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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: O Jornal do Sr. Osvaldo. - Era assim que o meu avô expressava quando me mandava comprar o Jornal de Montes Claros “Mais Lido”, e eu saia voando que nem Tiziu ( Pássaro bailarino) nos seus saltos em arame de cerca, pois ele tinha pressa de ler as noticias quentes do dia; graças a DEUS ele tornou-se assinante. Depois dos depoimentos do Paulo Narciso, Alberto Sena, Luiz Ribeiro, Augusto José Vieira e outros; sinto um cara de tacho, mais queria dizer um pouquinho. É de uma complexidade imensa decidir uma atividade profissional, principalmente aquela que você vai exercê-la para sempre; primeiro tem que ter vocação depois perseverança; porque você tem que ser sacerdócio e com bastante responsabilidade; como são os depoentes citados. Se eu tivesse de escolher uma profissão não teria dúvida. O Jornal de Montes Claros ficava onde hoje está a Caixa Econômica, quando eu era um infanto-juvenil, sempre ia até ao jornal buscar ou levar peças das maquinas que eram consertadas nas oficinas da minha família (que era multioficio no metal), éramos serralheiro, torneiro, ferreiro e cuteleiro. Quando eu ia ao Jornal de Montes Claros, sempre tinha a curiosidade de entrar na redação; adorava ouvir os tique-taques das maquinas, vê os tipógrafos trabalhar, eram uns verdadeiros Gutenberg’s; aquelas prensas Aluzet em que seus operadores tinham que ter uma habilidade danada no municiamento, parecia que ia prensar a mão do profissional. Tudo aquilo me fascinava, eu tinha orgulho de dizer para os amigos da rua que eu sabia como era feito o Mais Lido. O Jornal chegava à casa do meu avô e era lido por todos, eram noticias bem feitas, o esporte era noticiado de forma tão bem elaborada, que os torcedores sentiam até obrigados a irem aos estádios para conferir de perto o que liam no jornal; na pagina do saudoso Lazinho a gente sempre queria saber das noticias da Virginia Barbosa e de outras misses Montes-Clarenses, queria saber das festas do Automóvel Clube; e outras noticias, não era um Jornal fatigante, pagina por pagina era lida e relida por todos da família e da oficina. As lembranças são muitas, entre elas, aquele alpendre decorado com a presença do Tuia um dos negros mais velho que já conheci, era baixo, tranqüilo e chupando bico, realmente também fez parte da historia do Jornal, Depois que o jornal mudou de imóvel, não me lembro ter ido à nova morada, mas, as lembranças da redação situada à rua Dr Santos ainda está na memória de muitos Monte-clarenses.

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