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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 30 de outubro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°60581
De: Alberto Sena Data: Sexta 13/8/2010 16:20:01
Cidade: Montes Claros

Tudo na vida é milagre
Alberto Sena

O dom da oratória, falar em público, nem toda pessoa o tem desenvolvido. Muitos têm bloqueios e por isto não falam. No entanto, acredito: nascemos com todos os dons. Inclusive o da oratória. Se tivermos a oportunidade de desenvolvê-lo, podemos considerá-lo ‘uma bênção’.
Conheço pessoas que tremem feito vara verde quando precisam falar em público. A coisa é mais ou menos como o medo de viajar de avião. O camarada tem medo, mas precisa viajar e então voa com o coração na mão.
E se precisa falar em público, não tendo como escapar da situação, fala. É como não saber nadar e ao ser jogado no mar nadar para não se afogar. Na primeira vez vê o público como uma massa anuviada.
Depois, com a prática, começa a divisar no meio da massa pessoas, individualmente. E quando consegue olhar dentro dos olhos de uma e de outra pessoa, aí então se pode considerar ‘livre dos bloqueios’.
Conheço um adulto que, quando criança, aí em Montes Claros, estudava no Grupo Escolar Gonçalves Chaves, na Praça Dr. João Alves. Estava no terceiro ano do primário. Até tinha o costume de recitar poemas de Olavo Bilac e Cecília Meirelles às segundas-feiras, em frente à turma, depois de cantado o Hino Nacional.
Mas uma vez em que a professora Alba Alkimin recebeu alunos de outra professora e a sala ficou abarrotada, era dia de festa. A criança foi declamar um poema na frente da turma. Tudo ia bem até o momento em que tudo foi mal: esqueceu o verso seguinte. Mesmo sem ‘Omo’, inexistente naquela época, o branco foi total.
A criança chorou. Se houve quem risse a criança nem viu ou ouviu. Sentou-se no lugar e ficou lá decepcionada consigo mesma. Desde então houve um bloqueio e nunca mais no grupo escolar a criança recitou qualquer poema.
Pouco antes de completar 18 anos, quando trabalhava no ‘O Jornal de Montes Claros’, o ex-aluno de dona Alba Alkimin fazia cobertura de ‘esportes’. Era o intervalo de um clássico Ateneu X Casimiro de Abreu. O radialista boa praça e bom de bola, Gelson Dias, falava ao microfone da ZYD-7, Rádio Sociedade Norte de Minas, diretamente do gramado. Ele se aproximou do repórter como quem não queria nada e lascou-lhe uma pergunta ao mesmo tempo em que quase lhe enfiava o microfone boca adentro.
Resultado: de novo deu ‘Omo’, branco total. O repórter não se lembra mais o que se passou em seguida, mas certamente, o competente Gelson Dias deve ter se saído bem. O que ficou no outro foi o bloqueio, o temor de falar em público.
Outras oportunidades nem tão dramáticas aconteceram na vida, até que um dia, como qualquer outro dia, ele estava dentro da Igreja Santo Antônio, na Avenida do Contorno com Rua Espírito Santo, em Belo Horizonte, e viu uma mulher que arranjava os objetos sacros no altar. De repente, ela desceu as escadas do altar e caminhou na direção dele e com o semblante sereno, pediu:
__ Você gostaria de fazer a primeira leitura da liturgia de hoje?
Apanhado assim, de chofre, ele não teve outra resposta:
__ Sim, com a maior alegria!
Desse momento em diante, até ir ao ambão proclamar a palavra de Deus, o coração disparou. Leu, releu e treleu o texto para treinar a leitura e quando foi chegado o momento da ‘Liturgia da Palavra’, proclamou a primeira leitura como se tivesse o costume de fazer isto sempre. A garganta parecia azeitada. As palavras saíam escorreitas.
Um milagre?
Sim, tudo na vida é milagre.
Foi ao vir foto de Gelson Dias e Elias Siuf, ladeando o recém falecido ‘titio Bira’ (Ubirajara Toledo; Deus o tenha) publicada no blog ‘Minas Livre’, de Itamaury Teles, que a cena do intervalo do jogo entre Ateneu X Casimiro de Abreu veio à tona.
Naquela ocasião, foi um drama. Mas agora serve de mote para uma boa gargalhada.
Gargalhada compartilhada com Gelson Dias, camarada bom de gogó como ele só.

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Mensagem N°60580
De: Waldyr Senna Data: Sexta 13/8/2010 16:12:31
Cidade: Montes Claros

Subiu no telhado
Waldyr Senna Batista

A saída da vice-prefeita Cristina Pereira( PP ), em licença, e o pedido de demissão de dois integrantes do secretariado municipal ligados ao deputado Gil Pereira ( PP ),confirmam a crise latente na aliança firmada pelo parlamentar com o prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB) para a disputa da eleição municipal.
Vitoriosos, e logo que se viram instalados no casarão da Prefeitura, surgiram rumores de turbulência na convivência dos dois grupos. E o estremecimento agravou-se agora devido à disputa eleitoral, em que, para o governo do Estado, o prefeito apoia o senador Hélio Costa ( PMDB ), enquanto o deputado está empenhado na reeleição do governador Antônio Anastasia ( PSDB ). A aliança só se aplicava à disputa municipal.
Não podia dar certo no atual estágio, ainda que os dois grupos se impusessem conduta equilibrada e respeitassem limites claramente estabelecidos. Isso em política é muito difícil. Ainda mais levando-se em conta o complicador que é a candidatura de Tadeu Filho à Assembleia Legislativa, que coloca os dois políticos em rota de colisão. A campanha do filho do prefeito gravita em torno da Prefeitura e se alimenta no interior dela, onde se processam decisões administrativas de interesse comum aos componentes. Os choques são inevitáveis.
A avaliação é de que, se permanecesse à margem da disputa, o prefeito estaria liberando votos que irrigariam a horta dos deputados que frequentaram o palanque dele na disputa municipal, com predominância do deputado Gil Pereira no rateio. Mas o surgimento de Tadeu Filho no cenário mudou tudo. De aliados, o prefeito e o deputado voltaram à condição de adversários, mantendo-se no âmbito familiar o cobiçado acervo de votos, que não constou das tratativas quando da composição da aliança, embora pudesse estar implícito nela. Quanto à candidatura do rapaz, ela colheu todos de surpresa, gerando o desequilíbrio que agora ameaça entornar o caldo.
Não seria apropriado dizer que a aliança se desfez. No máximo, como na velha anedota, pode-se admitir que ela subiu no telhado... O ponto determinante será a forma a ser adotada para a recomposição das vagas abertas na equipe. Em condições normais, as indicações caberiam ao deputado. No caso de ele não ser consultado, ou se vier a recusar solicitação neste sentido, não haverá mais que se falar em aliança. Como conseqüência imediata, provavelmente, ocorrerão demissões em massa de funcionários admitidos em função dela. Esse é o preço que geralmente se paga quando de acertos dessa natureza.
Por fim, há também quem diga que a atual crise seria útil ao deputado Gil Pereira, que poderia aproveitar a oportunidade para se livrar do ônus de participar da administração que, decorridos dezenove meses, ainda não disse a que veio.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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Mensagem N°60574
De: O Tempo Data: Sexta 13/8/2010 07:32:02
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Homem encomenda a morte da ex e é preso - Depois de levar cinco tiros, um deles na cabeça, uma cabeleireira sobreviveu e, consciente, indicou para a polícia os autores dos disparos. Segundo a vítima, baleada anteontem em Montes Claros, no Norte de Minas, dois homens usaram a motocicleta de seu ex-marido para praticar o crime. O dono da moto, Alexandre Soares, 37, acabou preso no mesmo dia. Segundo a Polícia Militar, a mulher, de 34 anos, saía do seu salão de beleza, com a filha de dez anos, quando foi surpreendida pelos dois suspeitos. Eles anunciaram o assalto e dispararam seis vezes em direção a elas. Os tiros acertaram o braço, a mão, o queixo e a cabeça da cabeleireira. A criança também foi atingida com um tiro no braço.
Mesmo ferida, a mulher informou aos policiais que o veículo pertencia ao seu ex-marido. Soares foi levado para a delegacia, onde confessou ter comentado com um amigo sobre os problemas com a ex-mulher. Ele disse que o amigo teria se oferecido para "resolver o assunto" e, para isso, pediu a moto emprestada.
O amigo, identificado como Edmilson, pediu que um homem chamado Rodrigo Soares simulasse o assalto e disparasse para a matar a mulher. Os três homens foram presos. As vítimas não correm risco de morte.

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Mensagem N°60570
De: Estado de Minas Data: Quinta 12/8/2010 18:41:07
Cidade: Belo Horizonte

Montes Claros sofre invasão de pernilongos - Luiz Ribeiro - Estado de Minas - Moradores de vários bairros de Montes Claros (Norte de Minas) estão enfrentando um tormento todas as noites: a invasão de suas casas por pernilongos. O problema ocorre na região Sul da cidade onde estão localizados os bairros Major Prates, Sagrada Família, Funcionários, Cândida Câmara, Augusta Mota, Morada do Sol, Ibituruna e São Luiz.
O aumento das "muriçocas" é provocado pela água parada e pela sujeira no canal do córrego Vargem Grande, margeado pela avenida Vicente Guimarães, entre os bairros Major Prates e Sagrada Família e Funcionários. Em novembro do ano passado, uma enchente causou a destruição parcial do canal da avenida, que vinha apresentando problemas desde a construção da obra, em 1990. Em alguns trechos, até mesmo parte do passeio interno da via foi arrancada, pondo em risco os pedestres. A Prefeitura alega que aguarda recursos federais para fazer uma reforma completa na avenida Vicente Guimarães.
Em alguns trechos do canal, blocos de concreto - que foram arrancado das laterais -, o entulho e o mato impedem a passagem da água, contaminada por esgoto doméstico. Desta forma, os "poços" de água parada misturada com o esgoto foram transformados em verdadeiros criatórios de pernilongos. O calor e redução do nível do canal da avenida José Correa Machado (continuação da Vicente Guimarães) também contribuem para o aumento dos focos dos pernilongos.
A vendedora Gilmara Martins de Jesus, que mora no bairro Funcionários, a 200 metros da avenida Vicente Guimarães, reclama que, de um mês pra cá, a quantidade de pernilongos em casa aumentou muito. "Nunca vi tanta muriçoca. A situação se repete em todos bairros da região onde moro", diz Gilmara,que culpa a atual administração do município pelo problema. "Na gestão anterior não tinha isso", afirma a vendedora. Ela disse que, nesta semana, a prefeitura começou a fazer o combate da invasão dos pernilongos com o uso de inseticida ("fumacê"). "Mas acho que só isso não resolve. Tem que limpar o canal do córrego e os lotes vagos".
Também morador do bairro Funcionários, o contador José Jarbas Oliveira Silva disse que, em sua casa, todas as noites, está sendo travada uma verdadeira luta contra os pernilongos. "Eu uso inseticida spray e um refil. Mas, um filho meu recorreu a uma raquete elétrica". Na sua opinião, além dos "criatórios" da água parada do canal da avenida Vicente Guimarães, o lixo em lotes vagos faz aumentar os focos de pernilongos.
O incômodo também é enfrentado por quem vive em apartamentos. É o caso de Ligia Kesia, que mora em um prédio na avenida Santos Guimarães (bairro Sagrada Família). "Passou de seis horas da tarde, a gente tem que fechar todas as janelas do apartamento para impedir a entrada das muriçocas", reclama Ligia. Além da desobstrução do canal da Vicente Guimarães, ela cobra da administração municipal a limpeza de lotes vagos.
Nesta quinta-feira, através de nota divulgada pela sua assessoria de Comunicação, a Prefeitura informou que a Secretaria de Serviços Urbanos (SSU) realizando a limpeza do canal do córrego da avenida Vicente Guimarães, em atendimento a uma "reivindicação popular". De acordo com a nota, a previsão é de retirada de 400 toneladas de entulho que estão obstruindo a passagem da água.
Estão sendo retirados também outros materiais como pneus velhos, garrafas pet e blocos de concreto. Ainda conforme a SSU, trabalham local cerca de 60 operários, com o uso de seis caminhões. A previsão é que o serviço seja concluído em 24 de agosto.
O chefe da Divisão de Zoonoses da Prefeitura, Jeziel de Quadros, disse que, além da retirada do entulho e outros materiais que provocaram o surgimento dos "criatórios" de pernilongos, está sendo feita borrificação com inseticida para matar as larvas. Ele negou que a prefeitura tivesse interrompido o combate aos pernilongos temporariamente devido a um defeito no carro do "fumacê". "O combate vem sendo mantido constantemente", garantiu Jeziel.

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Mensagem N°60559
De: Amigos Data: Quinta 12/8/2010 12:18:12
Cidade: Montes Claros

Acontece hoje as 19:00h na capela do Colégio Imaculada, missa de 7º dia do Srº Ubirajara Toledo, titio Bira.

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Mensagem N°60555
De: O Tempo Data: Quinta 12/8/2010 11:00:09
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Homem é preso em Montes Claros suspeito de mandar matar ex-esposa - Mábila Soares - A polícia prendeu dois homens em Montes Claros, no Norte de Minas, suspeitos de tentativa de homicídio. Eles são acusados de atirar contra uma cabeleireira, de 34 anos, e a filha dela, de 10. O ex-marido da vítima, de 37 anos, é apontado como o mandante do crime.
A mulher contou à polícia que ao sair do salão de beleza onde trabalha, no bairro São Judas, nessa quarta-feira (11), foi abordada por dois homens, que estavam em uma motocicleta. Armado, um deles anunciou um suposto assalto e atirou cinco vezes. A mulher foi baleada no braço, mão direita, queixo e cabeça. A filha dela foi atingida no braço direito. As duas, que também estavam em uma moto, foram socorrida até o pronto socorro da Santa Casa. Ferida, mas consciente, a mulher reconheceu o veículo usado pelos suspeitos com sendo do ex-marido. De posse das informações, a PM conseguiu localizar o ex-companheiro da cabeleireira. Em princípio, ele disse que havia emprestado a motocicleta para um amigo. No entanto, foi levado para a delegacia para prestar depoimento.
Já em frente ao delegado, confessou que um colega se ofereceu para resolver a situação conturbada que vivia com a ex-mulher. Sendo assim, o tal rapaz chamou um amigo para "resolver o assunto". Esse outro envolvido ainda não foi encontrado. Os suspeitos simularam o assalto para que o ex-marido da cabeleireira não fosse apontado como mandante do crime.

