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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024


Walter Abreu    waltermabreu@yahoo.com.br
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Por Walter Abreu - 1/6/2015 23:54:05
Vou falar das NOVELAS, de novo. Meses aqui a trás, escrevi o artigo "Não vejo novelas" em cujo texto justifiquei o título. A cada dia que passa repudio mais o conteúdo idiota desses programas da televisão brasileira. Nada é aproveitável. Para amenizar um pouco, estrategicamente incluem no contexto algo de interesse da sociedade, como estímulo à doação de órgãos, crianças desaparecidas, etc. Mas a mensagem central e que fica mesmo, só as tramas que induzem à destruição da família e a valorização da trapaça, da falcatrua e da bandidagem.
Imagino que uns 50%(ou mais) do espaço da mídia brasileira gira em torno desta aberração conhecida como novela. Além do tempo próprio, a TV, as revistas, os jornais, as redes sociais dedicam um precioso tempo dedicados a comentar, entrevistar e noticiar assuntos que são ligados ao tema. Não me ocupo de nada que se relacione com isso.
Porém hoje, ao ver uma manchete sobre novela, na qual o autor de Babilônia manifesta estar decepcionado com a audiência, resolvi ler para entender. Sabe a que o idiota do autor atribui a baixa audiência? Ele diz que o brasileiro é "careta e hipócrita" e por estes motivos, o grande fracasso da trama que ele escreve. Pode isto? Um pouco de humildade e menos arrogância faria bem a esse autor. Escreve uma mer........cadoria dessas e ainda ofende quem não gosta. Aposente-se. Já passou da hora.


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Por Walter Abreu - 8/2/2015 15:07:59
UMA NOVA ORDEM ECONÔMICA
O fim da miséria e a recuperação ambiental como motores do crescimento.

Os economistas dizem quem não há outro caminho, senão o crescimento econômico. Os ambientalistas afirmam que o planeta chegou no limite da exaustão e que não há como ter sustentabilidade no atual modelo. Os sociólogos pregam que está tudo errado, em especial na distribuição da riqueza. Quem está certo? Penso que todos estão certos e todos estão errados. Como?
Todos estão certos no diagnóstico e errados na prescrição do tratamento. Toda a discussão é ideológica e não técnica, de maneira que o egoísmo e a vaidade não permitem que os conhecimentos se complementem e surja uma solução verdadeira e sustentável. Se a forma de resolver nascer de um equilíbrio entre as opiniões, ninguém poderá alardear-se como o herói e o salvador. É inconcebível no atual modelo mental das pessoas, que as boas teorias e práticas da esquerda sejam somadas ao que há de bom no conteúdo da direita, resultando na melhoria da vida de todos.
Os pilares sociológicos, econômicos e ambientais são básicos para a propositura de uma nova ordem econômica e são perfeitamente compatíveis, desde que a sua formulação seja baseada no espírito cristão, com força na compaixão e na ética. O que importa é o resultado coletivo e não quem está no poder.
No Norte de Minas vivemos isto permanentemente. Vejamos o exemplo do problema da água, que se agrava sem uma perspectiva de solução. Há um forte embate ideológico e político sobre a viabilidade das barragens e, enquanto um lado não impõe ao outro a vitória de suas teses, a água vai acabando. Nos inúmeros encontros em que participei para debater o tema, sempre há de um lado os que defendem as pequenas barragens, e de outro os que advogam em favor das grandes. Ambas são importantes e cada uma tem a sua função. As pequenas são indispensáveis ao controle ambiental, à infiltração da água no subsolo, ao combate à erosão, à pequena irrigação e a outros fins nobres. A grande barragem é importante para a geração de energia, para o aumento da oferta de água para fins econômicos, como irrigação, turismo e piscicultura, para perenizar rios, para a segurança hídrica e alimentar e mais outros tantos benefícios. Importante frisar que os fins econômicos são também sociais.
Mais ou menos como o debate entre os que defendem a ciclovia e os que querem a ferrovia. Ambas são ótimas, mas cada uma para seu fim. Não podemos pensar em usar a ciclovia para transportar minério de ferro, muito menos a ferrovia como forma de transporte individual.
Então devemos aglutinar os nossos conhecimentos, livre da contaminação da vaidade e egoísmo, para formular uma nova ordem, que tenha foco na libertação do ser humano da miséria e da opressão, assim como em recuperação ambiental, de maneira que o planeta possa se refazer e o ser humano o habite com dignidade e felicidade.
Esse intenso debate ideológico entre esquerda e direita está fora de moda, penso. Entramos em um momento em que a disputa deverá ocorrer entre os que realmente querem o bem comum e os egoístas e desonestos, sejam eles de esquerda de centro ou de direita.


