Polícia conclui que briga em 1989, no Maracanã, foi a principal causa da execução de juíza no Rio
Sexta 07/10/11 - 12hA polícia do Rio concluiu que um ódio nutrido por 22 anos, que começou no dia 3 de setembro de 1989 no Maracanã durante uma partida de futebol entre o Brasil e o Chile, "foi a principal causa da morte da juíza Patrícia Acioli", executada no dia 11 de agosto passado em Niterói. A conclusão é do comissário José Carlos Guimarães, chefe da investigação da Divisão de Homicídios, num relatório que aponta o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do Batalhão da Maré como o mentor do assassinato. Naquele jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Itália, uma confusão na arquibancada levou a então defensora pública Patrícia Acioli e o então tenente Cláudio Luiz Oliveira a uma violenta discussão. Segundo o investigador, o fato foi parar numa delegacia de polícia e o rancor permaneceu até o assassinato da juíza. O resumo de toda a investigação já foi entregue ao Ministério Público, que tem até a próxima segunda-feira para apresentar a denúncia. Pelas conclusões da polícia, não há dúvida que os dez policiais militares presos agiram a mando do tenente-coronel Cláudio Oliveira.