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Mensagem N°60550
De: Estado de Minas Data: Quinta 12/8/2010 09:48:35
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Norte já está em alerta - Daniel Antunes e Luiz Ribeiro - Mesmo com o aumento dos focos de incêndio, as estatísticas deste ano ainda estão longe de superar as de 2007, considerado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) como o pior da década. Naquele ano, 35.107 hectares de florestas foram destruídos pelas queimadas, o que fez o governo desencadear uma série de ações de prevenção no estado. Apesar de os trabalhos terem ajudado a reduzir o número de queimadas, em 2008, para 20.325 hectares, os dados ainda foram considerados altos. No ano passado, 4.132 focos consumiram 4.698 hectares de reserva verde. "Apesar de a estiagem compreender o período de abril a outubro, agosto e setembro são os mais preocupantes, porque as temperaturas estão em elevação com a vegetação seca por causa do período de estiagem", avalia Cláudia Melo, gerente do Prev-Incêndio.
O Norte de Minas é considerado o campeão de queimadas. Os motivos são as altas temperaturas e a predominância da vegetação de cerrado e de mata seca, espécies mais sensíveis ao fogo. Por isso, além do atendimento pela base de Curvelo, a região conta com as brigadas contra incêndio da sub-base de Januária, que já funciona em sistema de alerta, com monitoramento feito 24 horas. Essas brigadas são voltadas, principalmente, para 14 unidades de preservação existentes no Norte, entre elas a área de nascente do Rio Pandeiros e o Parque Veredas do Peruaçu, entre Januária e Itacarambi. Se os números colocam as autoridades em alerta, as causas dos incêndios assustam ainda mais. De acordo com levantamentos do IEF, a maioria das queimadas é de cunho criminoso ou provocada por descuido. E a fatura, geralmente, quem paga é a população. Na cidade. A fumaça incomoda moradores, além de gerar infestação de ratos e insetos que ficam nos lotes e são espantados pelo fogo. Às margens da rodovia, os incêndios provocam fumaça na pista, o que impede a visibilidade dos motoristas e pode causar acidentes. "Não entendo porque as pessoas ainda fazem queimadas. A gente pede que se evite também pôr fogo em lixo, principalmente nas fazendas. Além de ser muito arriscado, não é a melhor alternativa", alerta Cláudia Melo.
A estiagem, o calor e a baixa umidade, apontadas como as principais causas do aumento das queimadas em Minas, devem continuar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a umidade relativa do ar inferior a 30% como estado de atenção. Entre 20% e 12%, a situação é considerada estado de alerta e abaixo de 12%, alerta máximo. A faixa abaixo dos 20% facilita a ocorrência de problemas respiratórios e irritações de garganta, olhos e nariz.

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Mensagem N°60547
De: Raphael Reys Data: Quinta 12/8/2010 08:11:16
Cidade: Moc - Mg  País: Br

MONTESCLAREADAS XVI

“ essa crônica é dedicada a nossa leitora a Dra.Fabla Vasconcelos,
Filha do nosso grande amigo Gerinha Português”

Refletindo o dito de Lê Carré, em fazer excursões acadêmicas pelo ministério do conhecimento humano, veio à minha memória algumas curraleiragens próprias de montes-clarenses saudosos.
Zé Amorim no bar de Edson Barrão conversava com o próprio quando viu dele se aproximar um conhecido fazendeiro todo posudo. Vestido nos trinques, sapato de pelica, relógio e pulseira de ouro, anel de brilhante no dedo. Zé aponta para o recém chegado e diz maliciosamente: “Aí tem coisa!”.
O Zé conversava com o delegado Guedes quando passa um conhecido. Esse, bastante pálido e apresentando sinais de decrepitude. O homem das “Amorincianas” fala, na bucha: “Nesse ponto em que o traseiro murcha é sinal seguro que logo vai dar cemitério”.
O arquiteto Cascão, por telefone, solicita um encontro com o Zé no Café Galo. O motivo é pedir autorização para preparar um livro contando os causos e verve do Zé. Cascão chega, um gigante de tamanho e dado à fria aragem de junho vestido com uma camisa de lã, manga comprida, listras ao estilo rural americano.
Do outro lado da rua o Zé vendo o candidato a escritor fala: "pode atravessar a rua lenhador canadense F.D.P. O livro sobre minha vida, só depois de morto. Já imaginou a patroa lendo histórias das minhas estripulias”.
Logo chega o Dácio Cabeludo e o nosso herói, vendo o ex-bancário João Lima ao longe pergunta ao Dácio: “Você conhece esse sujeito barrigudo com a sacolinha de frutas?” Cabeludo retruca: “Esse “fiduma” me fez passar a maior vergonha recentemente! Acontece que fui ao Banco da Lavoura pagar uma conta com urgência! Como a fila estava dobrando o quarteirão e ao ver o João chegando à boca do caixa, fui de mansinho e falei aos seus ouvidos: “Paga esse pepino para mim que é uma urgência”. O último prazo é às quinze horas de hoje!”.
Prosseguiu relatando: “O homem deu o maior esparro! Gesticulou, como um louco e disse: Você está doido! O pessoal da fila vai me crucificar!” Entregou-me de bandeja!
Em uma crônica publicada em jornal local, o saudoso médico, seresteiro e poeta João Vale Maurício fala de um diálogo que teve com alguém sobre o vetor do Mal de Chagas. No diálogo, o popular disse: “Fui picado por um barbeiro!” Maurício, esclarecendo, responde: “Barbeiro não pica. Barbeiro chupa!” Foi o bastante para que os oficiais barbeiros da cidade dessem o maior chilique!

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Mensagem N°60546
De: O Tempo Data: Quinta 12/8/2010 07:29:24
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Acidente entre carro e caminhão mata três pessoas na BR-135, em Joaquim Felício - Fernando Costa - Três pessoas morreram em um grave acidente entre um caminhão e um carro de passeio ocorrido nessa quarta-feira (11) na BR-135, em Joaquim Felício, na região Central de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os dois veículos colidiram de frente na altura do km 471 da rodovia. Com o impacto da batida, todos os ocupantes do carro de passeio, duas homens de 35 anos e um adolescente de 15, morreram na hora. O motorista do caminhão saiu ileso no acidente. Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal de Curvelo.

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Mensagem N°60545
De: Hoje em Dia Data: Quinta 12/8/2010 07:12:16
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Acidente no Norte de Minas mata 3 pessoas - Patrícia Santos Dumont - Um grave acidente envolvendo um carro de passeio e uma carreta matou três pessoas e deixou parte da BR-135, altura de Joaquim Felício, no Norte de Minas, interditada. Todas as vítimas estavam no carro de passeio. As informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) são de que os veículos, um Astra, placa CRM 4325, de São Paulo, e uma Scania, placa MCG 2700, de Santa Catarina, bateram de frente no quilômetro 470 da rodovia. O trânsito no local flui em meia pista. Segundo o Corpo de Bombeiros de Montes Claros apenas o Hospital Santa Casa da Cidade tem médicos para realizar o atendimento das vítimas do acidente. Hospital Aroldo Tourinho e Hospital Universitário não têm médicos disponíveis. O número de feridos não foi informado.

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Mensagem N°60539
De: Estado de Minas Data: Quarta 11/8/2010 18:19:02
Cidade: Belo Horizonte

"Monstro de Januária" é condenado a 35 anos de prisão - Luiz Ribeiro - Estado de Minas - Mateus Castanha - Estado de Minas-O editor de vídeo Luiz Fernandes de Souza, de 36 anos, foi condenado a 35 anos e 13 dias de prisão em regime fechado pelo assassinato da menina Clara Valeska Cordeiro de Melo Figueira, de 10 anos. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira em Januária, Região Norte de Minas. O crime aconteceu em 2 maio de 2009. Antes de ser morta, a criança foi agredida, violentada e estrangulada pelo homem, que ficou conhecido como o "Monstro de Januária".
O julgamento começou às 9h30, cercado por um forte esquema de segurança. Apenas 100 pessoas tiveram acesso ao Tribunal do Júri – todas cadastradas previamente. Do lado de fora, a polícia isolou o tribunal e o quarteirão em volta ao prédio foi fechado. Por volta das 16h30, o juiz Alex Matoso, presidente do júri, anunciou a sentença.
Outros crimes - Luiz Fernandes também é acusado pelo estupro seguido de morte da jovem Thais Mota Xavier, de 12 anos. Os restos mortais da menina foram encontrados em maio do ano passado, às margens de um córrego em Januária. A menina havia desaparecido em 18 de outubro de 2005.
O operador de vídeo também confessou outros três homicídios e o estupro de mais quatro vítimas. Ele está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, também no Norte de Minas.

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Mensagem N°60538
De: Luiz de Paula Data: Quarta 11/8/2010 18:09:10
Cidade: Belo Horizonte

A ALMA
Luiz de Paula
Pessoas que acreditam na existência da alma apóiam-se muitas vezes na crença de que o homem é o que existe de mais importante na criação e não pode findar-se na morte física.
Este e outros argumentos não me convencem. Não sou suscetível a eles.
Hoje, regressando de carro, de Belo Horizonte, vim lembrando-me de meu pai. Recordava-me do quanto éramos amigos.
E me pus a pensar. Se houver alma, se houver o “outro mundo” de que tanto se fala, meu pai e eu iremos nos reencontrar. Nossa amizade era muito grande. Tempo algum a desfará.
Seria bom demais para a humanidade se houvesse, realmente, a alma. Esse sopro de Deus, essa energia ou presença fluida, essa essência imortal, que na crença de muitos nos acompanha na vida.
No que me respeita, a fé não pode ser forçada. Terei de dar tempo ao tempo.

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Mensagem N°60535
De: Morador Data: Quarta 11/8/2010 16:37:10
Cidade: Montes Claros

Venho através deste mural divulgar fato que vem ocorrendo em nossa cidade. Em menos de 2 semanas assaltantes invadiram e limparam pelo menos 3 casas no bairro Melo (mais precisamente à Rua Tapajós). Arrebentam os portões provavelmente usando um pé-de-cabra e promovem a limpa. Um morador teve quase 5 mil reais de prejuízo entre eletrodomésticos e pertences gerais. Acredita-se que tenha ocorrido tentativa frustrada de se invadir outra casa, esta à rua Benedito Helvécio guimarães. À rua Lírio Brant, próximo ao seminário e em plena luz do dia, furtaram um notebook de dentro de uma residencia. Aparentemente os bandidos já não temem agiar em uma mesma área pois a presença da policia militar aqui neste bairro é muito pequena. Fica o alerta pra toda a populaçao. Alarmes, cães ferozes ou vigias...tome sua medida preventiva antes que invadam a sua casa também!

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Mensagem N°60518
De: Alberto Sena Data: Terça 10/8/2010 15:40:31
Cidade: Montes Claros

Antes que mais tarde

Procuro mulher, homem, adolescente ou criança que possa ter perdido uma correntinha com medalhinha de Nossa Senhora de Fátima, confeccionadas em ouro. A joia foi encontrada por volta das 11h de uma quinta-feira do mês de maio de 1958.
Estava dentro do recipiente do registro d’água do jardim da Praça Dr. João Alves, em frente ao número 14, onde fica o prédio do Grupo Escolar Gonçalves Chaves, em Montes Claros.
Naquela manhã, o dia havia amanhecido diferente. Prenunciava algo novo na vida do aluno do segundo ano primário.
Como sempre, o Sol quente irrompera na linha dos claros montes, e como a aula da professora dona Alba Alkimin havia acabado um pouco mais cedo, o aluno sentiu sede ao sair do grupo e correu para o registro d’água do jardim, mesmo não sendo a água filtrada.
Ele abriu a torneira e o esguicho subiu o suficiente para beber água e observar no fundo do recipiente algo reluzente. Apesar de naquela época já saber do provérbio ‘nem tudo que reluz é ouro’ (William Shakespeare), ele não tinha nada a perder: enfiou a mão no fundo do registro nem tão fundo e pegou o objeto.
Reluzia sob os raios do Sol. E era ouro. Claro, o aluno teve o cuidado de olhar para um lado e para o outro lado a fim de verificar a presença de alguém que pudesse ter perdido a correntinha com a medalhinha de Nossa Senhora de Fátima. Mas como não viu ninguém por perto, bobo não foi de deixar a joia ali para outra pessoa pegar.
Ele a guardou no bolso da calça curta, azul-marinho. Pensou até em colocar a correntinha com a medalhinha de Nossa Senhora de Fátima no bolso da camisa branca engomada, onde do lado de fora tinha o distintivo do Grupo Escolar Gonçalves Chaves.
Só não fez isso porque pensou: ‘talvez a correntinha com a medalhinha de Nossa Senhora de Fátima estivesse no bolso da camisa de alguém que a perdeu ao se debruçar sobre o registro d’água para saciar a sede’.
Alguém que bem podia ser, como mencionado no início deste anúncio, mulher, homem, adolescente ou criança.
É bom achar coisas de valor na rua. Todo menino gosta. Perder não é bom, claro. Ele até pensou no possível desespero de quem a perdeu. Mas, fazer o quê? Não ia gritar pela rua, perguntar quem a perdeu porque podia aparecer mais de um dono. E aí seria danado!
O aluno guardou a joia no bolso da calça, enfim. Sede saciada, ele pegou pela alça a pasta preta com cadernos e livros e virou corisco. Subiu a Rua São Francisco, atravessou a passagem de nível lá adiante e logo estava em casa, radiante, exibindo para todos, pais e irmãos, o ‘troféu’ encontrado.
Resultado: uma das irmãs da primeira safra, chamada Geralda, apelidada Ladinha, ficou com a correntinha e a medalhinha de Nossa Senhora de Fátima e tudo se acabou assim.
Ficou só a sensação de nada ter achado.
O tempo voou. Foi como se um gigante de boca aberta o engolisse, e eis: a joia achada veio à lembrança como tema para escrever este anúncio: procuro mulher, homem, adolescente ou criança que possa ter perdido a correntinha com a medalhinha de Nossa Senhora de Fátima, tudo em ouro, naquele perdido dia de maio de 1958, ano em que a Seleção Brasileira de futebol se sagrou, pela primeira vez, Campeã Mundial.
Confesso: faço o anúncio à revelia de Ladinha. Corro o risco de ficar sem graça, se por acaso aparecer o dono ou a dona da jóia, porque nem sei mais o destino dado pela irmã à correntinha e à medalhinha de Nossa Senhora de Fátima, que reluziu dentro d’água e era ouro.
Evidentemente, não posso acreditar no primeiro a aparecer dizendo ser o dono ou a dona. A pessoa precisa dar, com a maior fidelidade possível, todas as características da correntinha e da medalhinha de Nossa Senhora de Fátima. Inclusive o formato dos elos e as demais características.
E não é só: o dono ou a dona precisará apresentar a Nota Fiscal de compra, caso contrário, o dito neste anúncio fica pelo não dito.
Assim, o aluno de dona Alba Alkimin continuará com a consciência tranqüila. E o dever de anunciar cumprido, 52 anos depois.
Antes tarde do que mais tarde.

