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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Como todos fazem suas viagens por nossa Montes Claros, vou relatar uma cujo percurso foi uma das mais gratas realizações em minha vida. Era início do ano de 1960 e saí de casa, localizada na rua Rayo Christoff, onde morávamos em companhia do meu avô, Salvador Rametta, em direção à Escola Normal, onde assistiria à primeira aula de minha carreira de estudante. Acomodado no ´quadro´ da bicicleta preta da marca Merck-Swiss, era levado por meu tio Waldyr Rametta, que lecionava matemática, e também se encaminhava para mais uma de suas aulas. O trajeto, para mim, era longo. Atravessar toda a Avenida Afonso Pena, passando pelo casarão do Dr. Alpheu, seguir em direção à casa de ´seu´ Cocó´ que sempre cumprimentava com o tradicional ´bom dia, como vai sua tia´, ver o Samdu,ter cuidado com o ´trânsito´ em frente à oficina de caminhões da Mercedes-Benz, subir a Rua 15 (Presidente Vargas), e não babar de vontade ao ver os deliciosos picolés do Bar Sibéria, descer a Dr. Veloso até a praça da Matriz, continuar pela rua D. Eva e chegar ao majestoso predio educacional. Tem que se contar que não existia calçamento na avenida e que só à partir da rua 15 havia a parte pavimentada, com paralelepípedos irregulares. Uma dor só no traseiro e pernas de quem se encontrava atravessado no ´cano´ da bicicleta. Logo ao chegar, a rua cheia de alunos, notava-se o burburinho no bar do Sô Caribé. Eu, que já tinha a minha merendeira, abarrotada com pão com salame e uma garrafinha de groselha, fui direto para dentro do prédio. Logo na entrada, um homem de bigodinho fino, meio magricela, recebeu-me o porteiro Plínio. Logo à frente, uma senhora assentada, com um tricô no colo, cumprimentou-nos. Era Dona Antônia, inspetora de alunos. O piso do velho prédio rangia sob o caminhar dos passantes. As frestas das tábuas permitiam ver o andar de baixo e também o de cima. Em uma sala grande se reuniam os professores das diversas séries. Naquela época não chamávamos nossas professoras de ´Tia´. Lá estavam ´Donas´ Jovelina Pinheiro, Stella Maris, as irmãs Melo Franco (Cleuza, Cleide,Neize, Neide, Neuza (esquecí alguma?), D. Dulce, Prof. Francolino, Zezinho Fonseca, Terezinha Guimarães, Toninho Baleiro, Antonio Augusto, Prof. Marcio e muitos outros. O ensino se diversificava entre o ´primário´ ´ginasial´ ´normal´ e ´científico´, o que ocasionava a reunião de diversas classes de educadores. Assim, atravessando um corredor, descí a escada que dava para um pátio e onde se localiizava a minha primeira sala de aula. Os colegas eram muitos. Das mulheres, lembro-me de Cristina Caribé, Luiza, filha, de Altinin da Prefeitura, Nanae Takaki, Carmen Lucia Antunes, Celeide Santos, Fátima (filha de Firmino Paco-Paco). No time dos homens ´jogavam´ Aliomar Assis, Cleber Veloso, Eduardo Storino, Antonio de Padua (faleceu eletrocutado em uma chuva), Zé Antonio (depois trabalhou comigo na Tok). Já contei aquí nesse mural, há coisa de tres anos, que passei alguns ´apertos´ nesse dia. Mas não vou relembrar que mijei na calça por vergonha de pedir para ir à casinha.

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