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Por Walter Abreu - 10/1/2015 20:07:50
NÃO VEJO NOVELAS - Não vejo novelas por que não me convém, como penso que não convém a ninguém. Como vivemos em uma democracia, onde vence a vontade da maioria, muitos assistem. Neste tema, como sou minoria em minha própria casa, no chamado “horário nobre” a televisão está sintonizada no que há de mais contrário à denominação deste intervalo de tempo. Nobre? O que há de nobre nas novelas?
Nobreza maior que a família, na minha opinião, não há. O que pregam as novelas? Tudo aquilo que é frontalmente contrário aos princípios familiares, base de uma sociedade equilibrada. A malandragem, a infidelidade conjugal, a trapaça e todo tipo de desonestidade são as principais características dos personagens.
Embora não assista, de tão pobre o enredo e a criatividade, conheço o cerne de todas, que são sempre iguais. Em todas existe uma família rica, desordenada e desestrutura, na qual os seus membros, na disputa pela riqueza e poder, negligenciam as virtudes que se sobrepõe a todos os princípios cristãos e humanos. Em outro núcleo composto por pessoas sem posses, se destacam personagens que fazem da ascensão financeira uma obsessão, cujo objetivo deve ser alcançado a qualquer preço.
Não raro a nora abandona o marido para fugir com o sogro. A moça recentemente saída da adolescência, enamora com um homem mais maduro, que ao final da trama descobre ser seu pai. Sempre, invariavelmente, o tema “exame de DNA” é citado em todos os capítulos de todas as novelas, como se as pessoas se reproduzissem aleatoriamente, sem eira nem beira. A sexualidade é totalmente banalizada, transfigurada e violentada. Aquilo que deveria ser a manifestação divina do amor, passa a ser incentivado de forma irresponsável, irracional e animal. A concupiscência passa a ser palavra de ordem. Quem não tiver o desejo intenso por prazeres materiais e sexuais, na visão dos autores de novelas, são classificados como infelizes, desatualizados e fora do mundo moderno.
Para completar a minha indignação, algumas vezes Montes Claros e o Norte de Minas foram inseridos em cenas de novelas, de formas bem pejorativas. Em uma dessas, da qual nem me lembro o nome e muito menos o autor, um personagem à procura de meios para retornar à sua cidade, usa o telefone público para ligar para a família e diz: “Estou numa cidadezinha de Minas, perto de Bocaiúva, chamada Montes Claros. Em seguida aparece uma imagem de uma construção tosca com a inscrição “Rodoviária” na testeira e o personagem embarcando em uma velho corcel da década de 70, caindo aos pedaços.
Parece-me que esta semana fomos novamente inseridos no contexto. Tomei conhecimento pelas diversas mídias, que um personagem disse “que iria voltar para Montes Claros, para comer pequi, farinha do Morro Alto, Carne de Sol e tomar suco de coquinho azedo”. Nada contra estas maravilhas de nossa culinária, mas Montes Claros, terra que amo e defendo, é muito mais que isto. Se o autor bem conhecesse nossa cidade, deveria, após enaltecer nossos comes e bebes, incluir na fala do ator: “Além de usufruir destas maravilhas, vou aproveitar do calor humano e do carinho do povo maravilhoso, voltar a estudar em uma das inúmeras faculdades de lá, ter a segurança de envelhecer em uma cidade que tem uma medicina avançada, ler os livros de Darcy Ribeiro e Cyro dos Anjos, curtir as festas de agosto, dançar catopê, ouvir Tino Gomes, a seresta de João Chaves e Beto Guedes, aprender a tocar violão no maravilhoso Conservatório de Música Lorenzo Fernandez, conhecer cidades próximas como Diamantina e Grão Mogol.
Nada contra o pequi. Muito menos contra a carne de sol. Mas nossa querida Montes Claros é muito mais que isto. Aliás hoje é sábado, um ótimo dia para um belo arroz com pequi, com farinha do Morro Alto, carne de sol, cachaça de Salinas, doce de marmelo de São João do Paraíso e suco de coquinho azedo. Mas Montes Claros é muito mais. O Norte de Minas é muito mais.


