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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 5 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Foram muitas, muitas, as mensagens que durante os últimos 60 dias sustentaram uma belíssima campanha que não foi contra ninguém, mas a favor da Vida, em defesa dos nossos montes claros. Aqui, desfilaram, um a um, textos com as razões mais variadas, mas todas pedindo pela Vida. É um marco da nossa cidade. É um marco do jornalismo feito por todos, especialmente pela população. Percorri há pouco estas mensagens, e vi que o crescente de indignação - mas sempre em tom respeitoso, sereno, como convém - encontrou momentos altos, líricos até. Mas creio que as mensagens abaixo, de Isaías e de Guimarães, foram - ao lado de todas - das que mais contribuiram para o desfecho feliz. Não custa lê-las de novo. Por favor, em homenagem a todos que anonimamente se uniram numa hora de rara beleza, publiquem-nas, novamente: De: Isaias Data: 15/1/2010 09:19:51 Cidade: M. Claros Ei-la, nossa serra símbolo, ferida diante de nós. Sua pulcritude lancina e grita, e nós não a ouvimos. Ela pede socorro, e nós cerramos os ouvidos. No transe, nos contempla. Nada há de errado com a Serra, estancada ali há séculos seculorum. O erro (novamente) está conosco. Na dureza de nossos corações. Quando por fim se calar, a Montanha virá sobre nós e nossos filhos. Estúpidos somos. Perdemos a capacidade de ouvir as pedras, de nos aconselhar-mos com o ´esforço estático´ das penhas que juntaram nossas pegadas infantis, que recolheram o arroubo de nós moços (e de nossos amores, amor, amor), e que recortam agora, apenas isto, a triste inútil melancolia de contemplar nos nossos olhos, malferidos juntos, a dor de ve-la sulcada em feridas. E ela, sempre pulcra, sempre bela, nos pergunta: ´andaram sulcando o mar?´. Andamos. Mensagem N° 53749 De: Guimarães Data: 10/1/2010 20:00:37 Cidade: M. Claros Se houver boa vontade, talvez sejam necessários poucos passos para dar a volta por cima no caso desta ´ferida´ aberta na serra dos montes claros, com expressa e reiterada autorização (?!) das várias camadas das burocracias ambientalistas - municipal, estadual e federal: 1 - Revogar os atos administrativos que permitiram golpear a serra sob o manto da legalidade; 2 - Indenizar a entidade que adquiriu o imóvel pelos gastos até aqui, uma vez que agiu legalmente, debaixo da autorização reiterada de quem pode autorizar. Em seguida, como não é possível que apenas uma camada de mercúrio cromo cicatrize e apague a extensa ferida na serra, que é duradoura, e que por certo pode abrir caminho para outras feridas daqui para frente, há outros passos possíveis. Entre eles: 1 - Replantio da vegetação arrancada do local e sua urbanização em forma de jardins permanentes, simples. 2 - Assentamento naquele platô, diante de toda a cidade, ad perpetum rei memoriam (para perpétua lembrança), de marco ou monumento registrando para as gerações futuras que, diante do clamor das consciências livres de um tempo remoto, ali se firmou o compromisso de nunca mais se tolerar qualquer ofensa ou rude golpe - como aquele - contra a serra, amada nossa, que inspirou o nome da cidade, e de quem é o principal e permanente símbolo. Sua e nossa atalaia. Reconhecer o erro e penitenciar-se por ele é e será sempre um gesto superior. Que seja possível.

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