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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 2 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A violência urbana é um dos assuntos mais falados da atualidade. Esse fato se deve não só por que acontecem milhões de casos todos os dias, mas porque comove as pessoas que passaram ou não (ainda) por um acontecimento violento. O que faço aqui hoje é um desabafo que está entalado há um ano e três meses, desde que fui assaltada tendo duas armas apontadas para minha cabeça. Há dois alguns dias minha casa foi assaltada, não consigo pensar em outra coisa, tentei me distrair mas não deu certo...preciso escrever. Temos a tedência de nos apegarmos a coisas materiais, em muitos casos é justificável ´pois trabalhamos com esforço para adquiri-las. A perda de um objeto conseguido com trabalho árduo é financeiramente desagradável. A questão que coloco aqui vai um pouco além. A perda pois mais ínfima que seja deixa marcas irreparáveis. Independente do que tenha sido tirado de nós - desde roupas usadas penduradas no varal até um carro importado - o sentimento de impotência diante do acontecimento é inexplicável. Quando fui assaltada pela primeira vez perdi um aparelho celular que me custou muito caro, nove meses depois já tinha comprado outro um pouco mais barato mas com mesma utilidade. No entanto perdi a coragem de fazer muitas coisas, me tornei uma pessoa insegura, medrosa, estressada. Hoje 15 meses depois ainda não recuperei a coragem, o trauma permanece e me angustia. Desta vez minhas roupas penduradas no varal foram levadas, porém o pior de tudo foi ver no rosto do meu pai a decepção por ter sua bicicleta roubada.É isso mesmo caro leitor, uma bicicleta...não era uma simples bicicleta, era o que permitia a ele trazer para casa os alimentos e o dinheiro para pagar as contas, sua ferramenta de trabalho. Tenho certeza que podemos comprar outra, mas a perda foi muito maior. Perdemos a tranquilidade para dormir após um dia exausto, e isso não tem preço. Quando somos assaltados perdemos coisas materiais que substituímos assim que possível. Mas perdemos sentimentos como confiança, segurança e tranquilidade. Ganhamos medo, angústia, desespero e traumas horríveis...uma dor inexplicável...um sentimento de impotência que o tempo não apaga. Só me pergunto até onde chegaremos com todos esses sentimentos. Fico aguardando, sonhando com um dia em que tudo será diferente...não sei se estou sendo ingênua, mas preciso disso pra viver nessa barbárie.

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