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Mensagem N°60515
De: Estado de Minas Data: Terça 10/8/2010 10:39:22
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Vítimas de Madoff mineiro podem perder 75% do dinheiro aplicado - Sandra Kiefer - A Polícia Federal vai investigar crime contra o sistema financeiro por parte de Thales Maioline, o dono da Firv Investimentos que desapareceu com R$ 50 milhões de 2 mil aplicadores, de seus sócios – e também de investidores. Eles podem ser acusados de crime de sonegação fiscal, por terem omitido total ou parcialmente rendimentos ou operações financeiras na declaração do Imposto de Renda. Neste caso, podem ser obrigadas também a pagar multa de 75% sobre o valor sonegado. “O valor mais alto já reclamado foi o de um investidor com saldo de R$ 2 milhões na Firv, mas que tinha investido efetivamente R$ 650 mil. O restante era só papel, não havia dinheiro em espécie”, revelou nessa segunda-feira o delegado Island Batista, chefe da Delegacia de Combate às Falsificações e Defraudações de Belo Horizonte, da Polícia Civil. Ele alerta ser necessário fazer um trabalho social de alertar investidores interessados no disparate de obter lucro de 5% ao mês, enquanto a caderneta de poupança rende apenas 0,5% no mesmo período. “Ou são pessoas que acreditam em Papai Noel ou que imaginavam que futuramente poderiam ter resultado negativo”, completa.Nessa segunda-feira, a Justiça de Minas Gerais negou o pedido de prisão preventiva feito pela delegacia, que renderia 30 dias de cadeia ao ex-investidor. A polícia recebeu somente o mandado de prisão temporária, que daria a Thales cinco dias de detenção. “Dificilmente hoje é concedida a preventiva em fase de inquérito, apenas em casos de crime hediondo”, explicou Batista. Em Taoibeiras, Norte de Minas, os moradores lamentam o sumiço do empresário: ele havia comprado um terreno na cidade por R$ 500 mil, pagos à vista, para erguer uma pousada –gerando expectativa de empregos na cidade.
Segundo o delegado, desde ontem Maioline é considerado foragido e já foi expedido o bloqueio das contas bancárias e dos bens do empresário e de seus sócios. Um dos carros importados de Maioline – uma picape Nissan Frontier azul, que custa a partir de R$ 80 mil –, encontra-se apreendido na sede do departamento, em Belo Horizonte. De acordo com o delegado, a polícia já fez buscas no último final de semana em algumas das 14 cidades mineiras onde o empresário aplicou o golpe e que, agora, as investigações vão se concentrar em São Paulo. A foto e a cópia do inquérito sobre Maioline foram encaminhados à Delegacia de Polícia Interestadual de São Paulo (Polinter), o que permitirá que as polícias de todos os estados do país sejam alertadas sobre ele. “Se ele for detido em uma blitz em Rondônia, nós vamos ficar sabendo”, detalhou o delegado Anselmo Gusmão, encarregado das investigações. Até agora, a Polícia Civil já colheu depoimentos de cerca de 150 vítimas do golpe, em delegacias da capital e do interior. Segundo Batista, falta ouvir boa parte das vítimas, que ainda não se apresentaram espontaneamente, seja por vergonha de sido enganadas ou por não terem declarado o valor do investimento no Imposto de Renda. Com o mandado em mãos, a Polícia Civil já determinou a busca e apreensão dos computadores na casa de Thales e na sede da empresa, com objetivo de fechar a lista completa de investidores, com nome e valores identificados.

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Mensagem N°60513
De: Augusto Vieira Data: Terça 10/8/2010 09:26:52
Cidade: Belo Horizonte

Titio Bira

Eu admirava Ubirajara Toledo por sua atuação na nossa saudosa ZYD-7, no programa Saudade Disque 0800. Passei a conhecê-lo mais de perto nos jogos do Cassimiro de Abreu, quando disputamos, em 1971, o campeonato da então chamada divisão extra, do futebol mineiro. Lá estava ele, sempre, no José Maria Melo, com Elias Siufi, Alpheu Prates, Nascimento Silva, Geraldo Lopes e Gélson Dias, a nos brindar com suas sábias intervenções radiofônicas e a nos incentivar, a todos, dirigentes e atletas, a perseguir grandes conquistas esportivas.
Depois tive o prazer de trabalhar com ele, por quatro anos, no último governo de Toninho Rebello. Todas as segundas-feiras, bem cedinho, o staff de nosso grande líder se reunia numa sala do antigo Colégio Diocesano, na Coronel Prates. Como era bom ouvir sua voz branda, mas firme, dando opinião sobre os assuntos em pauta. Sentir a bondade de sua nobre alma. Receber seus bons conselhos nos momentos de aflição. Conviver com sua vasta cultura, sua lealdade, sua dignidade e seu amor pelas artes, especialmente pela música.
Meu querido Haroldo Lívio já disse tudo na belíssima crônica em homenagem à memória de Titio Bira, mas peço licença para, ainda na trilha do grande Joãozito de Cordisburgo, repetir que Ubirajara Toledo não morreu: encantou-se. E mais: que seu dia de desexistir estava decretado porque era seu dia de alta tarefa. Sua voz sempre ecoará pelos céus, levando música, amor, paz e harmonia a milhares de corações. Em sendo assim, como não estar ele com Deus, que existe mesmo quando não há?

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Mensagem N°60507
De: Estado de Minas Data: Segunda 9/8/2010 15:16:29
Cidade: Belo Horizonte

Delegada de Diamantina permanece presa em BH - Estado de Minas - O Ministério Público de Minas Gerais divulgou nota nesta segunda-feira sobre a prisão da delegada da Polícia Civil de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Acusada de desvio de verbas de combustível, Dolores de Oliveira Santos Baleeiro permanece presa em Belo Horizonte desde o último final de semana.
Ela foi transferida para a Casa do Policial, na unidade para integrantes da corporação cumprirem pena na Rua Pitangui, Bairro Horto, Região Leste da capital. A denúncia contra ela foi apurada pelo Ministério Público e a Justiça concedeu a prisão preventiva da policial. Além dela, responde ao processo Gelson Teixeira Fernandes.
Em nota, o Ministério Público de Minas Gerais, por meio da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial de Diamantina, informou que foi instaurado um inquérito civil público para apurar supostas ilegalidades referentes à arrecadação e ao uso irregular de verbas por parte da delegada. No fim das investigações, foi concluído que havia indícios de que a autoridade arrecadava valores de forma ilegal, se apropriando das quantias.
De acordo com o Ministério Público, a delegada se justificou dizendo que o dinheiro havia sido empregado na manutenção de viaturas policiais, mas foi constatado que os consertos relatados por ela não foram executados. Os promotores responsáveis pelas investigações propuseram uma ação para responsabilização civil dos envolvidos, em razão dos fatos apurados configurarem, em teste, atos de improbidade administrativa. Também foram tomadas medidas na área criminal, já que os fatos apurados também configuram crimes previstos na legislação penal brasileira.
Depois do cumprimento do mandado de prisão, a delegada impetrou habeas corpus para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mas a liminar não foi aceita. Dessa forma ela continua em prisão preventiva até a decisão final do TJMG.
Polícia Civil
A Polícia Civil divulgou nota dizendo que “não teve acesso ao inteiro teor da investigação do Ministério Público. Não foi informada sobre os procedimentos adotados, que vai abrir procedimento interno para apurar os fatos e ao final se pronunciará sobre o assunto”.

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Mensagem N°60506
De: Antonio Velloso Neto Data: Segunda 9/8/2010 13:22:27
Cidade: Belo Horizonte

RELENDO A FRUTA AMARELA

Acabei de reler um livro.
Não qualquer livro, porque na verdade - nesse quase meio século de vida que se arrasta – já li muito.
Mas esse, em especial, me perturbou.
Domingo passado voltava de um almoço sem graça e à espera do jogo Cruzeiro e Atlético pela televisão, encontrei-me com Flávio Pinto, meu amigo, entusiasmado e feliz como nunca, contando novidades sobre a grande possibilidade de concretização de um sonho seu: ver seu livro, “A Fruta Amarela”, transformado em filme, nas telas de cinema.
E, mais ainda, em filme dirigido por alguém que entendesse tudo e mais alguma coisa daquilo que ele chama (com lágrimas nos olhos, sempre) de raízes montes-clarenses.
Manias e coisas de gente lá do norte, contumazes roedores de pequi.
Inquieto, ansioso, fui à busca do livro em minha biblioteca.
E encontrei-o, que bom.
O meu domingo começou a ter sentido.
Fui fisgado, novamente, pela rede bem tecida, pelo texto bom, forte, deixando propositalmente pequenos hiatos para que eu os completasse em minha mente. Apesar de nunca ter ido a Montes Claros e ser de época diferente, me sentia personagem daquela trama. A cada página a narrativa ganhava mais velocidade e os bastidores da história travestidos em ficção iam iluminando cantos escuros da minha memória, pois havia lido a obra há mais de quatro anos, se a lembrança não me falta.
Ontem terminei a leitura com saudade, pois queria mais. Uma farta digestão de cultura que me emocionou, empolgou e deixou muita nostalgia.
Flávio Pinto, meus parabéns e, mais uma vez, obrigado,
Antonio Velloso Neto
Bh, 4/8/2010

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Mensagem N°60502
De: Hoje em Dia Data: Segunda 9/8/2010 07:40:48
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Franceses pesquisam nível de poluição no Norte de Minas - Girleno Alencar - Uma comissão de pesquisadores da França e do Brasil começa, no mês que vem, a avaliar a contaminação por metais pesados entre Pirapora, Várzea da Palma e Três Marias, no Norte de Minas, provocada pela atividade siderúrgica. A meta é descobrir o nível e origem dos metais pesados na água e na atmosfera, além dos impactos causados à população. O projeto Resíduos de Mineração: Biointemperismo, Controle e Monitoramento da Poluição é financiado pela União Europeia e será executado pelos pesquisadores da Universidade de Marne-La-Vallée, Instituto de Educação Para Águas (da Unesco na Holanda), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A pesquisa foi selecionada pelo Programa Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da União Europeia. O projeto começou em 2004, quando foi avaliado o impacto da poluição causada pelas usinas siderúrgicas em Pirapora e Várzea da Palma. O professor Hernando Baggio, do Departamento de Geociências da Unimontes, explica que o investimento total é de 154 mil euros (R$ 415 mil), com duração de quatro anos, sendo que a primeira etapa começa agora. Franceses e brasileiros passam a fazer o trabalho de campo no eixo Pirapora/Três Marias, coletando o material. Reunião de cientistas na França para análise
Depois, os pesquisadores se reunirão na França para analisar em laboratório o material coletado. “Nosso objetivo é levantar a contaminação por metais pesados na área. Isso será facilitado, pois estaremos usando equipamento moderno, que é a microsoda Nev Ambiental, permitindo uma leitura mais apurada e refinada nos componentes químicos da poluição”, salienta o pesquisador da Unimontes. Ele afirma que a participação francesa garantirá a neutralidade em torno da pesquisa. Em 2007, ocorreu a maior mortandade de peixes no Rio São Francisco, com a morte de aproximadamente 25 toneladas de surubins. O caso ainda é avaliado na Justiça, pois há suspeita de que os peixes morreram contaminados por metais pesados. O professor Hernando Baggio afirma que, na época, as vísceras dos peixes foram extraídas e, até agora, a comunidade científica não sabe informar a causa da mortandade, que causou muitos impactos financeiros. A pesquisa de Baggio permitirá descobrir o tipo de poluição e metais que afetam a água, solo, sedimentos e plantas, além da origem.
“Será importante para sabermos de onde vem esse metal. Se é natural, ou seja, geológica, ou se antrópica, por causa da ação do homem. O resultado da pesquisa ficará à disposição do Poder Público, para elaborar as políticas para a área. O estudo dará subsídios ao Estado e municípios sobre o grau de contaminação e risco que isso pode levar. O cronograma do projeto, aprovado pela União Europeia, prevê para 1º de setembro a chegada da comissão francesa, com pesquisadores e acadêmicos da Universidade de Marne-La-Vallée, que é uma das especializadas nesse tipo de pesquisa. Os trabalhos serão realizados durante 20 dias, no trecho de Pirapora, Várzea da Palma e Três Marias, tanto no leito dos rios como nas cidades e no entorno das usinas siderúrgicas. O material coletado será analisado em laboratórios da França, com o deslocamento de toda equipe brasileira, no primeiro semestre de 2011. “Esse intercâmbio entre os estabelecimentos de ensino superior de Minas Gerais e da França é importante, pois serão quatro anos de pesquisas. Vamos propor o mestrado e doutorado de Geografia e Geologia com os franceses. Os acadêmicos das universidades serão beneficiados com a aplicação de mini-cursos de férias em cada país. No mês de março, ocorreu o primeiro intercâmbio, com o minicurso Poluição Atmosférica: Avaliação e Risco, para alunos do curso de Geografia da Unimontes e de Geologia da UFMG. Na ocasião, Também ocorreu o trabalho de campo no entorno das indústrias de beneficiamento de sílica sediadas em Pirapora e Várzea da Palma, além de uma de zinco, em Três Marias, para verificar o comprometimento ambiental. Foi observada a existência de áreas afetadas com drenagens ácidas, solos com rejeitos minerais e escórias de minério.

