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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: A MÚSICA TEMA Entre os anos 70 e 80, a nossa urbe não tinha uma rede de hotéis à altura de receber executivos, homens de negócios que por aqui aportavam. A nossa população flutuante sofria até com falta de água que na cidade era trocada por votos. Aí, a Casa de Edna, conhecida empresária da noite, atendia a todos com sua natural elegância e colocava o visitante à vontade. Farta cozinha e diversão diuturna. Um portal de Baco e Vênus. Na noite, os notívagos e visitantes tinham como opções o restaurante da Rodoviária e o Bandeira Dois, onde se encontrava os políticos, os comerciantes, os empresários e as autoridades da cidade, que ali estava por prazer e outros a serviço. Funcionava de forma precária o restaurante Espeto de Ouro, O Mineirão e o tradicional espetinho de Bruno, servido à porta da casa de Edna. Os nossos visitantes sofriam com as estradas esburacadas, com a falta de água, a pouca quantidade de ônibus a serviço das linhas que interligavam o norte de Minas a nossa cidade, que eram administradas pela subjetividade dos proprietários, nem sempre aptas à modernidade. A casa der Edna, com seu bom atendimento, diversão garantida, fervilhava como um nigth club. A sua orquestra era composta por: Tião no baixo, Piuruleta na bateria, Tone Barroca no pandeiro e Lauzinho na guitarra. Como o pianista Saches fazia em sua boate no Rio de Janeiro, ao chegar algum freqüentador ou freguês importante, Lauzinho solava na guitarra a música preferida do recém chegado. Era um código da noite, assim todos ficavam sabendo da presença do famoso. Edna quando chegava, solava-se Menino da Porteira, os nordestinos João Nariz de Cachorro e Casimiro eram saudados com Asa Branca. Manoel do Bandeira 2, namorado de Edna, era recebido com a música A Distância, Geraldo Rego com Boemia de Adelino Moreira e João Pena com O Menino da Gaita. Muito habitue e notívagos eram saudados com música internacional o que dava um colorido especial ao salão da casa. Outras músicas, quando tocadas funcionavam no código da noite, alertando sobre perigo da presença de algum presepeiro que adentrasse no recinto, assim como os otários abarrufados e os alcagüetes de polícia.

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