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Mensagem: Avançamos, sim. Devagar, mas avançamos. Há décadas, mais de cinco, um câncer em forma de explosões de dinamite vem comendo a serra dos montes claros, bem na frente da cidade. Poucos percebem. É uma visão repetida a cada dia, nos últimos talvez mais de 50 anos. Trabalho de formiga. Foi aparecer uma outra mancha na serra, nova ferida, de um dia para o outro, e a cidade levantou-se, aos brados. Ainda bem que o prefeito teve a sensibilidade de ouvir o clamor e rapidamente contornou o problema, prometendo cauterizar a ´pereba´ imensa. Agora, ficou mais visível aquele velho corte cirúrgico na serra, milímetricamente ampliado a cada dia por explosões de dinamite que levantam uma coluna de fumaça contra o céu - ultraje! É este ´fogo´ consentido que pode estar atrás dos tremores de terra que o Observatório Sismológico de Brasília detecta com frequência em Montes Claros. Espantosa frequência. Os próprios especialistas, de lá, sugeriram: investiguem as pedreiras! Creio que é passada a hora de M. Claros reexaminar o câncer que desventra sua montanha. Não é possível que continue. Restaurar, cauterizar, esta ferida é mais difícil - pois sangra há mais muito tempo. Mas é possível atenuar suas dores, dela e nossa, plantando ali centenas de árvores - ipês, primaveras, quaresmeiras, tudo que a serra gosta. Importante também ficar de olho no resto dos montes claros, desde os Dois Irmãos, pois podem, um dia, se reduzirem a uma casca que o vento dobre. E carregue.
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