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Por Walter Abreu - 15/11/2014 22:15:25
A LÓGICA PERVERSA DA POLÍTICA NO NORTE DE MINAS

Podemos duvidar da capacidade de uma comunidade em gerar desenvolvimento, quando toda a energia de suas lideranças é dedicada à disputa política e eleitoral, durante todos os dias do ano. Esta é a realidade de muitos dos pequenos municípios do Norte de Minas. Pelo menos os que eu conheço bem, quase todos são exatamente assim.
Neles vigora uma lógica perversa, onde quem ganha a eleição persegue os que perderam e os que perderam sabotam e boicotam quem ganhou. Um lado procura manter-se no poder enfraquecendo a oposição, com ações detestáveis, como descontinuação de projetos que estavam dando certo, desmerecimento de iniciativas positivas, pressão sobre funcionários públicos e de lideranças que não são da corrente política no poder e todo tipo de perseguição possível.
Já quem está fora do poder procura sabotar e boicotar tudo que for de iniciativa do prefeito e sua equipe. Não se pode admitir que o outro grupo seja bem sucedido na gestão, o que, fatalmente, levaria a reeleição do adversário para continuar na direção do município. Assim sendo, melhor será que a administração seja o quanto pior, de modo que na próxima eleição não haja o que elogiar e leve à mudança de poder.
Desta forma o “Capital Social” dos pequenos municípios, praticamente deixa de existir. As associações, sindicatos, clubes e demais formas de organização da sociedade civil, tendem a não existir e quando resistem à divisão entre situação e oposição, passam a fazer parte e a servir a um lado ou a outro, e não à sociedade como um todo.
Como uma comunidade que dedica toda a sua energia no empate político, objetivando exclusivamente a retomada ou a manutenção do poder, pode produzir desenvolvimento? Não sobra tempo para falar de projetos, para propor ações, para planejar o futuro e melhorar a vida de todos. Pouco importa se ano a ano, de eleição em eleição a cidade piore ou avance lentamente na melhoria de seus indicadores sociais, econômicos e ambientais. O que interessa é derrotar o adversário, mesmo que para isto seja necessário que todos percam muito. Como naquela situação em que o piloto decide derrubar o próprio avião para matar o inimigo que está a bordo.
A disputa do poder nos pequenos municípios tem feito muito mal a todos. Tanto aos envolvidos diretamente na política, quanto aos que não participam dela. Gastos astronômicos e não declarados nas campanhas eleitorais são comumentes sucedidos por irregularidades praticadas no afã de reembolsar aos que proveram os custos da obtenção dos votos. Assim acontecem a corrupção e a ineficiência, que, somadas à apatia e a conivência da sociedade local, afundam os pequenos municípios e os condenam a evoluir tão lentamente, que muitos perdem as esperanças de usufruir, ainda na vida terrena, de uma condição mais digna.
Felizmente surgem, em alguns municípios, novas lideranças que se propõe a mudar esta situação, aliando-se a este fato a firme atuação da Polícia Federal, do Ministério Público e de algumas iniciativas da sociedade local, nos fazendo esperar melhorias e a alteração desta lógica perversa, que tanto tem prejudicado o desenvolvimento de nossa região.


