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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 2 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Minas investiga 17 mortes por dengue hemorrágica -Luiz Ribeiro - Foi acesa a luz amarela em relação à dengue hemorrágica em Minas. Estão sendo investigadas 17 mortes que podem ter sido causadas pela forma mais grave da doença em 16 municípios das diversas regiões do estado, neste ano. Já foram confirmados 10 casos da febre hemorrágica e dois deles resultaram em óbitos, em Arcos, no Centro-Oeste, e Frei Inocêncio, no Vale do Rio Doce. As informações foram divulgadas quinta-feira, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), que revelou ainda que, até o momento, foram notificados 39.135 casos da dengue clássica em Minas. Belo Horizonte lidera o ranking, com 5.011 notificações, seguida de Montes Claros, com 3.953. Mas, proporcionalmente, na cidade polo do Norte de Minas, que tem 362 mil habitantes, o problema é mais sério: um caso de dengue para um grupo de 91 moradores, enquanto a relação de contaminação na capital, onde vivem 2,4 milhões de pessoas, é de um caso num grupo de 481 moradores.De acordo com o balanço da SES, dos 17 óbitos investigados por febre hemorrágica, dois ocorreram no município de Martinho Campos, no Centro-Oeste, e os demais, um por cada cidade, foram registrados em Dores do Indaiá, Betim, Contagem, Nova Lima, Belo Horizonte, Luz, Arcos, Paraopeba, Vespasiano, Caeté, Montalvânia, Salinas, Timóteo, Coroaci e Ituiutaba. A SES informou que foram notificados 27 casos de dengue com complicações, destes, sete chegaram a óbito: dois em Betim e outros (um para cada cidade) em Martinho Campos, Arcos, Lavras , Moema e Bom Despacho. O superintendente de Epidemiologia da secretaria Francisco Lemos, salienta que os óbitos suspeitos pela forma hemorrágica e as complicações estão espalhados pelo estado. Ele diz que há preocupação sobre a possibilidade do surgimento de novos casos das formas mais greves da febre porque, desde janeiro, foi verificado índice elevado de infestação do mosquito Aedes aegypti em diversos municípios mineiros e registrado que estão circulando em Minas três tipos do vírus (1, 2 e 3). Desta forma, alerta Lemos, aquelas pessoas que estão com dengue clássica devem procurar o atendimento médico imediatamente ao perceber qualquer sintoma de agravamento da doença. Os sinais mais comuns de complicações são dores abdominais muito fortes, queda de pressão (tontura) e sangramentos. “Temos que trabalhar para melhorar a qualidade da atenção básica e garantir o atendimento imediato dos casos, diante de qualquer complicação.” Ele lembra que no ano passado, foram registrados em Minas 104 casos da febre hemorrágica, que resultaram em 11 mortes. Ao todo, houve a confirmação de 506 casos de complicações da doença, com o registro de 24 óbitos. “Mas, em 13 óbitos não foi possível confirmar se foi dengue hemorrágica”, acrescentou. O secretário municipal de Saúde de Montes Claros, José Geraldo de Freitas Drumond, disse na quinta-feira que, embora já tenham sido feitas 3.953 notificações, até agora, foram confirmados 1.543 casos de dengue clássica na cidade. Ele desmentiu a suspeita de um caso da febre hemorrágica. Drumond informou que as notificações diminuíram nas últimas semanas e garante que a prefeitura realizou ações preventivas contra a proliferação do mosquito transmissor, com a contratação de 600 agentes e o envolvimento de soldados do Exército, além do combate com fumacê. Os moradores reclamam do lixo e entulho em lotes vagos, mas o secretário rebate, dizendo que a culpa pela proliferação do mosquito é da própria população, tendo em vista que 80% dos focos estão dentro dos domicílios. A professora Thaisa Kenia Terence Martins é uma que se contaminou com a doença. Pela quarta vez. “Acho que os governos fazem a prevenção. Mas as pessoas não colaboram, jogando lixo nos lotes vagos. Todos deveriam ter mais consciência”, reclama.

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