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Mensagem N°60498
De: O Tempo Data: Domingo 8/8/2010 12:36:29
Cidade: Belo Horizonte

Diamantina - Delegada vai presa por ter desviado verba - Dolores Santos teria usado dinheiro de combustível para outra finalidade - Thaíne Belissa - A delegada regional de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, Dolores de Oliveira Santos, foi presa em Belo Horizonte acusada de desvio de verba pública. Detida desde a última quarta-feira, ela cumpre prisão preventiva determinada pela Justiça a pedido do Ministério Público.
A delegada está detida na Casa do Policial Civil, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte, para onde policiais acusados de crimes são levados. Além de Dolores, responde ao processo Gelson Teixeira Fernandes (ele não teve a função revelada).
A prisão da policial é resultado de um inquérito instaurado em abril deste ano, quando Dolores Santos foi acusada de usar a verba destinada ao combustível dos carros policiais para outros fins.
A empresa fornecedora de combustível, Real D´Avila Comércio de Combustível Ltda, disponibiliza uma quantia mensal de R$ 6.975 para o abastecimento das viaturas. O contrato entre a empresa e a delegacia de Diamantina é válido por 12 meses, até setembro deste ano.
Dolores dos Santos estava de férias desde julho. O delegado que a substitui, Pedro Saraiva Júnior, disse que não tem conhecimento dos motivos que levaram à prisão da colega de comarca. "Recebi informação de que ela está em Belo Horizonte à disposição da Superintendência Geral da Polícia Civil, mas não sei por que. Até onde a conheço, sei que é uma pessoa idônea, por quem temos muita consideração", disse.
O diretor do Sindicato dos Policiais Civis, José Maria de Paula, informou que tomou conhecimento da prisão da delegada na última sexta-feira e, por isso, só deve tomar providências a partir de amanhã. "Vamos colocar nosso departamento jurídico à disposição dela".
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que não obteve detalhes sobre a investigação. Na Delegacia de Diamantina, agentes da polícia não quiseram comentar o assunto e a delegada de plantão, Cristiane Martins, também preferiu não falar sobre o assunto.
Perfil
- Dolores de Oliveira Santos é delegada regional de Diamantina, tendo sob sua responsabilidade 13 municípios da região do Vale do Jequitinhonha.
- Ela assumiu o cargo há um ano no lugar de José Valter da Mota Matos.
- A delegada também já atuou em Bocaiúva, no Norte de Minas e, atualmente, é suplente no Conselho Fiscal da Associação dos Delegados da Polícia Civil de Minas.
Policial recebeu troféu como a “Personalidade do Ano”
Dois meses depois da abertura do inquérito contra a delegada de Diamantina, Dolores de Oliveira Santos, um certificado de “Personalidades do ano de Minas Gerais” foi entregue a ela. A homenagem aconteceu numa festa requintada.
No evento, de alto de luxo, a policial aparece ao lado de prefeitos, secretários de Estado, autoridades da Polícia Civil, empresários e representantes de instituições beneficentes. Além do certificado, Dolores recebeu homenagem especial com o troféu de personalidade do ano.
Quando assumiu o cargo de delegada regional de Diamantina, há cerca de um ano, Dolores foi bastante elogiada pelo antecessor José Valter da Mota Matos. No discurso de posse, Dolores Santos falou da importância dos projetos sociais na segurança pública. (TB)

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Mensagem N°60485
De: Gersier Data: Sábado 7/8/2010 13:16:17
Cidade: Montes Claros

Computador teimando em falhar,resolvo leva-lo para ser reparado.De volta ao seu devido lugar descubro que mais um companheiro de jornada se foi.Meses atrás encontro com um dos seus filhos em uma loja no interior do centro de compras instalado na Av. Donato Quintino no Bairro Cidade Nova.Me falava do regresso do seu pai a sua cidade natal,desejo manifestado aos filhos.Me lembro das horas passadas dentro de um stúdio gravando trechos de uma dramatização,a chamada radio novela,onde a marcação de trechos das músicas escolhidas para servirem de fundo, eram feitas nos LPs com fitas durex,já que naquela época não existiam os recursos hoje disponíveis.Criou e apresentou um programa semanal dedicado as crianças,daí o porque se tornar conhecido como “titio”.Era o Clube das Crianças apresentado em auditório. À noite,talvez para relembrar e amenizar um pouco a saudade da querida cidade natal,apresentava músicas que “falavam ao coração”,era o "Saudade disque 3800".Versátil,por diversas vezes se tornava redator e apresentador dos “jornais falados”,que eram gravados e veiculados ao meio dia.Não me lembro de ter uma única vez sequer,atrito com aquele senhor sempre sorridente e brincalhão,vindo da distante Juiz de Fora.Pois é “titio Bira”,relembrando daqueles bons tempos,tomo emprestado a sua frase ,realmente ”saudade não tem idade”.E no livro da hitória do radio em Montes Claros,não estará completa se não falar de voce.

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Mensagem N°60484
De: José Prates Data: Sábado 7/8/2010 10:57:10
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

MONTES CLAROS QUE NINGUEM ESQUECE

JOSE PRATES

Telefonamos, hoje, para Montes Claros. A voz ao telefone não era, apenas, o som que me chegava ao ouvido, mas, o retrato da cidade. Eu via a nossa Montes Claros de povo alegre, falando devagar, num sotaque misto de baiano e mineiro. A cidade cresceu, estendeu-se pra um lado e pra outro; cresceu pra cima com arranha-céus, mas, a gente natural é a mesma, sem tirar nem por. O pequi vai continuar na mesa e a farinha, também; feijão preto, de vez em quando, só na feijoada. Cinquenta anos fora, nossos costumes foram modificados, mas, a nossa alma em nada mudou. Somos na alma os mesmos montesclarenses de ontem, vivendo o Montes Claros que não se modificou nem morreu em nós. Quando ouvimos falar ou lemos sobre a Praça Plinio Ribeiro , Rua Mario Ribeiro ou Simeão Ribeiro, não nos vem à lembrança o logradouro, mas, o personagem que lhe deu o nome e que vive inteiro em nossa lembrança. Vivem porque são nossos conhecidos e foram nossos amigos com quem convivemos, partilhando do mesmo sonho que sempre embalávamos: o progresso da cidade. É por isso que não vemos o logradouro, mas, o personagem merecedor da homenagem pela sua luta em prol da cidade e do seu povo.
Não queremos dizer que somos diferentes da gente de hoje, nascida outro dia mesmo, que não sabe e talvez não faça questão de saber quem foi esse ou aquele que deu nome a este ou aquele logradouro, nem, tampouco, fazem questão de lembrar o Montes Claros jovem, de casas baixas, sem arranha-céus. As imponentes torres da Catedral, sem nada que impedisse, eram vistas de longe, anunciando aos viajantes a chegada à cidade Hoje, procuramos a catedral, numa foto da vista parcial da cidade e a encontramos escondida, encoberta pelos edifícios. O que fazer? É o chamado progresso que destrói a historia. As escolas não ensinam e “os mais velhos” esqueceram o passado. Não é o nosso caso, como não é o caso de muitos que ainda têm na memória aquele velho Montes Claros onde tivemos a oportunidade e a glória – podemos dizer assim – de conviver com esses ilustres montesclarenses, cujos nomes estão nas placas nomeando as ruas. Pessoalmente, nunca cruzei a av Plinio Ribeiro, nem a Rua Mario Ribeiro, mas, se o fizesse, tenho certeza que eles estariam comigo, andando devagar, mostrando-nos a cidade que não conhecemos mais, porque saiu da infância, passou pela juventude e hoje é adulta com nova fisionomia e outro porte.
Montes Claros não era, porem, apenas, poesia e romantismo. Nasceu com a vocação de líder e líder é desde 1831 quando o arraial das formigas foi elevado a Vila Montes Claros das Formigas. Não foi tímida ao nascer. Nasceu para crescer. Desde seu inicio atraiu moradores, fazendo a população crescer assustadoramente. Fazendeiros ricos, pessoas abastadas chegavam para instalar o comercio e com eles casas de alvenaria foram sendo construída em volta da capela, formando sua primeira praça, hoje Praça dr. Chaves. Cresceu como Vila e, aos poucos, aumentado o comercio bovino. A riqueza que crescia, atraiu muitos fazendeiros e negociantes, nascendo, então a agricultura. O que nós vemos hoje? Uma metrópole, líder comercial e cultural do Norte de Minas. Não esquecemos e nem podemos esquecer o passado porque a Montes Claros romântica não sai da nossa mente, com reisidencia fixa em nossa alma. Não podemos, porem, negar o nosso orgulho pela Montes Claros de hoje, conhecida em todo o país.

(José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°60482
De: Fátima Bento Data: Sexta 6/8/2010 20:13:34
Cidade: Montes Claros

Morre o meu ídolo Titio Bira.
Me lembro como se fosse hoje, no nosso tempo de criança, íamos participar do programa do famoso titio Bira lá no Instituto Norte Mineiro de Educação. Era muito bom tudo aquilo,a criançada ia ao delírio. Quem cantasse uma música e era classificado, ganhava um guaraná brotinho. Nós, que éramos cantores profissionais da época, acordávamos cedinho aos domingos e lá íamos todos enfrentar o microfono do titio Bira. A minha música preferida para cantar, era aquela que todos cantavam nas escolas no dia das mães: Andei por todos os jardinhos (era assim mesmo a letra),procurando uma flor prá te ofertaaar, em lugaaar algum eu encontreeei, a flor, perfeita prá te dar...( kkkkk). Eu fazia o maior sucesso, só cantava essa música, todos os domingos. Quem se lembra da música Bigurrilho? pois é, O Gastão cantava era ela, mais ou menos assim: Lá em casa tem um bigurrilho, bigurrilho fazia minguau, bigurrilho foi quem me ensinou, a tirar o cavaco do pau... e ainda mais, o pobre do Gastão, que era um cantor espetacular, além de cantar, tinha que por obrigação colocar as duas mãos na cintura e rebolar, ele sempre foi ovacionado pela galerinha, ganhava duas garrafas de guaraná brotinho, saía satisfeito da vida. Era só alegria.
A família enlutada, receba o meu abraço de carinho e respeito. Peço a Energia Cósmica, que dê ao meu ídolo, um lugarzinho bem aconchegante, assim como ele sempre mereceu.

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Mensagem N°60476
De: Haroldo Lívio Data: Sexta 6/8/2010 17:20:36
Cidade: Montes Claros

Saudade disque 800
Haroldo Lívio

Leio, no noticiário, com sentimento de pesar, o regresso do radialista Ubirajara Toledo, mais conhecido como Tio Bira, para sua cidade natal, a formosa Juiz de Fora, que se coloca entre as melhores metrópoles do Brasil. Ele deve ter suas razões, com sobra, para deixar Montes Claros, que aprendeu a amar desde que aqui aportou, parece que no já distante ano de 1964, como dirigente do SAPS - Serviço de Alimentação da Previdência Social, que abastecia a população com produtos subsidiados, numa época em que ainda não se falava, por aqui, em supermercados.
Recordo-me, como se fosse hoje, de que me encontrava em um grupo de amigos, quando alguém nos apresentou ao recém-chegado Ubirajara Toledo, informando-nos sobre seu currículo de radialista e ex-vereador na Manchester mineira, a segunda cidade de maior importância em Minas Gerais, que perdia em população apenas para a Capital. Atualmente, classifica-se em terceiro lugar, porém conserva sua característica de estar entre as cidades ideais para morar, razão por que é conhecida como a localidade preferida pelos militares do Exército para encerramento da carreira.
Vê-se, logo, que o veterano radialista nem precisa se justificar, por estar se afastando do nosso convívio. Embora saibamos de seu grande amor por nossa cidade, ele ouviu a voz do coração, que fala mais alto e retorna ao cenário da infância e da juventude. É um direito seu, de filho amado, que não lhe pode ser negado.
Sua decisão de retorno ao regaço materno pode ser facilmente traduzida pelo verso do poeta gaúcho Vargas Netto: “Querência, eu ouço a tua voz que não fala, mas que todo gaúcho ouve quando longe de seu .rincão!” Por outro lado, temos de reconhecer que o Titio Bira ama estremecidamente esta cidade, berço de seus netos, e prestou valiosa contribuição ao seu desenvolvimento artístico e cultural.
Quando aqui chegou, encontrou somente uma emissora de rádio, a ZYD-7, e a televisão era ainda um sonho para o futuro. Passou a apresentar um programa dedicado ao publico saudosista, onde declamava versos de sua autoria e de poetas locais, destacando-se a obra lírica de Cândido Canela e canções que embalavam os ouvintes. A cidade, antes de dormir, sintonizava “Saudade disque 800”, no horário de maior audiência. Não se pode negar o sucesso do radialista e a importância de sua participação na radiofonia de Montes Claros.
Nos últimos anos, parece ter-se recolhido ao remanso do lar e encerrou seu trabalho, ainda lembrado, com muita saudade, pelos rádio-ouvintes daquela quadra feliz em que nossos telefones tinham apenas três dígitos. Bastava discar 800 para ouvir o canto triste da saudade.

(N. da Redação - O texto do escritor Haroldo Lívio é uma homenagem das rádios 93, 98FM e deste mural ao eterno Titio Bira, que nesta data se encantou.) Texto reeditado

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Mensagem N°60474
De: Danusa Souto Data: Sexta 6/8/2010 15:37:06
Cidade: Montes Claros

Convido a todos os amigos para assistirem a missa de 30º dia de falecimento de Amélia Prates Barbosa (Amelinha). Será realizada na terça-feira, dia 10, às 19horas, na capela do antigo asilo São Vicente de Paulo. Amelinha era uma pessoa maravilhosa e alegre. Peço que todos rezem por sua alma.

