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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: O LIVRO “OS BARES NUNCA FECHAM” Li a boneca do livro ‘Os Bares Nunca Fecham” da acadêmica Karla Celene Campos. Como uma câmera e a inspiração de Fellini, faz um longa metragem literário por botecos e espeluncas deste mundo doido e globalizado. Mostra-nos um universo encantado entre mesas, garçons, notívagos e o sabor horrível da cerveja “Nostradamus”, servida em Barcelona, na Espanha. Trafega desde o Coxixo com dois “X”, dos bares geração Elite, onde se sorve o hidromel dos Orixás até um chope em Salamandra, terra de Sancho Pança. Passa mesmo por botecos em Januária, rincão onde muitos garantem se produz a melhor cachaça do mundo e no dizer do notívago Genival Tourinho, habitam as melhores raparigas do planeta. Chega a encontrar o fluir das sensações de Leopold, um personagem da “Stream of Consciousness”, de Joyce, em seu paredão de granito “Ulísses”. Fala de Almeida, um tio boêmio e de escudeiros como Black. Cita as almas de bêbados que fogem dos Hades e retornam ao bar para sugar ectoplasma no “duplo-etérico”, que recende do “oroma” do álcool. Faz-me lembrar o Bar do Toin, no Mercado do Cajueiro em Teresina (PI), onde a alma do professor Lamartine do Monte, antigo freqüentador, aparecia nas manhãs de domingo vindo do nada e dando gritos na galera que bebia cachaça Mangueira. Botava todos para gramar o beco, na carreira! Comenta da vivência dos que freqüentavam a Cristal nos anos 70 com o seu globo transparente cheio de bombom Sonhos de Valsa, sonho de toda criança e o movimento estudantil nos tempos da opressão. Caminha desde os ambientes mais luxuosos até o caleidoscópio de arte da Cahaçaria do Durães, com gravuras de Frida Kalo e Diogo Rivera. Entre os freqüentadores circula o galo Flávio e a galinha Marieta. Relata-nos os instantâneos fotográficos (momento único) pelos bares do mundo. Papo de boteco, viagens, amores, solidão, surpresas, confidências e novas amizades. Revela-nos a roupagem extrovertida da sua personalidade, o seu gosto pelas artes e vê o lado humano e epidérmico dos tantos personagens encontrados em mesas, entre bafos de cerveja, corações partidos e garçons de “summer” e gravatas borboleta. Desperta em mim a memória do “bodum” que exalava do WC do bar Sibéria, onde Biô Maia bebia com uma caixa de fósforos presa à lente esquerda dos óculos, impedindo que os raios de sol da manhã ofuscassem a sua visão. O livro está no prelo. Logo ocorrerá o lançamento.

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