Supremo garante retomada de processos sobre paternidade com exame de DNA, com aplicação ampla
Sexta 03/06/11 - 10hFilhos que não conseguiram custear no passado exames de DNA para descobrir quem são os seus pais garantiram no Supremo Tribunal Federal o direito de retomar processos judiciais de investigação de paternidade. Ao analisar o recurso de um homem de 29 anos, o STF concluiu que a verdade biológica deve prevalecer nesses casos. A maioria dos ministros entendeu que o direito de uma pessoa conhecer a identidade do pai é um direito fundamental previsto na Constituição e pode ser buscado mesmo após as ações de investigação de paternidade terem se encerrado há anos ou décadas. O julgamento de ontem tem repercussão geral. Ou seja, a decisão tomada será aplicada posteriormente pelas instâncias inferiores do Judiciário em casos idênticos - quando o filho não tinha condições de pagar o exame na época do processo de investigação de paternidade e o Estado não arcava com os custos.