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Mensagem N°60472
De: Waldyr Senna Data: Sexta 6/8/2010 14:53:57
Cidade: Montes Claros

A Unimontes e a eleição
Waldyr Senna Batista

A não ser que se modifique a lei, a escolha do novo reitor da Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros) coincidirá sempre com o término do mandato do governador do Estado, que é quem nomeia o dirigente. Neste ano, embora não tenha alcançado ainda o ponto de ebulição, o processo sucessório na universidade já foi deflagrado e tende à polarização entre o atual vice-reitor, João Canela, e o sempre candidato, Itagiba de Castro. Ainda surgirá o terceiro nome, para fazer número.
Aliás, em meados do ano passado, o atual ocupante do cargo, Paulo César Almeida, em discurso, pela primeira vez fez alusão à mudança prevista, tendo se referido ao atual vice como seu sucessor. Uma precipitação, sem dúvida, interpretada como estratégia para demarcar terreno, já que é longo o ritual a ser cumprido até chegar a esse desfecho. Antes, há a formalização de candidaturas(a situacionista será lançada no dia 18), a convocação do colegiado para a composição da lista tríplice a ser submetida ao governador e, só então, a formalização da escolha.
Em função disso, os processos para eleição dos novos governador e reitor transcorrem paralelamente e, não só pela coincidência de datas, o de natureza política tenderá a contaminar o acadêmico, notadamente na eventualidade de o atual governador não se reeleger.
Hipoteticamente, com base nas pesquisas de intenção de voto, poderá ser esse o cenário, já que o candidato da oposição, o senador Hélio Costa, vem sendo apontado como favorito. Mas, certamente, em qualquer hipótese, o governador Antônio Anastasia não abdicará de sua prerrogativa, nomeando o novo reitor ao apagar das luzes de seu mandato. Como se trata de cargo de confiança, apesar das características peculiares da indicação em lista tríplice, há o risco de, com essa nomeação, estabelecer-se descompasso entre a administração da universidade e a chefia do governo entrante. Nada que o bom senso e o exercício equilibrado da política não consigam superar, até em face da subordinação legal.
Ao longo dos últimos dezesseis anos, com dois reitores diferentes, a política permeou o funcionamento da Unimontes, mediante a notória influência de dois deputados estaduais, cada um durante oito anos. Esse procedimento tem sido visto como natural, apresentando-se o deputado como facilitador dos pleitos da universidade no emaranhado burocrático do Governo. Um trabalho que envolve riscos inerentes à atividade política, principalmente por privilegiar parlamentares. O ideal seria que a própria universidade desfrutasse de livre acesso aos gabinetes oficiais, devido à importância dela e levando-se em conta a legitimidade do seu reitor.
Mas a política e os políticos têm formas próprias de atuar. E o exercício da reitoria, por envolver a política na escolha do seu titular, dificilmente se verá imune a essa influência.
O atual reitor tem se apresentado como integrante de um partido político, cujos mentores o apontam como possível futuro candidato a cargo eletivo, o que constitui direito dele. Seu antecessor, José Geraldo Drummond, também tinha ligações partidárias, que até o fizeram agora secretário municipal de saúde. Quando exercia a reitoria, ele chegou a promover gestões para se lançar candidato a deputado federal. Não consta que o posicionamento político dos dois tenha prejudicado de alguma forma o bom funcionamento da Unimontes.
Na última segunda-feira, a máquina oficial mostrou sua força, reunindo em Montes Claros praticamente a unanimidade dos prefeitos do Norte de Minas, em torno do seu candidato, Antônio Anastasia, e o senador Hélio Costa deve ter acusado o golpe. Afinal, esta é sua terceira tentativa de chegar ao poder, sempre na condição de oposicionista.
Mas não custa continuar especulando sobre a eventualidade de sua vitória, hipótese em que o feudo da Unimontes passará ao domínio do PMDB, cuja figura mais influente aqui é o prefeito Luiz Tadeu Leite. Ele vem queimando todos os cartuchos nesta eleição e certamente, em caso de vitória, não deixará escapar esse naco importante do poder.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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Mensagem N°60468
De: Filhos e Netos Data: Sexta 6/8/2010 09:10:26
Cidade: Montes Claros

nota de falecimento de ubirajara ferreira leite de toledo "titio bira". com grande tristeza informamos o falecimento do nosso pai e avô " bira" hoje(06/08/2010) as seis da manha no hospital albert sabin em juiz de fora- mg, aos 80 anos. "titio bira" como ficou conhecido, foi o primeiro radialista profissional de montes claros. a família agradece a atenção de todos.pedimos a todos que possam orar nesse momento para que o vovô tenha uma passagem tranquila para o nosso outro mundo.que o senhor jesus ilume o seu caminho.
obrigado a todos.

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Mensagem N°60464
De: O Tempo Data: Sexta 6/8/2010 07:30:36
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Pedreiro morre prensado em muro, em Montes Claros - Larissa Nunes - Um pedreiro de 32 anos morreu ao ser prensado contra um muro, enquanto trabalhava na tarde desta quinta-feira (5), em Montes Claros, Norte de Minas Gerais. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, por volta das 16 horas, ele ajudava o motorista de um caminhão-caçamba, carregado com areia, a manobrar, quando uma das rodas caiu na vala de uma rede de esgoto. Com isso, o veículo despencou para o lado até atingir o muro de uma residência. O trabalhador, posicionado entre o caminhão e a parede, teve o tórax prensado e morreu no local, durante resgate. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal.

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Mensagem N°60460
De: Estado de Minas Data: Quinta 5/8/2010 15:27:45
Cidade: Belo Horizonte

Homem mata a própria família e suposto amante da mulher - Karina Novy - TV Alterosa - Luiz Ribeiro - Estado de Minas
Uma tragédia familiar mobilizou dezenas de militares e deixou os moradores da cidade de Japonvar, no Norte de Minas, assustados com tamanha violência. Nesta madrugada, Luiz Otávio Duarte, de 41 anos, matou a esposa, dois filhos, um suposto amante da mulher e depois tentou suicídio com tiros no pescoço.
Segundo o tenente Luis Sandoval Pires, Luiz invadiu a casa de Claudinei Pereira Aquino, de 26 anos. Luiz suspeitava que Claudinei era amante de sua esposa, Cleonice Pereira Lima. O suspeito, tomado pelo ciúme, atirou contra Claudinei. O suposto traidor foi morto com tiros na cabeça. A mulher de Claudinei, Carleane Barbosa Lima, de 21 anos, que também estava no local, foi atingida por um tiro na virilha.
Fúria - Em seguida, Luiz seguiu de moto até a casa do irmão de Claudinei, Ermelindo Pereira de Aquino e atirou, no entanto, ninguém foi atingido. O atirador colocou fogo na moto e fugiu do local a pé. Segundo o tenente Pires, Luiz foi perseguido e trocou tiros com militares.
Ele também foi visto entrando na própria casa, onde os militares encontraram os corpos da mulher dele, Cleonice Pereira Lima e dos filhos do casal, Monique, de 11 anos e Sadan de 8. O único sobrevivente foi o filho mais novo, um recém-nascido que estava no berço, sem ferimentos.
Luiz conseguiu sair da casa e correr até o cemitério da cidade, no Bairro São Geraldo, onde foi cercado pelos policiais. "Quando percebeu que não tinha mais como fugir ele deu dois tiros no próprio pescoço", afirma o tenente. O homem foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Brasília de Minas e depois transferido para a Santa Casa de Montes Claros, onde está internado sob escolta.
Carleane Barbosa Lima está internada no hospital de Brasília de Minas. Ela passou por cirurgia durante a madrugada e está em estado grave. Ainda de acordo com a PM, durante as apurações a polícia descobriu que o suspeito usava medicamentos antidepressivos e tinha passagem por um crime cometido em 1996 em Ipatinga. O tenente não soube informar qual seria esse crime. A perícia e o delegado Bruno Silveira, da delegacia de Brasília de Minas, estão investigando o caso.

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Mensagem N°60459
De: O Tempo Data: Quinta 5/8/2010 11:30:09
Cidade: Montes Claros/MG

Homem mata a mulher, os filhos, o amante dela e tenta suicídio em Japonvar - Clarissa Damas - Uma história triste e que parece coisa de novela aconteceu na madrugada desta quinta-feira (5). Inconformado com a traição da mulher, um morador de Japonvar, distrito de Januária, foi até a casa do suposto amante dela tirar satisfação. No local, ele atirou contra o amante, que era casado, e baleou ainda a mulher dele, que não sabia que estava sendo traída. O homem morreu e a mulher foi socorrida por vizinhos. Em seguida, ele foi até a casa onde mora e matou a tiros a mulher e dos dois filhos, de 10 e 11 anos. A Polícia Militar foi acionada e fez buscas pelo suspeito. Ao chegar na casa da família, os militares ouviram um tiro que parecia vir de um cemitério próximo. No local, encontraram o suspeito baleado no queixo. O homem atirou contra os policiais, que revidaram e o atingiram na perna e no ombro. Ainda com vida, o suspeito tentou dar mais um tiro na própria cabeça. Ele foi socorrido com vida e permanece internado em estado grave no Hospital de Brasília de Minas. A mulher do amante também está no mesmo hospital e tem quadro de saúde estável.

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Mensagem N°60433
De: José Bottina Data: Terça 3/8/2010 10:01:42
Cidade: Moc

Hoje me senti desanimado com o futuro do vôo da Gol para a rota Montes Claros/Belo Horizonte e vice-versa. A Anac, após a aérea reformular o horário de partida de MOC para BH no último dia 20, analisou o pedido e concluiu novamente com restriçÕES a autorização, talvez cansando a empresa até a desistencia, como sempre ocorreu com esse assunto. Esperemos um novo pedido, não deixemos que a Cia desanime, mas precisamos somar esforços e deflagrar uma grande campanha para que esse vôo seja autorizado e que muitos outros venham no rastro do primeiro. Apenas uma coisa não podemos perder de vista: a vigilancia constante no monopólio da TRIP que pratica suas tarifas sem a menor ameaça, atrasando võos, cancelando outros e o que é pior, praticando preços exorbitantes. O norte-mineiro é um pre-destinado, o progresso daqui esbarra nas mais imprevisíveis questões e é um reflexo dos nossos representantes mais próximos do poder. Portanto, vamos acioná-los através das entidades de classe, do poder constituido e da força da imprensa, como este mural que tanto tem denunciado e melhor, sensibilizado e até logrado êxito em questões de difíceis soluções...

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Mensagem N°60425
De: Leandro C. Data: Segunda 2/8/2010 14:36:07
Cidade: Montes Claros MG

Indícios que a Gol está vindo para Montes Claros.No site da companhia, na parte inferior da página, tem o campo "Trabalhe na Gol", ao filtrar o campo por estado, aparecem 5 vagas disponíveis para Montes Claros. Sendo ela, 1 vaga para Auxiliar de serviços Gerais, e 4 vagas para mecânico de aeronaves. (...)

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Mensagem N°60423
De: Estado de Minas Data: Segunda 2/8/2010 10:33:19
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Adolescente morre depois de capotagem no Norte de Minas - Priscila Robini - Um adolescente de aproximadamente 17 anos morreu depois de um acidente na manhã de domingo em Cabeceiras, no Distrito de Nova Esperança, próximo a Montes Claros, no Norte de Minas. O garoto estava no Corsa, placa JNM-5692, de Montes Claros, que trafegava no sentido Nova Esperança - Montes Claros da MGT-135. O carro capotou no km 347 e parou no quintal de uma casa às margens da rodovia. O menor sofreu um grave traumatismo craniano e o condutor ficou ferido. O motorista não teve o nome revelado e foi socorrido por uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)

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Mensagem N°60422
De: O Tempo Data: Segunda 2/8/2010 10:31:08
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Adolescente morre em acidente no distrito de Nova Esperança - Um garoto de 17 anos morreu na manhã de domingo (1) na comunidade de Cabeceiras, distrito de Nova Esperança, ao se envolver em um acidente. Ele estava em um Corsa que ia para Montes Claros quando se envolveu no acidente. O motorista do veículo perdeu o controle da direção, saiu da pista e bateu em uma árvore. O adolescente morreu no local, antes de ser socorrido, vítima de Traumatismo Craniano. O motorista ficou ferido e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros.

