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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Uma homenagem aos bravos jornalistas mantenedores do JMC, por quarenta anos. Jose Prates Emocionou-me o artigo de Paulo Braga sobre o fechamento, há vinte anos passados, do O Jornal de Montes Claros, quando completava trinta e nove anos de existência a serviço não, apenas, da cidade, mas, de toda região. Não posso esquecer quando de sua fundação e instalação em 1951, setembro, eu acho. Nessa época, a imprensa de Montes Claros resumia-se à Gazeta do Norte dirigida por Jair de Oliveira, publicação semanal, com artigos e comentários de pessoas da localidade como Dr. Plinio Ribeiro, João F. Pimenta e alguns outros. Não era um semanário noticioso; não trazia reportagens, apenas artigos assinados. Naquele ano, eleito Prefeito Municipal, assumiu a Prefeitura Enéas Mineiro de Souza, o Capitão Enéas, homem rico, ótimo administrador, mas, com pequeno conhecimento das letras, mas de largo tirocínio empresarial que ganhou poder e fama como empreiteiro da Estrada de Ferro Central do Brasil. Na construção do trecho Montes Claros a Monte Azul. José Monteiro Fonseca, inspetor federal de ensino, chefe da Inspetoria local, colaborador da Gazeta, tornou-se amigo do Capitão Eneas, sugeriu-lhe a criação de um jornal moderno para apoiar e divulgar a sua administração na Prefeitura. Vaidoso, vendo no jornal a importância de sua promoção como Prefeito, aceitou a sugestão feita por Zezinho. O maquinário para a gráfica destinada à feitura e impressão do novo jornal foi todo adquirido no Rio, incluindo uma linotipo, primeira de Montes Claros. Para operá-la veio o linotipista Andrezzo contratados pelo jornal. Em setembro de 1951, sai a primeira edição do jornal, hebdomadário, em estilo idêntico à Gazeta. Nessa ocasião eu estava vindo de Belo Horizonte onde trabalhei como freelancer na Folha de Minas como, também, no Diário Católico como repórter de rua. Com a inauguração do jornal, apresentei-me a Zézinho Fonseca, oferecendo-me para colaborar. Fui aceito. Consegui quebrar a resistência do pessoal responsável pela redação, publicando a primeira reportagem de rua que foi sobre o estado de penúria dos retirantes nordestinos amontoados na plataforma da estação ferroviária, aguardando o trem para São Paulo, dormindo ao relento em total promiscuidade. .A reportagem teve repercussão fora da região, com trechos transcritos no Estado de Minas e Tribuna de Minas. Nascia, então, a imprensa de fato, com um jornal noticioso com reportagens de rua, cobertura das sessões da Câmara Municipal, noticiário policial e esportivo. O jornal tomou fôlego, passando, então, a três edições semanais: Domingo, terça e quinta, ganhando importância no cenário regional. Com a saída de Zezinho Fonseca em 1953, ficamos: na redação, eu com toda parte redacional e Sylvia dos Anjos na revisão das matérias; na gráfica Andrezo e Meira e na expedição Dona Maria. Éramos cinco pessoas mantendo o jornal circulando normalmente até quando o Dr.Oswaldo Antunes o adquiriu em fins de 1953 ou principio de 1954. Com ele trabalhei pouco tempo. Nomeado para a Real Aerovias, fui trabalhar na Agencia local. O Dr. Oswaldo conduziu brilhantemente esse jornal até o seu fim. Esse jornal não morreu. Ele permanece em nossa memória como o marca indelével da imprensa em Motes Claros e eu me orgulho de ter sido um dos seus fundadores. (José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores).

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