaparecida desde 18 de outubro de 2005. Ela teria sido mais uma vítima do editor de vídeo Luiz Fernandes de Souza, de 36 anos, preso na madrugada de quarta-feira, sob acusação de estrangular e matar a pauladas, sábado, a estudante Clara Valeska Cordeiro, de 10, crime que chocou a cidade.A delegada Patrícia Marques Duarte, que participa das investigações, informou que, além das mortes de Clara e Thais, que também foram estupradas, Luiz Fernandes confessou mais três homicídios e o estupro de mais quatro mulheres. Mas a polícia acredita que ele cometeu outros crimes na cidade. ´Estamos aprofundando as investigações. Todas as informações que ele nos repassou precisam ser conferidas, pois se trata de uma pessoa que tem uma personalidade psicopata e ainda não é possível fazer uma avaliação do que diz´, afirma a delegada.Na cadeia de Januária, o maníaco foi ameaçado por outros presos e enfrenta também a revolta da população. Por isso, na madrugada de ontem, por medida de segurança, ele foi transferido pela Polícia Civil para a cadeia de São Francisco, a 60 quilômetros de Januária.Ontem à tarde, a delegada Patrícia Duarte, acompanhada de um perito e de militares do Corpo de Bombeiros, esteve nas margens do Córrego das Manilhas, perto da BR-135, na saída de Januária para Itacarambi, onde o editor de vídeo confessou ter desovado o corpo de Thais, depois de estuprá-la e esganá-la. Como o maníaco já havia sido transferido para São Francisco, a polícia usou nas buscas um croqui elaborado pelo acusado, que tem domínio em tratamento de imagens em computação.Na época do desaparecimento de Thais, ele era considerado amigo do pai da criança e chegou a elaborar um cartaz anunciando o sumiço da menor, e participou também das buscas, para tentar localizá-la. Anteontem, com frieza, ele confessou como estuprou, esganou e arrastou o corpo para a beira do córrego. Passados quatro meses do crime, Luiz voltou ao local, para nadar com amigos, e, sem levantar suspeitas, aproveitou para ver a ossada.De acordo com a delegada Patrícia Duarte, os ossos localizados ontem foram encontrados separadamente, espalhados pelas margens do riacho, o que seria consequência de enchentes. Foram encontrados ossos dos braços, pernas, costelas e da coluna. Apesar das evidências, a policial é cautelosa. ´Somente com mais análises da perícia e do exame de DNA poderemos afirmar com segurança que se trata ossada da menina, para dar a resposta à família´, afirmou Patrícia Duarte. No início da noite de ontem, soldados do Corpo de Bombeiros, com a ajuda de peritos, faziam buscas dentro do Córrego das Manilhas, à procura de outros restos mortais.
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