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Por Walter Abreu - 26/10/2014 17:55:38
É, chega ao fim a batalha eleitoral de 2014. Eu que sempre gostei da política, da boa política, concluo a minha participação com uma fortíssima motivação de continuar e aprofundar a minha participação. Conheço as minhas forças e as minhas fraquezas. Sei de minhas virtudes e de meus defeitos. Como cristão, nas minhas orações, só faço a DEUS dois pedidos: Que perdoe os meus pecados e aumente a minha fé. No mais, só agradecimentos a Ele.
Todas as semanas, na missa dominical, dizemos no Ato Penitencial:
Confesso a Deus todo poderoso,
E a vós irmãos e irmãs,
Que pequei muitas vezes por pensamentos,
Palavras, atos e omissões,
Por minha culpa, minha culpa,
Minha tão grande culpa,
E peço à Virgem Maria,
Aos anjos e todos os santos,
E a vós, irmãos e irmãs,
Que rogueis por mim, a Deus,
Nosso Senhor.
Assim sendo, na política como na vida, vejamos onde pecamos, especialmente por omissão.
Lugar de gente boa e honesta é na política. De tanto cometerem erros no exercício dos cargos públicos eletivos, os bons se afastaram. Não que não existam hoje boas pessoas disputando as eleições e ocupando os cargos. Sim existem boas pessoas, mas, convenhamos, que uma grande parte deixa a desejar.
A corrupção presente, a ineficiência introduzida na cultura pública, a percepção do eleitor de que sempre foi e sempre será assim, induzem aos bons a se omitirem. Trabalhei pela eleição do Aécio e espero que daqui a pouco a apuração lhe confirme a vitória. Peço desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo debate, virtual e presencial, e, ao mesmo tempo peço, tanto para quem votou em Aécio, quanto ao quem votou em Dilma: Não permitam que os ocupantes de cargos públicos mintam, roubem, corrompam, malversem, enganem, ludibriem e usem a máquina pública em beneficio próprio e em benefício do partido e de seu grupo. Que o exercício do cargo público seja a mais nobre das profissões, visto que é dos políticos que emanam as decisões que interferem na educação, na saúde, na segurança pública e em todos os demais aspectos da vida. Enfim, aos bons, conclamo que participem da política, seja filiando a um partido, seja fiscalizando, seja opinando, seja como integrante de uma associação, clube de serviço ou outra forma de organização social. Mas não pequem pela omissão.


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Por Walter Abreu - 15/10/2014 23:27:44
MONTES CLAROS 2030. QUE CIDADE NÓS QUEREMOS?

“Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável”. Assim definia o pensador Sêneca, a situação de quem não sabe o que quer ser ou para onde quer ir. Ensinamento perfeito para qualquer ser humano, alertando para a necessidade de se planejar, definir metas e criar a visão de futuro. Perfeitamente aplicável a uma empresa, uma instituição e também a uma cidade.
Onde queremos chegar? Que cidade queremos em 2030? Vamos adotar a máxima do Zeca Pagodinho, do “deixa a vida me levar?” Ou vamos definir a nossa visão de futuro e, a partir daí, planejarmos e construirmos o lugar onde queremos viver e sermos felizes? Penso que isto é melhor que aquilo.
Alguns sonham com Montes Claros enorme, com dez centenas de milhares de habitantes. Chegaram a idealizar o movimento com o nome provisório de “Montes Claros 1 milhão”. Felizmente o nome foi tão provisório quanto o movimento. Morreu antes de nascer. Melhor será viver em uma cidade com metade destes moradores, com alta qualidade de vida, com justiça social e sustentabilidade ambiental.
O norte de Minas precisa avançar de forma equilibrada, distribuindo o crescimento populacional, econômico e social por todos os municípios. Caso contrário, a sua maior cidade fará o movimento do cachorro correndo atrás do próprio rabo. Jamais alcançará o objetivo de ser um lugar ótimo para se viver. Assim precisamos definir o que queremos ser.
Para contribuir com isto nasceu em Montes Claros o CODEMC-Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Montes Claros, que tem, entre outros objetivos, a missão de contribuir para o planejamento de longo prazo para a nossa cidade. Os trabalhos do CODEMC serão estruturados em diversas Câmaras Técnicas. Meio Ambiente, Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico, Saúde, Educação, Mobilidade e Planejamento Urbano, Orçamentária e Tributária e Segurança. Estas serão as permanentes, podendo ser criadas câmaras temporárias, de acordo com a necessidade e oportunidade do tema.
No próximo dia 27 de outubro, estaremos reunindo os apaixonados por Montes Claros, às 19:00 horas, na sede da OAB, para instituição das diversas Câmaras. Construir um planejamento e definir os rumos a seguir não pode e não deve ser responsabilidade só do poder público. Vamos participar. Não é necessário ser convidado oficialmente. Basta ser apaixonado por nossa Terra.


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Por Walter Abreu - 11/10/2014 23:57:17
Boa noite leitores do Mural. Fiquei muito surpreso quando um amigo me ligou dizendo que eu passei a ser listado como "colunista" do montesclaros.com ; Que honra figurar ao lado de D. Yvone Silveira, Luiz de Paula, Petronio Braz, Paulo Narciso, Ucho Ribeiro, Wanderlino Arruda, Manoel Hygino, Dário Cotrin, Genival Tourinho e tantos outros. Vou me esforçar para, periodicamente, comparecer a este espaço escrevendo, porque lendo, sou frequente. Parabéns ao montesclaros.com por este espaço tão democrático.


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Por Walter Abreu - 6/10/2014 09:21:04
Parabéns à nova Deputada Federal Raquel Muniz. Que Deus a abençoe na difícil tarefa de lutar, como a única representante do Norte de Minas no Congresso Nacional.Além dela poderíamos ter eleito mais uns quatro deputados. A região tem mais de 1 milhão de votos. Nesta eleição a nossa região repete o erro das outras edições, votando em candidatos que não tem compromissos com esta parte do Estado.Estes votos fizeram muita falta aos candidatos locais. Caberá a nós, agora chorando sobre o leite derramado, cobrar daqueles que, embora não sejam daqui, levaram os votos de nosso povo. Vamos divulgar a votação de cada um dos eleitos e manter uma vigilância permanente. Com relação à Raquel Muniz, tenho certeza que irá nos surpreender, colocando a força da mulher norte mineira a serviço de um mandato inovador e transformador. Competência e capacidade de trabalho não lhe faltam. Os desafios são muitos, à começar pela difícil convivência com o clima semi árido, cada dia mais penoso. Aí vem os problemas da saúde e educação, segurança pública, geração de trabalho e renda e meio ambiente, entre tantos outros. Com certeza irá desenvolver um grande trabalho. Boa sorte.


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Por Walter Abreu - 4/10/2014 00:20:00
AS LIÇÕES DOS ANOS DE SECA.