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Mensagem N°60418
De: Raphael Reys Data: Segunda 2/8/2010 08:30:31
Cidade: Moc - Mg  País: Br

A Turma do Gibi
Nos bons anos 60 e 70, o bar do Haroldo, fincado na esquina das ruas Corrêa Machado e Melo Viana era o “point” da rapaziada. Muita cachaça curraleira, cerveja casco verde e os famosos PFs e tira gostos de galinha caipira. Além do caprichado tempero, o “molho” e as mandingas do mestre cuca, sempre atraíram muitos clientes.
Lá no bar, a galera pulava e se assanhava como uma farândola de diabretes, quando havia jogo de futebol entre Cruzeiro e Atlético. As turmas de torcedores rivais se peiteavam, mostrando faixas e cartazes com “slogans” alusivos à contenda, cantando refrões provocativos. Era o maior auê!
Dentre os personagens mais animados, se destacava o Tipuka. Tipo exótico, conversa arrastada, mãos tortas, corpo torto, parecendo cavalo de umbanda incorporado na "Escora". A bem da verdade, era cobra criada, um servente de pedreiro da turma do mestre de obras Roberto Pimenta, o maior 171 do pedaço. Esse criou fama como o mais esperto de Moc City. Dava uma de menino de creche para poder sobreviver.
Bem próximo dali e no passeio em frente ao Cine Ypiranga, trabalhava uma grande turma de engraxates com suas caixas características. Dentre muitos, Geraldo dos Beiços, Nego Tó, Luiz Pinguelo, João Finin, Artur Cegão, Carlai, e o memorável Nau Faquir, morto tragicamente no mundo do crime.
Como ferramentas de trabalho, pastas Nugett, escovas, flanelas e a tinta Fenomenal, usada para mudar a cor dos sapatos.
Por qualquer alegria ou fraco motivo baixava o santo na galera. Aí todos enchiam a cara, engrossando a turma dos torcedores do Atlético, no Bar Destak da carnavalesca Dona Linda e dos cruzeirenses, no Bar do Haroldo.
A galera daqui sempre foi muito criativa, unida, e como a alfabetização não chegou para todos os moradores da comunidade, apesar do progresso da nossa urbe, nasceu entre os freqüentadores dos bares e do cinema, uma escola sui gêneris.
A “alfabetização” era feita através do manuseio de revistas em quadrinhos e pela leitura dos que eram alfabetizados, com a memorização das falas dos personagens, textos e imagens pelos demais, surgindo, então, entre os aficionados por revistas em quadrinhos, a Turma do Gibi.
Clubes idênticos funcionavam também à porta dos cines Fátima, Lafetá e Coronel Ribeiro.
Como a didática ministrada à porta do cinema se dava com os participantes em pé na calçada, desenvolveu-se somente a leitura e não a escrita. Nessa galera, figuravam alfaiates, aprendizes, serventes de pedreiro, operários, mestres de obra e serviço, artesões.
Nessa fase a bela professora Estelita Cardoso moradora da rua Melo Viana, matriculou uma boa parte da galera na distante Escola Vila Telma. Funcionava numa tapera com paredes de adobe, coberta de folhas de coqueiro a luz de gás e o sacrifício era irem a pé à noite com quase uma hora de percurso. Conseguiu alfabetizar centenas de jovens do Bairro Morrinhos e adjacências. A diretora do educandário coberto de palha era Maria da Glória Xavier.
Todo sacrifício em prol da educação dos jovens!
Dentre muitos, Pacuí, Pipiu, Lika Alfaiate, Cláudio, Aroldin, Lianão, Marquinho Kiko, Zé Maria, Eustáquio Perneta, Padeça, Hildebrando de Zefira, Zeca de Dona Linda, carregando o botijão na bicicleta cargueira. Lá estavam, além de muitos outros não citados, traídos pela memória e a nossa lembrança.

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Mensagem N°60417
De: Corpo Bombeiros Data: Segunda 2/8/2010 07:44:37
Cidade: Montes Claros/MG

Afogamento em Santa Bárbara (zona rural Montes Claros/MG) - No dia 31/07/2010, por volta das 14:00 horas, o Corpo de Bombeiros de Montes Claros (Sétimo Batalhão de Bombeiros Militar) foi acionado para atender princípio de afogamento na antiga barragem da COPASA, conhecida por Lagoa dos Porcos, localizada em Santa Bárbara (zona rural de Montes Claros/MG), às margens da BR 365 KM 07. Segundo testemunhas, o jovem Adriano Neres Porto, 23 anos, estaria pescando quando caiu na lagoa e se afogou.
O Corpo de Bombeiros deslocou-se rapidamente para o local, e através de buscas submersas em apnéia e técnicas de mergulho autônomo rampante, localizaram o corpo da vítima a uma profundidade aproximada de 04 metros. Após ser retirado da água, a Dr. Maria Emilia Prates constatou o óbito da vítima no local. O corpo de Adriano Neres Porto foi entregue ao perito para que tomasse as devidas providências. Nesta ocorrência foram empenhados 06 militares e duas viaturas, além de equipamentos de mergulho autônomo e buscas submersas.

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Mensagem N°60414
De: José Prates Data: Domingo 1/8/2010 17:28:55
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

Leonel Beirão de Jesus

José Prates

As cidades homenageiam seus filhos dedicados, com estatuas ou nomes de logradouros públicos. É uma maneira não apenas de agradecimento pelos serviços que prestaram à comunidade, mas, sobretudo uma forma de perpetuar a sua memória, deixando à vista os seus feitos para conhecimento da posteridade. Montes Claros não fugiu à regra: ruas e avenidas têm o nome de filhos ilustres que se sobressaíram nas letras ou na política como Dr. Plínio Ribeiro, Simeão Ribeiro, Aroldo Tourinho e outros. Um desses homenageados, exceção eu acho, não foi político nem intelectual, mas, um simples, criativo e ousado nos seus empreendimentos, tornou-se um homem do povo: Leonel Beirão de Jesus. Morreu e entrou pra história da cidade, como nome de Avenida. Está ao lado dos ilustres políticos e intelectuais filhos da terra que o povo considerou merecedores da homenagem. Leonel a mereceu? Claro que mereceu. Qual de nós, que viveu aquele tempo, não se lembra dos momentos felizes da criançada correndo atrás da “boneca do Leonel” em propaganda comercial pelas ruas centrais, fazendo todo mundo sair à porta para assistir ao espetáculo? Poucos habitantes não necessitaram de Leonel para um trabalho qualquer ou um favor de última hora. Estava sempre pronto para o que desse e viesse; qual o morto que não recebeu seus cuidados para o enterro, na sua casa funerária, a única da cidade? No enterro, ia sempre à frente, abrindo o cortejo.
Leonel era um homem do povo que vivia, também, para o povo. Na sua funerária enterrava o morto de família pobre e de família rica porque, como já disse, era a única da cidade. Se alguém não pudesse pagar as despesas do funeral, ficava de graça. Sem enterrar decentemente, não ficava. Alem desse gesto de humanidade, outros vinham, mostrando o seu interesse pelos menos favorecidos.
Inteligente, com tino comercial, Leonel não teve, talvez, a oportunidade de estudar, não tendo passado das primeiras letras na escolinha dos Morrinhos que lhe consagrou com o nome da principal avenida..Segundo diziam, foi de tudo: engraxate na Praça da Estação, carregador de malas, e o que lhe notabilizou foi a propaganda comercial que ele modernizou na cidade, deixando de lado a distribuição de panfletos, como era o costume, para sair pelas ruas de megafone em punho, acompanhando a boneca gigante. Cabo eleitoral empenhado, pessedista convicto, estava sempre ao lado de pessoas influentes como o Dr. João F. Pimenta a quem chamava orgulhosamente de compadre. Contam, não sei é verdade, que certa ocasião foi preso por agressão a um jovem. Estava sendo conduzido à Delegacia, pela Rua Dr. Santos. Ao passar em frente à residência do Dr. Alfeu de Quadros, prefeito municipal na ocasião e homem de largo poder político, Leonel desvencilhou-se do policial condutor e saltou para o alpendre da casa do Prefeito e de lá ficou chamando o policial para tirá-lo, se tivesse coragem de fazê-lo. Dizem que o Dr. Alfeu apareceu no alpendre despertado pelo tumulto, acolheu Leonel e o caso “ficou por isso mesmo”.
Faz muito tempo que não vou a Montes Claros, hoje cidade grande, capital do Norte de Minas, com outros costumes e outros personagens. As ruas centrais são as mesmas naturalmente. Mas, hoje, não caberiam Leonel Beirão e sua boneca gigante com sua banda e a meninada correndo atrás. A beleza poética de um tipo Leonel desapareceu da cidade metrópole que não tem espaço para ele. O que nos resta? A lembrança gostosa de uma Montes Claros sertaneja, de casas baixas, onde todo mundo conhece todo mundo e não cumprimentarem-se ao se cruzarem na rua “é falta de educação”. Gostosa e poética que parava pra ver Leonel passar..

(José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°60409
De: Hoje em dia Data: Sábado 31/7/2010 15:10:58
Cidade: Belo Horizonte

Petrobras pagou mais por mamona - Da Sucursal do Norte de Minas - Montes Claros – A Petrobras Biocombustíveis confirmou ter comprado o quilo da mamona no Norte de Minas a até R$ 0,73. O valor teria eliminado a concorrência da primeira usina de biodiesel da região, a Petrovasf, que até então adquiria a mamona dos produtores locais R$ 0,02 mais barata. Agora, com a redução do número de clientes, a Petrovasf passa por dificuldades financeiras.
Em nota, a Petrobras rebateu as acusações de ter comprado a mamona com preço mais caro com o propósito de criar uma crise no setor na região. A multinacional informou ter praticado os valores do mercado. Sem dinheiro para honrar seus compromissos, a Petrovasf está em débito com muito fazendeiros (em relação à produção de mamona do ano passado).
Em nota, a Petrobras informa que “tem uma estratégia de suprimento agrícola definida, transparante e de conhecimento público”. O programa, continua a nota, prevê a prestação de assistência agrícola e disponibiliza sementes certificadas aos agricultores familiares contratados.
Ainda de acordo com a multinacional, a Petrobras Biocombustível atua “com responsabilidade e cumpre todos os compromissos assumidos em contrato”. Por meio dessas ações, diz a assessoria de imprensa, “a empresa contribui com a estruturação da cadeia de produção de oleaginosas e com o desenvolvimento de mercados em suas áreas de atuação”.

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Mensagem N°60408
De: Hoje em Dia Data: Sábado 31/7/2010 13:23:09
Cidade: Belo Horizonte

Trip será intimada a se explicar
Da Sucursal do Norte de Minas - Montes Claros – O Conselho Municipal de Defesa do Consumidor de Montes Claros (Comdecom) convocará a empresa Trip Linhas Aéreas para explicar os critérios utilizados na fixação dos valores das tarifas cobrados na rota entre o município e Belo Horizonte. A decisão foi tomada ontem em reunião no auditório da Câmara Municipal. A passagem está sendo comercializada até a R$ 539,90, valor considerado abusivo.
Uma nova reunião para tratar do assunto será realizada no dia 26 de agosto, na sede do Ministério Público. De acordo com o presidente do Comdecon, Leandro Aguiar, além da composição da tarifa da Trip, o órgão quer informações sobre a quantidade de assentos com preços promocionais. Ele lembra que, se constatada alguma falha na composição dos preços, o Comdecon pode adotar medidas contra a empresa.
A 11ª Sub-Secção da Ordem dos Advogados do Brasil já anunciou que irá entrar com representação contra a Trip junto ao Ministério Público Federal. A empresa aérea alega que os preços praticados estão dentro da realidade do mercado. Em caso de compra antecipada, há descontos na tarifa.
Na quarta-feira, o site da Trip anunciava tarifas que oscilavam entre R$ 219,00 (para compra com mais de 30 dias de antecedência) a R$ 539,00. Porém, a empresa alegou ter tarifa de até R$ 99,00. A Trip explora a rota Montes Claros-BH com cinco vôos diários, além de fazer conexão com São Paulo e Salvador. A expectativa é que a Gol Linhas Aéreas atue na rota, com um vôo diário, impondo concorrência.

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Mensagem N°60404
De: O Tempo Data: Sábado 31/7/2010 07:41:19
Cidade: Belo Horizonte  País: Brasil

FICHA LIMPA - TRE barrou dez candidaturas até agora em Minas Gerais - Da Redação - 31/07/2010 - Políticos como Silas Brasileiro, Pinduca e Athos Avelino estão na lista
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) indeferiu, até agora, o registro de dez candidaturas no Estado com base na Lei da Ficha Limpa. Os dois mais novos barrados pela Justiça Eleitoral mineira são o candidato a deputado estadual pelo PMDB e ex-deputado Leonídio Bouças e Adilson da Vale Verde (PTN), candidato a deputado federal. Essas últimas decisões foram tomadas pelo Tribunal nessa sexta-feira.
Durante esta semana, o TRE-MG já havia negado os registros a deputado estadual de Athos Avelino (PPS), Carlinhos Bouzada (PC do B), Wellington Magalhães (PMN), Maria Lúcia Mendonça (DEM) e Pinduca (PP), além de Carlos Alberto Pereira (PDT), postulante à Câmara Federal.
Ainda foram negados os pedidos de Eduardo dos Santos Porcino (PV), candidato a deputado estadual, e de Silas Brasileiro (PMDB), que tenta ser novamente deputado federal pelo Estado.
Em todas as decisões do TRE-MG, tomadas nesta semana, ainda cabe recurso aos candidatos atingidos.
Em alguns desses casos, a decisão foi tomada pelo Pleno (vários juízes) do TRE-MG, cabendo recurso apenas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em outros indeferimentos, a decisão foi monocrática, ou seja, tomada por apenas um juiz. Nesses casos, o pretenso candidato pode recorrer ao Pleno do TRE-MG e, depois, se derrotado novamente, também ao TSE.
Enquadrados. A Lei da Ficha Limpa impede que pessoas condenadas por um colegiado (mais de um juiz) concorram em eleições.
Quem renunciou ao mandato para escapar de possível cassação também está incluso nas restrições da nova legislação.
Problemas causam atraso no cadastro do site Ficha Limpa
Brasília. O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) cobrou melhorias no Portal Ficha Limpa, no ar desde quinta-feira. Segundo Alencar, anteontem, ele encaminhou documentos ao portal, via internet, como está previsto, mas sentiu falta de resposta sobre o recebimento e o tempo de análise da documentação, para que o nome seja incluído no cadastro dos "bons" candidatos.
Alencar enaltece a iniciativa, mas incomodou-se ao ver noticiado que nenhum candidato havia se cadastrado no primeiro dia de funcionamento. "Amanheci na luta por melhoras no portal. Não é justo o que se noticia, dizendo que nenhum candidato se interessou até agora".
No primeiro dia de funcionamento, na quinta-feira, pouco mais de dez deputados haviam tentado se cadastrar, mas, segundo os responsáveis pelo site, houve problemas.
Até o começo da noite de ontem, o fichalimpa.org.br não trazia nenhum cadastrado.

