Pai lamenta o fim das buscas aos mortos do vôo 447: "Enquanto eu não vir o corpo do meu filho, pra mim ele está vivo"

A decisão que pôs fim na operação de buscas pelos corpos e destroços do vôo 447 da Air France foi mal recebida pelo pai de uma das vítimas da tragédia. Para o aposentado Nelson Faria Marinho, pai do mecânico de engrenagens Nelson Marinho Filho, de 40 anos, - um dos passageiros do Airbus A330 da Air France -, o fim das buscas leva ainda mais angústia às famílias. "Eu fico surpreso com essa decisão [de suspender as buscas], mas eu ainda tenho esperança. Enquanto eu não vir o corpo do meu filho, pra mim ele está vivo", disse Marinho, um dos criadores da Associação das Vítimas do Vôo 447. "Não só eu, mas muitas famílias vão ficar angustiadas, mais ainda do que já estão. Quer dizer, em um universo de 228 ocupantes só encontram 50, isso é muito difícil e dramático pra gente", afirmou o aposentado. Segundo a FAB e a Marinha - responsáveis pelas buscas -, em 26 dias, foram localizados 51 corpos de vítimas da tragédia.