Dar a mão à palmatória significa reconhecer o erro e se penitenciar. Quero dizer que admito a minha ignorância ecológica quando não dava atenção às advertências dos ambientalistas. Especialmente quando alertavam para as ameaças, que surgiam ao longe, ao abastecimento de água para os diversos usos.
Os últimos três anos, secos como há muito não se via, mostram-nos que o alerta daqueles que chamávamos de “ecochatos”, é absolutamente procedente. Eles nos diziam que deveríamos nos preocupar com os nossos netos, que o ser humano teria que mudar os hábitos de vida, que o padrão de consumo das pessoas afetaria a sustentabilidade do planeta e outras afirmações que soavam demasiadamente alarmistas e sem nenhum sentido prático. Para muitos de nós não passava de uma chatice de jovens recém saídos das universidades, dos cursos de biologia principalmente, quando ainda não existiam os cursos de engenharia ambiental. Ou daqueles que, por puro modismo, se auto nomeavam “ambientalistas”.
Pois é. Três décadas atrás, eu solteiro e sem filhos, me preocupar com os meus netos? Não era muito sensato perder tempo com um futuro tão distante, pensava eu. Preocupar? Como a própria palavra diz: PRÉ-OCUPAR, é se ocupar previamente, com algo que pode nem acontecer. Que engano.
O desenvolvimento econômico sem sustentabilidade está levando o mundo a uma situação muito complexa. Estamos vivendo um momento marcante, no qual somos intimados a começar a grande virada ambiental. A falada mudança de hábitos, no passado considerada “neurose de pessoas sem o que fazer”, hoje é uma necessidade urgente, urgentíssima. Padrões de consumo estabelecidos pelo mundo capitalista e pelas diversas mídias, colocaram na cabeça das pessoas que felicidade é sinônimo de posses materiais. Se realizar como pessoa é ter o carro mais bonito e possante que o do seu vizinho, é vestir a marca tal e ser cliente da loja mais badalada? Estes conceitos nos levaram a um momento complicado.
Quem poderia imaginar o Rio São Francisco secando? Gente a situação é muito grave.É gravíssima. Os mais otimistas podem até afirmar que se trata de evento cíclico, que já aconteceu no passado. Mas hoje a situação é outra. Meu avô materno, o grande Francisco Guimarães Moreira, conhecido como Chico Moreira, primo de Guimarães Rosa, narrava aos netos que em 1928, se não me falha a memória, atravessara o rio da Velhas, montado na mula Falua, com água que não chegava a molhar a capa da sela. Só que, àquela época, a natureza não estava ferida de morte e tinha a sua capacidade de recuperação. E hoje?
Hoje cabe a nós a grande mobilização para a recuperação ambiental, usando tudo que construímos explorando a natureza, devolvendo a ela aquilo que lhe pertence. O desenvolvimento tecnológico, o poder econômico e todo o conhecimento humano devem ser disponibilizados, numa grande cruzada ecológica para nos salvar, salvando o planeta.
Proponho que Montes Claros chame a atenção e seja exemplo para o país, promovendo uma grande recuperação das sub bacias que compõe o sistema do Rio São Francisco. Se assim o fizermos e o nosso resultado inspirar outros municípios a fazer o mesmo, poderemos, talvez em três décadas, recuperar o “Velho Chico”, salvando-nos de uma catástrofe.
Quando o assunto é água, posso dizer que o problema aproximou de nós muito rapidamente. Faço uma cronologia, lembrando que em 1980 não me preocupava com os netos, que em 1.990 passei a me preocupar com filhos, que em 2.000 passei a me preocupar comigo e que agora já me preocupa a minha mãe, que já passou dos 80 anos e poderá vivenciar a falta d’água. É a natureza nos cobrando a conta. E vamos ter que pagar.




Selecione o Cronista abaixo:
Avay Miranda
Iara Tribuzi
Iara Tribuzzi
Ivana Ferrante Rebello
Manoel Hygino
Afonso Cláudio
Alberto Sena
Augusto Vieira
Avay Miranda
Carmen Netto
Dário Cotrim
Dário Teixeira Cotrim
Davidson Caldeira
Edes Barbosa
Efemérides - Nelson Vianna
Enoque Alves
Flavio Pinto
Genival Tourinho
Gustavo Mameluque
Haroldo Lívio
Haroldo Santos
Haroldo Tourinho Filho
Hoje em Dia
Iara Tribuzzi
Isaías
Isaias Caldeira
Isaías Caldeira Brant
Isaías Caldeira Veloso
Isaías veloso
Ivana Rebello
João Carlos Sobreira
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José Ponciano Neto
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