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Mensagem N°60397
De: Waldyr Senna Data: Sexta 30/7/2010 12:56:24
Cidade: Montes Claros/MG

Atrapalhando a novela

Waldyr Senna Batista

Os dois principais candidatos à Presidência da República estiveram em Montes Claros, e a cidade praticamente não tomou conhecimento da presença deles. Vieram, concederam entrevistas, passearam pelo centro, cumpriram o ritual do cafezinho no Café Galo, assistidos pelos “habitués” do local, pegaram o avião e se foram. As visitas não acrescentaram nada aos índices de intenção de votos de nenhum dos dois e pode ser até que tenham tirado eleitores devido à distância que guardaram do público. Principalmente Dilma Roussef, blindada por exagerado esquema de segurança. Constava que ela viria para reunir-se com os prefeitos da região, mas, ao que parece, esqueceram-se de convidá-los, porque, dos 84 existentes, compareceram menos de meia dúzia. Ou então a candidata, que é o “poste” de Lula, carece de apoio na região. Ela aproveitou para receber título de cidadania fingindo acreditar que isso tem algum valor. E José Serra, mais desenvolto, por ter mais quilômetros rodados, ter disputado eleições, ganhando e perdendo, não deveria ter passado tão despercebido quanto sua adversária. Os dois vieram para contatos com formadores de opinião, figura abstrata cuja influência não pode ser mensurada.
A forma de fazer campanha eleitoral mudou totalmente nas últimas décadas, em razão dos meios de comunicação, que põem os candidatos dentro das casas dos eleitores, todas as noites, através dos noticiosos da televisão exibidos em meio a novelas. Eles não precisam mais de promover, nas cidades-polo, os caríssimos “comícios-monstro”, que serviam para mostrar força. E as cidades também cresceram muito, tornando-se inviável a mobilização de multidões, inclusive por questões de falta de segurança. E também devido à praticidade, pois um comício à moda antiga roubaria do candidato tempo que ele aproveita realizando inúmeras visitas-relâmpago como as que se viu aqui.
No pós-ditadura Vargas, Juscelino Kubitscheck veio a Montes Claros e encheu de gente a praça dr. Carlos, onde prometeu corrigir o traçado dos trilhos da Central do Brasil para reduzir a distância com Belo Horizonte, promessa que jamais pensou em concretizar e nem lhe foi cobrada. Quatro anos depois, veio Jânio Quadros, cuja figura exótica despertava curiosidade em todo o País. Em comício na mesma praça, na manhã de um sábado de feira no velho mercado, ele começou afirmando que “o diabo não é tão feio quanto dizem”, referindo-se a ele próprio, com o sotaque característico”. Era pior, como se veria ao longo dos sete meses de seu governo. Depois da ditadura militar, dois grandes comícios aconteceram na avenida Flamarion Wanderley. Um, de Fernando Collor, que bateu todos os recordes de público, para quem ele repetiu o discurso dos “marajás” de que se esqueceria ao exercer a Presidência. Dias depois veio Ulysses Guimarães, que discursou debaixo de vaias, o que foi no mínimo injusto para com o homem que combateu a ditadura de peito aberto e que viria apenas a ser o quinto colocado naquela eleição.
José Serra e Dilma Roussef não fazem comício. Aliás, na atualidade, nem mesmo candidatos a prefeito se dão esse trabalho. Os políticos caíram na real: comício não conquista eleitor, a eles comparecem os adeptos já conquistados dos candidatos. O que conquista eleitor agora é o chamado “comício eletrônico”, pelo rádio e pela televisão. Nele, os candidatos têm como plateia o país inteiro, sem a trabalheira do sistema anterior. E se mostram, também, de maneira mais autêntica, em que pesem os recursos aplicados pelos maquiadores de estúdios e os truques produzidos pelos marqueteiros. Inserções durante a programação normal, horário eleitoral gratuito e debates influenciam muito mais. José Serra, Dilma Roussef e Marina Silva estão percorrendo o país para gastar tempo, porque a campanha propriamente dita começará em 17 de agosto. A partir de então vai ocorrer a superexposição deles na televisão e no rádio, com base no que o eleitor poderá julgar melhor aquele que merece receber seu voto.
Visitas como as que houve em Montes Claros servem para “encher linguiça".
Podem até produzir alguma promessa ou até mensagem aproveitável, mas, campanha mesmo, só em agosto, atrapalhando a novela e testando a paciência do eleitor.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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Mensagem N°60390
De: Frederico Data: Quinta 29/7/2010 15:21:40
Cidade: Montes Claros

Temos lido, neste democrático mural, belos textos sobre passeios pelas ruas da cidade em tempos passados. Passeios nostálgicos, que nos leva a recordar de uma cidade tranqüila e com as ruas ainda não asfaltadas. Eram calçadas de paralelepípedos, blocos de cimento, pedras de formatos irregulares, denominados pé de moleque, ou simplesmente revestidas de cascalho e em outras, nem isso. Eram constantes as reclamações sobre a poeira e a lama.
Na primeira administração de Toninho Rabello, se não estou enganado, foi iniciado o uso do asfalto para a pavimentação das ruas e avenidas, principalmente estas, quando abertas e urbanizadas. Era uma maravilha a novidade. Asfalto quente, colocado sobre uma grossa camada de brita, sobre uma base bem preparada de cascalho e em alguns casos, também de pedra. Tudo isso, não sem antes ser construída a galeria de água pluvial, rede de esgoto sanitário, rede de água e assentados os meios fios ao logo das calçadas.
Posteriormente veio a administração de Moacir Lopes, que cobriu de asfalto o calçamento do centro da cidade. Foi uma critica só: diziam que aquilo era serviço mal feito, que não iria durar e logo o asfalto seria arrancado pelo movimento dos carros, carroças e mesmo pelas chuvas. O tempo mostrou o contrário, pois tudo fora feito com material de primeira qualidade com camada grossa de asfalto, bem compactada.
Outras administrações vieram e continuaram com a política de asfaltar as vias públicas da cidade. Entretanto, verifica-se, sem a necessidade de ser técnico ou especialista, que a qualidade do material e do serviço não é a mesma. Priorizou-se a quantidade em detrimento da qualidade. Ao contrário do que deveria ser, primeiro faz-se o asfalto para, em seguida, os outros órgãos abrirem valetas para rede de água, de esgoto, linha telefônica, aplicando remendos de pior qualidade ainda.
Hoje, faço um convite. Vamos fazer um passeio pela cidade? Comecemos pela primeira e grade avenida Deputado Esteves Rodrigues, construída por Toninho. Nota-se que, decorridas décadas, a condição da pavimentação ainda e boa. Resiste ao tempo, mesmo com o intenso tráfego, muito maior do que o de quando foi projetada. Agora, subamos pela Avenida Artur Bernardes, passemos pela Praça de Esportes, tomemos a rua Dr. Santos, façamos um giro pelo centro: Ruas Dr. Veloso, Camilo Prates, D. Pedro II, Padre Augusto, Rui Barbosa, onde o asfalto foi colocado sobre o calçamento, São Francisco, Coronel Joaquim Costa, Belo Horizonte e tantas outras.
Com exceção da Praça de Esportes e Belo Horizontes, que receberam manutenção de alisamentos, as demais estão em péssimas condições. Do asfalto original, pouco ou quase nada se vê. O que predomina são os remendos de duvidosa qualidade, que tornaram as pistas defeituosas, com depressões e ondulações. Rodar de carro por estas ruas, é um tormento. Tirando o fato de não ter poeira e lama, trepidam tanto ou mais do que muitas das péssimas estradas de terra de aceso ao meio rural.
A falta de uma manutenção adequada, por parte das várias administrações passadas e pela atual, levou a tal situação. Um recapeamento completo e necessário. Observemos com atenção as calçadas. Cada um, quando a constrói, o faz como bem quer: rebaixadas, elevadas, rampas no meio-fio ou próximas às soleiras das portas das garagens, degraus, desnivelamentos de toda sorte. Não deixemos de observar que estão, na sua maioria, obstruídas quando não por buracos, por materiais e entulhos de construção, bancas de ambulantes, carinhos de vendedores de frutas e Cds piratas, mostruários de mercadorias nas portas das lojas, puxadinho com telhados mesas e cadeiras nas portas de bares e muitas outras irregularidades. Andar nas calçadas? Nem pensar, não tem jeito, tem-se mesmo é que aventurar-se no meio da rua, correndo o risco de ser atropelado por carro, motocicleta, bicicleta e até por um burro ou cavalo puxando uma carroça.
Certamente haverá quem queira justificar tal situação como conseqüência do progresso e do crescimento da cidade. Entretanto, poderia haver menos transtornos se houvesse um planejamento para um crescimento sustentável, com segurança e sem perda tão acentuada da qualidade de vida. Além disso, todo planejamento aplicado pressupõe fiscalização e avaliação, o que, infelizmente, não se verificam atualmente.
Montes Claros, 06/07/2010

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Mensagem N°60388
De: Estado de Minas Data: Quinta 29/7/2010 13:52:11
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Encontrado corpo de jovem que se afogou para salvar criança - Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Janaúba encontrou na manhã desta quinta-feira o corpo de um rapaz de 19 anos que se afogou na cidade de Matias Cardoso, no Norte de Minas. Na tarde de quarta-feira, Claudiney Pereira desapareceu nas águas do Rio São Francisco depois de tentar salvar uma criança que se afogava. Três militares percorreram a extensão do rio em um barco a motor e fizeram vários mergulhos. Eles acabaram encontrado o corpo do rapaz a 10 quilômetros do local do afogamento.

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Mensagem N°60387
De: Augusto Vieira Data: Quinta 29/7/2010 13:05:58
Cidade: Belo Horizonte

Minhas putas

Gabo (Gabriel García Márques) escreveu o magnífico livro “Memória de minhas putas tristes”, lançado no Brasil pela Record, em 2004, numa bela edição de 127 páginas. O jornalista de vida monótona, aos 90 anos, reencontra o amor em Delgadina, ninfeta com quem dorme no randevu de Rosa Cabarcas, e, daí, passa a fazer coisas mirabolantes, provando que é o amor que nos vivifica.
Li o livro há uns quatro anos e sempre, quando a história me vem à cabeça, penso nas putas de meu tempo. No quanto alegraram minha vida. Sou grato a elas, tal qual o genial escritor colombiano à sua ninfeta. Tanto às que viveram quase na miséria, quanto às que encontraram bons abrigos, boas camas e comida. Recatadas, não usavam drogas. Religiosas, respeitavam o próximo, o parceiro de cada dia ou de cada momento. Asseadas, ainda que os recursos da medicina lhes fossem escassos, não eram pródigas. Quase não fumavam. Ingeriam, com moderação, bebidas alcoólicas e raramente aprontavam um “barraco” ou “pegavam mal”. Muitas se apaixonavam. Não havia motéis. Não se usavam camisinhas. Não havia AIDS. As mais sortudas residiam em casas de renomadas cafetinas, onde se alimentavam e usavam confortáveis leitos para ganharem o pão de cada dia. Ao fim do expediente, cansadas, adormeciam sozinhas ou acompanhadas, dando às patroas um bom percentual do que faturavam a cada jornada.
O advento dos motéis fez cair assustadoramente o movimento das chamadas “casas de prostituição”. Muitas fecharam as portas. As “profissionais” foram sucumbindo à concorrência das “amadoras” e um novo tipo de puta apareceu, as “meninas de programas”. São moças que levam vida normal no seio de suas famílias – algumas trabalham e estudam – e frequentam bares, restaurantes, boates e similares, aonde se encontram, normalmente à noite, com homens carentes de amor, que as remuneram regiamente para usufruírem de seus corpos. Excessivamente “profissionais”, chamam os locatários simplesmente de “clientes”. Homem, para elas, é somente sinônimo de dinheiro. Algumas guardam amor a namorados. Quanto a esses, alguns sabem e admitem a vida dupla de seus amores e até levam vantagens, outros, não. Muitas enveredam pelo caminho das drogas para suportarem os traumas existenciais que lhes causa o aluguel de seus corpos.
Essas putas modernas foram perdendo o charme das do meu tempo. Tornaram-se fúteis. Seus belos sorrisos, emoldurados por caros perfumes e vestidos formosos, são falsos. Já as do meu tempo, algumas hoje na miséria, sobrevivendo da caridade, pensaram mais em ofertar e desfrutar prazeres do que em acumular riquezas. Escreveram páginas que poderiam abrigar um belíssimo livro de Gabo. O certo é que falar das vidas de umas e de outras, com raríssimas exceções, sempre será escrever sobre tristes memórias de putas, ou sobre memórias de putas tristes.

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Mensagem N°60386
De: Hoje em Dia Data: Quinta 29/7/2010 10:33:53
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Quatro feridos em acidente no Norte de Minas - Izabela Ventura - Quatro pessoas ficaram feridas em um acidente na BR-251 na Serra serra de Francisco Sá, cidade do Norte de Minas, localizada a 467 quilômetros de Belo Horizonte. O acidente ocorreu na manhã desta quinta-feira (29) e envolveu uma cegonheira e três carros.
O Corpo de Bombeiros de Montes Claros foi acionado para socorrer os feridos próximo ao quilômetro 450 da rodovia e ainda não tem informações sobre o estado de saúde das vítimas.

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Mensagem N°60385
De: O Tempo Data: Quinta 29/7/2010 10:32:24
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Três pessoas ficam feridas em acidente na BR-251, em Serra de Francisco Sá - Três pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave, em um acidente na manhã desta quinta-feira (29), no km 450 da BR-251, na Serra de Francisco Sá, no Norte de Minas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente, entre três veículos de passeio, ocorreu depois que uma cegonheira tombou às margens da pista durante a madrugada. Ainda segundo a PRF, as vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e levadas para hospitais da região. O trânsito na rodovia ficou congestionado durante o início da manhã, mas já foi liberado.

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Mensagem N°60384
De: Estado de Minas Data: Quinta 29/7/2010 10:31:04
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Acidente entre cegonheira e três carros deixa feridos na BR-251 - Luiz Ribeiro - Três carros e uma cegonheira se envolveram em um acidente na manhã desta quinta-feira, no km 450 da BR-251, na Serra de Francisco Sá, no Norte de Minas. Segundo o Corpo de Bombeiros, a informação inicial é de quatro pessoas tenham ficado feridas, sendo que uma delas estaria presa às ferragens.
Os bombeiros foram deslocados para o local e ainda não há confirmações sobre o estado de saúde das vítimas. O trânsito no local está congestionado e os veículos ainda não foram identificados.
A rodovia
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o tráfego no local foi interrompido na madrugada e formaram-se longas filas nos dois sentidos da rodovia, que é uma das mais movimentadas do estado, com um grande fluxo de veículos de carga.

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Mensagem N°60378
De: Alberto Sena Data: Quarta 28/7/2010 14:39:49
Cidade: Montes Claros

Bigode de Arame - Alberto Sena
Nunca soubemos o nome dele. Se alguém soube nunca nos disse. Mesmo porque criança não se dá ao trabalho de imiscuir na vida dos outros, nem para saber nomes. Além do que, ele nos metia medo.
A origem dele era difusa. Diziam: ‘foi cangaceiro do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião’.
Depois daquela refrega sofrida pelo bando, surpreendido pelos ‘milicos’ da época, na Fazenda Angicos, no município sergipano de Poço Redondo, ele teria escapado ileso, e como um foragido da justiça, pulara de cidade em cidade até fixar residência em Montes Claros, como gente pacata, homem casado, sem filhos.
Nós o chamávamos ‘Bigode de Arame’.
O bigode dele era enorme, semelhante ao do genial pintor espanhol, Salvador Dalí, que nem de leve passava por nossa cabeça na ocasião. A comparação vale agora quando recolhemos cacarecos de lembranças nesse exercício de memória.
‘Bigode de Arame’ não é fruto da imaginação. Existiu de verdade. Tinha até endereço: Rua Januária, esquina de Rua Camilo Prates, próximo da antiga Padaria Real, na Rua Bocaiúva, em Montes Claros, importante cidade do sertão norte-mineiro.
Com frequência passávamos na porta da casa dele indo para o centro da cidade, no sentido Praça Coronel Ribeiro (salvemos a praça, se ainda há tempo!), ou quando voltávamos. Ao nos aproximarmos da casa dele diminuíamos os passos e parávamos na porta para espiarmos lá dentro em busca de algum indício relevante sobre a origem dele.Claro, um homem como ‘Bigode de Arame’, com toda a fama alimentada sobre ele, no mínimo exercitava o nosso imaginário. Ficávamos pensando nele com chapéu de couro dos cangaceiros, mais os cinturões de balas de carabina cruzados na frente do peito. O rosto suado, de quem só toma banho de vez em quando, enquanto nós crianças tínhamos de tomar banho todos os dias, senão o couro cantava lá em casa.
Ficávamos imaginando a quantidade de soldados mortos por ‘Bigode de Arame’. E nos perguntávamos: ‘quem sabe no cabo da carabina dele tem marcas da quantidade de soldados por ele abatidos, como marcamos o gancho dos nossos estilingues’?
Quase toda vez, ao passarmos na porta da casa dele, lá estava o homem sentado na cadeira de balanço. Movimentava a cadeira devagar, como se fosse proibido balançar com mais força, como fazíamos nos balanços da Praça de Esportes. Enquanto isso, ele cofiava o bigode de modo a torná-lo fino nas pontas. Pouco se poderá dizer agora sobre o bigode dele, além da dita semelhança com o de Salvador Dalí. Nem mesmo a cor se podia saber direito. Ele era fumante inveterado e a cor amarela do bigode podia ser mera consequência da nicotina, que lhe manchara também os dedos da mão direita.
Quando ele não era visto fumando, picava fumo de rolo com canivete e o enrolava na palha sempre presa entre os lábios. ‘Bigode de Arame’ usava o próprio canivete para acochar o cigarro e em seguida acendia-o com uma binga, espécie de isqueiro rudimentar composto de uma pedra de faísca e pavio umedecido em querosene.Ele era velhinho. Pelo menos para as crianças, parecia. Assim como velhinha era também a mulher dele. Os cabelos dela esbranquiçados pareciam estar grudados, como ficam os cabelos sujos de quem não os lava com frequência.
Para nós, ela era ‘Maria Bonita’ velhinha. Entretanto, quem nos intrigava era o marido dela, se é que de fato pertencera ao bando de Lampião.
Na sala da casinha simples onde o casal morava – construção antiga, do tipo colonial, de adobe; rebocada e pintada de amarelo; as portas e as janelas verdes – havia um baú aos nossos olhos, enorme.
Nós ficávamos ali na porta vendo o baú. Torcíamos para ele o abrir a fim de nos revelar o que de fato havia lá dentro.
Mas ele não o abria. Pelo menos diante de nós, nunca. Isto, claro, aumentava ainda mais as especulações. Chegamos até a apostar míseros cruzeiros. Havia quem assegurasse que dentro do baú tinha carabinas, balas e chapéus de cangaceiro. Além de roupas de couro cru usadas para enfrentar os espinhos da caatinga nordestina. Houve até quem apostasse: ‘é baú de ossos; lá dentro há esqueletos de ‘milicos’ abatidos por ‘Bigode de Arame’ e pelo próprio Lampião’. Mas ninguém nunca conseguira tirar isto a limpo.
Tanto tempo depois, se alguém souber informações sobre ‘Bigode de Arame’, seja daqui do Brasil ou do exterior, com base nas características dele descritas, faça o favor de entrar em contato conosco.
Juntos, talvez possamos, enfim, desvendar o mistério da origem do homem que, meio século antes, povoou nossa infância e tanto medo nos meteu. Antecipamos pungentes agradecimentos.

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Mensagem N°60376
De: Haroldo Lívio Data: Quarta 28/7/2010 14:36:57
Cidade: Montes Claros

Velórios - Haroldo Lívio - Antigamente, em minha cidade natal, os sinos da Matriz dobravam, de hora em hora, para anunciar um falecimento. Seguia-se o cerimonial da morte. Duas moças da Pia União das Filhas de Maria, uniformizadas e de fita no pescoço, saíam de porta em porta, convidando para o enterro. O velório era sempre em casa, para que o morto permanecesse mais algumas horas entre parentes e amigos. O velório transcorria, invariavelmente, em meio à grande consternação, entre orações e o mais absoluto respeito pelo irmão que partira. Ninguém ousaria elevar a voz ou mesmo esboçar o mais leve e imperceptível sorriso. Exigia-se, de todos os presentes, decoro e a mais severa compunção. Qualquer comunicação era feita em voz baixa, quase murmurado. As pessoas entravam e saíam do recinto com o maior cuidado possível, discretamente, como se temessem despertar o finado do sono eterno.
A apresentação de pêsames à família enlutada era executada segundo as regras de etiqueta então em vigor. Havia lances surpreendentes, como no velório de meu irmão de três meses de nascido, quando um senhor idoso, muito polido e cerimonioso, deu parabéns a Mamãe por haver mandado mais um anjo para o céu. Abalada pela dor da perda inconsolável, ela nem pôde notar a delicadeza e o lirismo do cumprimento. Normalmente, o cortejo fúnebre passava pela igreja, onde o pároco celebrava o ritual da encomendação.Quando o falecido era pessoa de alto relevo, como meu padrinho Egídio, celebrava-se a missa de corpo presente e havia a participação da banda de música local, que acompanhava o cortejo arrancando lágrimas de saudade até dos corações mais empedernidos. Conforme a biografia do falecido, acontecia o pungente discurso à beira da sepultura, encerrando o cerimonial da morte.
Todos voltavam para suas casas, calados, com cara de enterro, e o morto ficava sozinho em seu jazigo perpétuo, cercado de coroas de flores. Na Montes Claros de hoje, em crescimento galopante e com a sociedade vivendo um período de transição para metrópole, vai desaparecendo o cerimonial da morte, principalmente quando o falecido é pessoa pública e de largo círculo de relações sociais. Nota-se que as pessoas que chegam ao local do velório encontram parentes, amigos ou conhecidos que não viam há muito tempo e se esquecem de que devem observar silêncio e, sobretudo, respeitar a solenidade do funeral.
As pessoas, distraidamente e sem nenhuma intenção de irreverência diante do ente querido que partiu para a eternidade, confraternizam-se em clima de alegria, falando alto e se esquecendo de que se encontram em um recinto sagrado. Essas pessoas, infelizmente, somos todos nós, que não resistimos à tentação do bate-papo com o amigo que anda sumido ou veio de longe para o enterro. Tomemos o exemplo do velório da pranteada e querida Amelinha Prates Souto, pessoa das mais estimadas e admiradas da sociedade montes-clarense. Quem ali chegasse sem ver o grande número de coroas mortuárias que ornamentavam o local e davam uma idéia do prestígio pessoal da homenageada, imaginaria, pelo vozerio reinante no ambiente, que havia chegado em uma comemoração festiva. Houve mesmo um momento em que a oração dos presentes no salão foi interrompida por apoteótica salva de palmas.
Em Montes Claros é assim e não tem jeito de mudar...Teria havido um ambiente fúnebre, se não estivesse recebendo sua derradeira homenagem pública uma pessoa que encarnava as virtudes e qualificações do que esta cidade tem de mais autêntico e tradicional. Amelinha era jucapratista de quatro costados e incorrigível em seu bairrismo. Nasceu na praça que tem o nome de um seu tio-avô, o Doutor Chaves. Seu avô materno é o patrono da Rua Camilo Prates. Seu primo João Chaves dá nome a avenida. Seu sogro é o homenageado da Rua João Souto, onde morava há alguns anos, e seu esposo, nosso primeiro ortopedista, é lembrado pela Rua Dr. José Veloso Souto, na Morada do Sol. Com tantas homenagens e pelo tanto que trabalhou para o engrandecimento de sua terra, ninguém conseguiria controlar as emoções de todos que foram apresentar suas despedidas à pequenina grande filha de Montes Claros. Estamos todos perdoados pela falta de educação.

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Mensagem N°60375
De: Alberto Sena Data: Quarta 28/7/2010 14:28:36
Cidade: Montes Claros

Homem Invisível - Alberto Sena
Já contei que o meu sonho de ser jogador de futebol profissional não passou de uma tentativa amadora no juvenil do Casimiro de Abreu, em Montes Claros, sob a direção técnica de Bonga. Nessa ocasião, no auge dos 17/18 anos, era veloz, corria que era uma beleza. Ao ponto de entrar em êxtase.
Sim, em êxtase. Só que eu não identificava a sensação como ‘um estado de êxtase’. Sentia-me bem correndo e melhor ainda depois, como se tivesse comido uma porção de espinafre do ‘Popeye’. Essa sensação eu sentia antes, muito antes, na época em que brincava de ‘esconder’ na Rua São Francisco e depois na Rua Corrêa Machado, em Montes Claros. Conseguia escapar de vários ‘pegadores’ ao mesmo tempo e ‘salvar’ os companheiros ‘detidos’ ao pé de um poste.Recentemente, o jornal ‘The New York Times’ publicou matéria informando que um grupo de pesquisadores da Alemanha conseguiu comprovar a hipótese: correr produz ‘uma onda’ ou ‘uma sensação de êxtase’.
São as endorfinas, substâncias químicas do próprio corpo, comparáveis ao ópio. Segundo a publicação, correr não seria a única maneira de ter essa sensação de bem-estar. Exercícios mais intensos ou de resistência também podem levar o cérebro a produzir as tais endorfinas.
Voltando ao tema inicial: era ponta direita veloz e o técnico Bonga me chamava de ‘Homem Invisível’. Mas eu não chegava a ser tão invisível quanto o grande Raphael Reys diz ter sido em épocas que, embora tendo eu e ele vivido quase os mesmos acontecimentos, aí no Arraial, nunca havíamos nos encontrado, cara a cara, a não ser no ‘Almoço Curraleiro’ por ele promovido aqui nesses píncaros, almoço que degusto até hoje na lembrança. Evidentemente, nos dias atuais, não mais disponho da capacidade de correr para fazer jus à alcunha dada por Bonga. Ando. E muito. Mesmo andando, experimento prazer. Talvez até maior do que quando corria veloz.Ao contrário de antes, a consciência da importância de andar é maior. Exercitar o espírito, a mente e o corpo. Sentir o vento tocar o rosto e os raios benfazejos do sol na pele. Sentir-se vivo. E agradecer a Deus pela vida.Andar é exercício completo. Há sem número de exemplos de idéias surgidas numa caminhada. Mas bom mesmo é fazer longas caminhadas. Principalmente em lugares de belas paisagens, quando se pode exercitar a capacidade de contemplar a natureza. Ao ponto de senti-la e dizer: ‘nós e a natureza somos um’.O nosso planeta é lindo! Há lugares maravilhosos à espera de quem gosta de calçar botinas de ‘trekking’, pôr nas costas uma mochila, identificar no mato um cajado e andar. Fazer, por exemplo, o ‘Caminho da Fé’ – Tambaú (SP) entrar para Minas, subir e descer a Serra da Mantiqueira, até o Santuário de Aparecida, 400 km, a pé – é algo inesquecível!
Assim como é também inesquecível percorrer o ‘Caminho de Santiago’, desde San Jean-de-Pied-Port, no Sul da França, até a cidade de Santiago de Compostela, na Espanha, 800 km, a pé. Para alguns, ‘uma loucura’ para outros, ‘uma façanha’.
O peregrino recomenda a quem se dispuser a fazer esse tipo de caminhada logo na primeira oportunidade. Tudo começa a partir do desejo. Se se tem o desejo de, por exemplo, percorrer o da ‘Fé ’ ou o de ‘Santiago’, a pessoa já pode se considerar a caminho. E que não deixe passar a oportunidade.Se muitos andassem mais, deixassem em casa os carros, teriam saúde para dar e vender; seriam mais felizes; o trânsito de Montes Claros melhoria, até mesmo sem a intervenção do urbanista Jaime Lerner. Embora uma coisa não tenha a ver com a outra.Quem anda faz reflexão, faz oração, contempla, tem mais tempo para observar o que está em volta. Não se estressa tanto quanto quem vive ao volante. Andar não polui o ambiente.Aqui, neste Curral Del Rey, um dos pontos mais próximos e bonitos para uma caminhada salutar é, de um lado, o Parque das Mangabeiras; e do outro lado, o Parque Paredão da Serra do Curral.Do alto da Serra do Curral se pode ter a clara visão do Cerrado, o Sertão de Guimarães Rosa; e a Mata Atlântica, do outro lado. O mais incrível é que pequizeiros são encontrados lá em cima. A prova cabal de que a Serra do Curral é de fato um divisor de ecossistemas. Andem, pois.
De passo em passo se chega ao longe.

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